EDUCADORES

29 novembro, 2013

Como conversar com meninas!


Olá, gente...

Compartilho com vocês  o texto  de Lisa Bloom, “How to talk to little girls”, traduzido abaixo, COMO CONVERSAR COM MENINAS.

Trata-se de um excelente artigo para reflexão sobre os modelos de educação de meninas nos tempos do consumo material e político nesse início de século.

Obtive esse material a partir do blog www.lobjttrouve.net de Juliana Moore e estou reblogando.

Vale muito a leitura, a reflexão e a discussão do problema.

Como conversar com meninas

Eu fui a um jantar na casa de uma amiga na semana passada, e encontrei sua filha de 5 anos pela primeira vez. A pequena Maya tinha os cabelos castanhos e cacheados, olhos escuros, e estava adorável em seu vestidinho rosa e brilhante. Eu queria gritar, “Maya você é tão fofa! Veja só! Dê uma voltinha e desfile esse vestidinho rosa, sua coisinha linda!”
Mas eu não fiz isso. Eu me contive. Como sempre me contenho quando conheço garotinhas, negando meu primeiro impulso, que é dizer o quão fofas/lindas/bonitas/bem vestidas/de unhas feitas/cabelo arrumado elas são/estão.

“O que há de errado nisso? É a conversa padrão de nossa cultura para quebrar o gelo com as meninas, não é? E por que não fazer-lhes um elogio sincero para elevar suas auto-estimas? Porque elas são tão lindas que eu simplesmente quero explodir de tanta fofura quando as encontro, sinceramente.”
Guarde este pensamento por um tempo.

Esta semana a ABC News informou que quase metade das meninas de 3 a 6 anos se preocupam por estarem gordas. No meu livro, Think: Straight Talk for Women to Stay Smart in a Dumbed-Down World, eu revelo que 15 a 18% das meninas com menos de 12 anos usam rímel, delineador e batom regularmente; distúrbios alimentares estão em alta e a auto-estima está em baixa; e 25% das jovens mulheres americanas prefeririam vencer o America’s Next Top Model a ganhar o prêmio Nobel da Paz. Até universitárias inteligentes e bem sucedidas dizem que preferem ser ‘gostosas’ a serem inteligentes. Recentemente uma mãe de Miami morreu durante uma cirurgia estética, deixando dois filhos adolescentes. Isso não pára de acontecer, e isso parte o meu coração.
Ensinar as meninas que a aparência delas é a primeira coisa que se nota ensina a elas que o visual é mais importante do que qualquer outra coisa. Isso as leva a fazer dieta aos 5 anos de idade, usar base aos 11, implantar silicone aos 17 e aplicar botox aos 23. Enquanto a exigência cultural de que as garotas sejam lindas 24 horas por dia se torna regra, as mulheres têm se tornado cada vez mais infelizes. O que está faltando? Um sentido para a vida, uma vida de ideias e livros e de sermos valorizadas por nossos pensamentos e realizações.

Eu me esforço para falar com as meninas assim:
“Maya,” eu disse, me ajoelhando até ficar da sua altura, olhando em seus olhos, “prazer em conhecê-la”.
“O prazer é todo meu,” ela disse, com a voz já bem treinada e educada para falar com adultos como uma boa menina.
“Hey, o que você está lendo?” Perguntei, com um brilho nos olhos. Eu amo livros. Sou louca por eles. Eu deixo isso transparecer.
Seus olhos ficaram maiores, e ela demonstrou uma empolgação genuína, mas contida, sobre o assunto. Ela pausou, no entanto, tímida por estar com um adulto desconhecido.
“Eu AMO livros,” eu disse. “E você?”
A maioria das crianças gosta de livros.
“SIM,” ela disse. “E agora eu consigo ler sozinha!”
“Que incrível!” eu disse. E é incrível, para uma menina de 5 anos.
“Qual é o seu livro preferido?” perguntei.
“Vou lá pegar! Posso ler pra você?”, sobre a nossa heroína que adora rosa mas é perturbada por um grupo de garotas na escola que só usam preto. Infelizmente, o livro era sobre garotas e o que elas vestiam, e como suas escolhas de roupas definiam suas identidades. Mas depois que Maya virou a última página, eu conduzi a conversa para as questões mais profundas do livro: meninas más e pressão dos colegas, e sobre não seguir a maioria. Eu contei pra ela que minha cor preferida é o verde, porque eu amo a natureza, e ela concordou com isso.

Em nenhum momento nós discutimos sobre as roupas, o cabelo, o corpo ou quem era bonita. É surpreendente o quão difícil é se manter longe desses tópicos com meninas pequenas, mas eu sou teimosa!
Eu falei para ela que eu tinha acabado de escrever um livro, e que eu esperava que ela escrevesse um também, algum dia. Ela ficou bastante empolgada com essa ideia. Nós duas ficamos muito tristes quando Maya teve que ir pra cama, mas eu disse a ela para da próxima vez escolher outro livro para lermos e falarmos sobre ele. Ops! Isso a deixou animada demais para dormir, e ela levantou algumas vezes…

Aí está, um pouquinho de oposição a uma cultura que passa todas as mensagens erradas para as nossas meninas. Um empurrãozinho em direção à valorização do cérebro feminino. Um breve momento sendo um modelo a ser seguido, intencionalmente. Meus poucos minutos com a Maya vão mudar a multibilionária indústria da beleza, os reality shows que diminuem as mulheres, a nossa cultura maníaca por celebridades? Não. Mas eu mudei a perspectiva de Maya por pelo menos aquela noite.

Tente isto da próxima vez que você conhecer uma garotinha. Ela pode ficar surpresa e incerta no começo, porque poucos perguntam sobre sua mente, mas seja paciente e insista. Pergunte-a o que ela está lendo. Do que ela gosta ou não gosta, e por quê? Não existem respostas erradas. Você apenas está gerando uma conversa inteligente que respeita o cérebro dela. Para garotas mais velhas, pergunte sobre eventos atuais: poluição, guerras, cortes no orçamento para educação. O que a incomoda no mundo? Como ela consertaria se tivesse uma varinha mágica? Você pode receber algumas respostas intrigantes. Conte a ela sobre suas ideias e conquistas e seus livros preferidos. Mostre para ela como uma mulher pensante fala e age.”

Gostou do artigo? Encaminhe seus comentários.
Postado por Michel Assali


27 novembro, 2013

Recursos didáticos - o livro


Olá, gente...

Em época de divulgação de resultados de processos de aprendizagem tais como, ENEM, SARESP, vestibulares, etc., é muito comum surgirem discussões e comentários a respeito dos recursos pedagógicos, com destaque à comparação entre livros didáticos.

Nesse sentido, o livro passa a ser o centro das atenções, tanto pelos professores como pelos pais que, de modo geral e equivocadamente colocam nesse material boa parte da responsabilidade da aprendizagem, acrescentando predicados de qualidade e de crítica.

Completar um livro, ou seja, trabalhar todos seus capítulos e suas páginas é indicador muito pobre para definir a realização de um bom curso, qualquer que ele seja.
Um livro é apenas uma coleção de tópicos, com exercícios e textos sob cada tópico, impressos numa sequência, segundo seu autor. Autor esse, desconectado do contexto escolar em que o livro será utilizado.
O livro não sabe as prioridades pessoais ou escolares de um professor e nem conhece os seus alunos. Um livro didático não consegue nem identificar quaisquer prioridades mesmo através das linhas que agrupam todos os capítulos.

Independentemente do quão bom um livro seja considerado, será apenas uma ferramenta didática, assim como um filme, uma música, a internet, etc. Um texto, seja ele em livro ou apostila de qualquer disciplina, não passará de um recurso de apoio a objetivos claros e focados no aprendizado e elaborado pelos atores diretamente ligados ao processo – os professores.

E objetivos são proposições de pessoas para pessoas e não de ferramentas para pessoas. Isto vale dizer que a qualidade de um ensino não está no valor da ferramenta mas na sua utilização por pessoas que farão delas o sucesso.

Não foi o carro “Ferrari” que produziu melhores técnicos em design e mecânica, foram as pessoas que fizeram um “Ferrari” para excelência; Não é o dispositivo “Apple” que melhora a qualidade das pessoas, mas as melhores pessoas melhoram a qualidade do dispositivo “Apple”.

Portanto, não são os recursos didáticos que fazem a qualidade de ensino. São as pessoas, ou seja, os professores e educadores que constroem toda a excelência de um ensino de qualidade.

Em educação é preciso investir cada vez mais nas pessoas! São elas que fazem a educação!
Pense sobre isso e encaminhe seus comentários.


Postado por Michel Assali

22 novembro, 2013

Armas da distração

Armas de distração em massa

Olá, gente...

    O acesso às novas tecnologias têm aumentado significativamente, principalmente entre os jovens, ocasionando um grande aumente do uso das redes sociais e exposição à quantidade considerável de estímulos visuais e sonoros.

    Por um lado isso é muito bom na medida em que a democratização do acesso à comunicação e favorecido pela internet a todo cidadão. Por outro lado, essa tendência vem produzindo uma geração de distraídos, promovendo um acesso superficial à informação e , por consequência", uma superficialidade na produção de conhecimento.

    Sites, blogs, microblogs, fotologs, vídeos, músicas, aplicativos, etc. Tudo junto e ao mesmo tempo, podem ser entendidos como "armas de distração em massa", com o perigo de produzir uma grande geração de distraídos.
E, tudo isso já está chegando à sala de aula, com muita rapidez.
Portanto, é conveniente perguntar:


¨- Estamos preparados para dar suporte e atendimento a esse jovem?
¨- Sabemos que novos hábitos e habilidades desenvolver para o século 21?
¨- Estamos suficientemente organizados e esclarecidos para a formação de novos hábitos educacionais?
¨- Os ambientes escolares viabilizam o envolvimento, compromisso e participação?
¨- A equipe de educadores está devidamente integrada para atuar utilizando as novas tecnologias na sala de aula?
Num mundo dominado pela informação e pelo desejo de ser social, como deveria ser desenvolvido o pensamento dos alunos?

São tantos os questionamentos. E preciso que os educadores promovam essas e outras discussões com objetivos de produzir novas metodologias que possam contemplar essa nova geração digital.
    Isso requer leituras, pesquisas, discussões e práticas. 
    É preciso enfrentar os desafios!
    Você teria alguma sugestão ou questionamento para compartilhar.
encaminhe seus comentários!

Postado por Michel Assali

¨

18 novembro, 2013

Habilidades educacionais para o Séc. 21


Olá, gente...

Muito se tem falado sobre a educação para o Século 21, com ênfase nas novas tecnologias e, por consequência, a exigência de novos hábitos e habilidades a serem desenvolvidas. Porém, a definição dessas habilidades não são prerrogativas a serem desenvolvidas apenas nos alunos.

Todo o sistema de ensino de uma rede, seja pública ou particular, deverá estar engajado no processo, uma vez que os novos hábitos atingem a todos os participantes do processo, indistintamente. Pais, professores, governos e instituições precisam se ocupar de estudos necessários à organização e estrutura de uma escola que atenda às urgências da sociedade.

Não basta enunciar e anunciar as tendências, os conceitos e concepções educacionais. A tradução destes em ações e compromissos deverá se efetivar de forma a contemplar o direito de todos os estudantes visando alavancar uma educação de abrangente e de qualidade.
É preciso, discutir, dizer e fazer acontecer.

As habilidades mais discutidas e consensuais emanadas das necessidades sociais a serem desenvolvidas no Século 21, podem ser sintetizadas assim:
- Pensamento crítico e resolução de problemas: a capacidade de tomar decisões, resolver problemas e tomar as medidas e decisões necessárias.
- Comunicação eficaz: a capacidade de sintetizar e transmitir idéias nos formatos escrito e oral.
- Colaboração: a capacidade de trabalhar eficazmente com os outros, incluindo os de diversos grupos e com pontos de vista opostos.
- Compromisso e responsabilidade: capacidade de assumir suas atitudes e ações.
- Criatividade e Inovação: a capacidade de ver o que não existe e fazer algo acontecer.

Convém ressaltar que tais habilidades podem se desenvolver de forma diferente para cada aluno. Não podemos exigir que todo aluno desenvolva igual e eficazmente tais habilidades. Porém, a escola e a família terão que se unir para que cada aluno possa dominar pelo menos uma das habilidades.

Com o foco nessas habilidades faz-se necessário o desenvolvimento profissional docente, com o aperfeiçoamento do pensamento sistêmico, crítico e criativo do professor. As conversas e diálogos pedagógicos devem ser orientados para que os resultados sejam alcançados, possibilitando a melhoria da prática docente e a construção de um clima colaborativo de aprendizagem profissional.

Isso permite aprender com os colegas e aprender com os alunos.
Pense sobre essa questão e encaminhe seus comentários.

Postado por Michel Assali

06 novembro, 2013

31 termos da Neurociência que todo professor deve saber



Olá, gente...
As contribuições da Neurociência na educação e em especial na aprendizagem, tem possibilitado agregar ao trabalho docente novas concepções e conceitos sobre o funcionamento do cérebro e da mente, e seu impactos na elaboração de metodologias eficazes de aprendizagem.
Segue abaixo uma pequena lista de termos da Neurociência que o professor precisa conhecer para melhor iniciar seus estudos nessa área tão interessante e do conhecimento sobre educação.

31 termos da Neurociência que todo professor deve saber

Conhecimento
Isso se refere ao processo mental pelo qual nos tornamos conscientes do mundo,  que nos permite usar essa informação para resolver problemas e fazer sentido do mundo. Este conceito é um pouco simplificado, mas refere-se a cognição, ao pensamento e de todos os processos mentais relacionadas ao pensamento.

Sistema Nervoso Central
Esta é a porção do sistema nervoso compreende o cérebro e a medula espinhal.

Axônio
Esta é a extensão fibrosa minúscula do neurônio,  trata-se de uma extensão do corpo da célula, levando o sinal que chega ao corpo celular para outras células alvo (neurônios, músculos, glândulas).

Cerebelo
Esta é uma grande estrutura localizada na porção posterior de nosso encéfalo,  e ligeiramente abaixo do cérebro  e na parte superior ao tronco encefálico. Esta estrutura é muito importante no controle motor, no equilíbrio e no planejamento dos movimentos, bem como no aprendizado e memória sensorial,perceptiva e motora..

Córtex cerebral
Esta é a camada mais exterior dos hemisférios cerebrais do cérebro. O córtex controla toda a atividade consciente, incluindo planejamento, resolução de problemas, linguagem e fala. Ela também está envolvida na percepção e atividade motora voluntária.

Dendritos
Extensões protoplasmáticas que brotam principalmente dos corpos celulares de neurônios. Dendritos captam os impulsos elétricos E os conduzem em direção ao axônio do neurônio. Um único nervo pode possuir muitos dendritos. Os dendritos podem aumentar em tamanho e número, em resposta às habilidades aprendidas, experiências e armazenamento de informações. Novos dendritos podem crescer como ramos de neurônios frequentemente ativados. Proteínas especiais podem estimular o crescimento de dendritos.

Amígdala
Parte do sistema límbico no lobo temporal. A amígdala se acreditava primeiro a funcionar como um centro do cérebro para responder apenas à ansiedade e ao medo. Quando a amígdala está num estado de tensão, o medo, a ansiedade ou ativação induzida, a nova informação vinda através das áreas de entrada sensoriais do cérebro não pode passar através do filtro afetivo da amígdala e obter acesso aos circuitos de memória, sendo assim bloqueada. A amígdala é também um modulador afetivo da memória.


Dopamina
Um neurotransmissor associado com atenção, tomada de decisão, função executiva e de aprendizagem relacionada a estímulos e recompensas. Exames revelam uma maior liberação de dopamina, enquanto as pessoas se envolvem em ações de brincar, rir, fazer exercícios físicos, ou receber o reconhecimento (por exemplo, o elogio) na realização de atividades.

Funções Executivas
Processamento cognitivo da informação que ocorre em áreas do córtex pré-frontal que exercem controle consciente sobre suas emoções e pensamentos. Este controle permite que a informação padronizada  seja utilizada para organizar, analisar, classificar, conectando, planejando, priorizando; fornecendo assim um seqüenciamento com auto-monitoramento, auto-correção, avaliação, abstrações e resolução de problemas. Atua concentrando a atenção e relaciona informações para as ações apropriadas.

Ressonância Magnética Funcional 
Este tipo de imagem funcional do cérebro utiliza as propriedades paramagnéticas de hemoglobina que transporta oxigênio no sangue para demonstrar que as estruturas cerebrais são ativadas e em que grau durante vários desempenho e atividades cognitivas. Durante a maioria das pesquisas de aprendizagem, os indivíduos foram examinados enquanto estavam expostos a ações visuais, auditivas ou, estímulos táteis. O examine revelar em tempo real as estruturas do cérebro que são ativadas por essas experiências.

Glia
Estas são células especializadas que nutrem, dão sustentação, fazem a defesa e  complementam a atividade dos neurônios no cérebro. Os astrócitos são os mais comuns e parecem desempenhar um papel fundamental na regulação da quantidade de neurotransmissores nas sinapses.

Massa ou matéria cinzenta
A matéria ou massa cinzenta refere-se à cor cinzento acastanhada dos corpos de células nervosas (neurônios) do córtex exterior do cérebro, em comparação com a substância branca, que é composta principalmente de células de suporte e feixes de axônios que fazem a ligação. Os corpos de neurônios são mais escuros do que a outra matéria do cérebro, de modo que o córtex ou camada exterior do cérebro aparece cinzento escuro e é chamado de "matéria cinzenta" porque os corpos dos neurônios são mais densos nessa camada.

Hipocampo
Um cume no chão de cada ventrículo lateral do cérebro que é constituído principalmente por matéria cinzenta, que tem um papel importante nos processos de memória. O hipocampo tem entradas sensoriais e as integra com padrões relacionais ou associativos de memórias pré-existentes, ligando assim as informações do novo input sensorial em padrões armazenáveis ‌‌de memórias relacionais.

Sistema Límbico
Este é um grupo de estruturas funcionalmente ligadas ao desenvolvente no cérebro (incluindo a amígdala, córtex cingulado, hipocampo, septo e gânglios basais). O sistema límbico está envolvido na regulação da emoção, memória e processamento de comunicação sócio-emocional complexa.

Memória de longo prazo
Memória de longo prazo é a memória criada quando a memória de curto prazo é reforçada através da análise e associação significativa com os padrões existentes e o conhecimento prévio. Este reforço resulta em uma mudança na estrutura física dos circuitos neuronais, com estabelecimento efetivo de sinapses.

Metacognição
O conhecimento sobre o próprio tratamento e estratégias que influenciam sua própria aprendizagem, que pode otimizar a aprendizagem de informações futuras. Depois de uma aula ou de avaliação, a reflexão pode reforçar as estratégias eficazes quando as crianças são solicitadas a reconhecer as estratégias de aprendizagem de sucesso que elas usaram.

Mielina
A substância gordurosa que cobre e protege os nervos. A mielina é uma camada de tecido que reveste os axônios (fibras nervosas). Esta bainha em torno do axônio age como um isolante, garantindo que o axônio aja como condutor em um sistema elétrico, e, assim, permite que as mensagens enviadas pelos axônios não sejam perdidas quando eles viajam para o próximo neurônio. A mielina aumenta a eficiência da viagem do impulso nervoso e cresce em camadas, em resposta a uma maior estimulação de uma via neural.

Mielinização
A formação da bainha de mielina em torno de fibras nervosas.

Circuitos neuronais
Os neurônios se comunicam uns com os outros, através do envio de mensagens codificadas através de ligações eletroquímicas. Quando a estimulação de padrões específicos entre os mesmos grupos de neurônios é repetida, os seus circuitos de ligação (dendritos) tornam-se mais desenvolvidos e mais acessíveis a estímulos e respostas eficientes. Este é o lugar onde a prática (estimulação repetida das conexões neuronais agrupados em circuitos neuronais) resulta em recuperação mais bem sucedida.

Neurônios
As células especializadas do cérebro e do sistema nervoso com função de armazenamento, controle e processamento das informações no interior do cérebro, medula espinal e nervos. Os neurônios são compostos por um corpo principal da célula, um único axônio importante para os sinais elétricos de saída e um número variável de dendritos, para receber a informação codificada em todo o sistema nervoso.

Neuroplasticidade
Refere-se à notável capacidade do cérebro para alterar a sua organização molecular, da microarquitetura e funcionamento em resposta a ferimentos ou novas experiências. A formação de dendritos e  a destruição dos neurônios (poda) permitem que o cérebro possa reformular e reorganizar as redes de conexões em resposta ao uso aumentado ou diminuído destas vias.

Neurotransmissores
Moléculas (aminoácidos, aminas ou purinas) do cérebro que são armazenados em vesículas nos neurônios e que são liberados na fenda sináptica pelos impulsos elétricos  que chegam na porção terminal do axônio (terminal axonal).  Uma vez liberado nessa fenda sináptica, ligam-se a proteínas receptoras localizadas nos dendritos  do neurônio seguinte na via. . Essa ligação do neurotransmissor com o receptor na célula seguinte pode gerar um estímulo elétrico, propagando o sinal, que assim vai viajando ao longo do próximo nervo.  Os neurotransmissores no cérebro incluem serotonina, o triptofano, a acetilcolina, dopamina, e outros, que as informações de transporte através das sinapses e também circulam através do cérebro, bem como hormônios, para influenciar maiores regiões do cérebro. Quando os neurotransmissores estão esgotados, pelo excesso de informação que viaja através de um circuito nervoso sem interrupção, a velocidade de transmissão ao longo do nervo diminui para um nível menos eficiente.

Numeracia
A capacidade de raciocinar com números e outros conceitos matemáticos. Conceitos infantis de número e quantidade contribuem no desenvolvimento da maturação cerebral e experiência.

Occipital (áreas de processamento e memória visual)
Esses lobos posteriores processam  a entrada óptica cerebral, entre outras funções.

Oligodendrócitos
Os oligodendrócitos são as células gliais que se especializam para formar a bainha de mielina em torno de muitas projeções dos axônios, no SNC.

Lobos parietais
Lóbulos parietais ( um em cada lado) processa dados sensoriais do cérebro, entre outras funções.

Padronização
Padronização é o processo pelo qual o cérebro percebe os dados sensoriais e gera padrões, relacionando a informação nova com material previamente aprendido ou a segmentação do material em sistemas padronizados que tenha usado antes. A educação  possibilita o aumento dos padrões que as crianças podem usar para conhecer, reconhecer e comunicar. Como a capacidade de ver e trabalhar com padrões se expande, as funções executivas são reforçadas. Sempre que um novo material é apresentado de modo a que as crianças possam estabelecer relações, pode gerar uma maior atividade do neurônio (formação de novas ligações neurais) e atingir padrões mais bem sucedidos para a memória de armazenamento de longo prazo e de recuperação.

Córtex pré-frontal (de frente, peças exteriores dos lobos frontais)
O córtex pré-frontal (CPF) é um cubo de redes neurais com entrada e saída para quase todas as outras regiões do cérebro. No CPF relacional,  as memórias de trabalho ou de curto-prazo podem ser mentalmente manipuladas e/ ou estimuladas para se tornarem memórias de longo prazo e as emoções podem ser avaliadas de forma consciente. Quanto às funções executivas, as redes dirigidas pelo CPF irão responder à entrada, através dos mais altos níveis de cognição. Estas funções incluem a avaliação da informação, previsão, ação, consciência emocional e resposta, organização, análise, classificação, ligação, planejamento. O CPF atuará priorizando o auto-monitoramento da sequência, a tomada de decisão consciente,  a auto-correção, bem como a avaliação, abstração, dedução, indução, resolução de problemas, focalização da atenção, sendo capaz de relacionar informações para o planejamento e direcionamento das ações.

Serotonina
Um neurotransmissor utilizado para transportar as mensagens entre os neurônios. Muito pouca serotonina pode ser uma causa de depressão e falta de atenção. A ramificação dendrítica é reforçada pela serotonina secretado pelo cérebro predominantemente entre a sexta e oitava hora de sono (REM).

Memória de curto prazo (memória de trabalho)
Esta memória pode armazenar e manipular informações para uso no futuro imediato. A informação só é realizada em memória de trabalho por cerca de um minuto. 

Sinapse
A sinapse é a unidade processadora de sinais do sistema nervoso. Trata-se da estrutura microscópica de contato entre um neurônio e outra célula (geralmente outro neurônio ou uma fibra muscular), através da qual se dá a transmissão de mensagens entre as duas. A fenda sináptica é o local onde os neurotransmissores como a dopamina, são lançados, transportando as informações em todo o espaço que separa as extensões do axônio de um neurônio a partir do dendrito que leva para o próximo neurônio. Antes e depois de atravessar a fenda sináptica como uma mensagem química, a informação é transportada em um estado elétrico quando se percorre o nervo.

Mais...


Você tem mais alguma contribuição? Encaminhe para aumentarmos a lista.

Postado por Michel Assali

01 novembro, 2013

Ensinar diferentemente


Olá, gente...
    
Sabemos que a pressão por inovação na sala de aula tem sido uma demanda social com impactos acentuados no trabalho docente. O que muita gente ainda não entende é que para o professor, principal ator do processo junto ao aluno, a inovação na sala de aula não é assim um procedimento fácil, mesmo que este tenha domínio de conhecimentos e habilidades da docência.
    Trabalhar com o uso das novas tecnologias requer um apoio técnico de elevado nível e estruturas físicas complexas. Porém o desafio maior reside muito mais nas metodologias pedagógicas do que na instalação ou aquisição de equipamentos tecnológicos sofisticados.
    Considerando a grande dispersão da atenção provocada pelas tecnologias, o trabalho docente exige preponderância para a formação de novos hábitos de pensamento e de formas de estudar, bem como a diferentes e atualizadas concepções de currículos, programas e avaliações.
    E os desafios não param por aí. Há que se pensar nas dificuldades de aprendizagem, na inclusão, na superdotação, em fim, no todo e nas partes envolvidas no processo.
    Ou seja, é preciso de muito estudo, pesquisa e o desenvolvimento de habilidades e competências para a formação docente do século 21.

    Novas exigências da docência:

1- Ao colaborar com outros educadores,  concentre-se nas discussões sobre padrões e avaliações  ou outros temas pedagógicos e menos em assuntos pessoais.
2- Ao colaborar com outros educadores,  enfatizar o que você tem em comum.
3- Experimente coisas novas.  
Grandes professores estão sempre se adaptando às tendências e exigências e dispostos a experimentar novas ideias. Se puder, envolva um colega nessa empreitada.
4- Incorporar o currículo para seus alunos. 
Faça o seu melhor para ver os alunos, famílias e comunidades como o seu público primário e não colegas de seu setor, departamento ou prédio.
5- Estabelecer sempre um Planejamento Pedagógico.  
É nesse contexto que currículo, programa, recursos didáticos e avaliação, prevalecem para um trabalho eficaz. Decorre dessa organização seus limites e possibilidades de novas idéias e novas ferramentas.
6- Abrace a mudança da melhor maneira.
Sem estresse. As mudanças vem por aí e certamente vão mexer com a zona de conforto. Não tenha receio nem ofereça tanta resistência. Analise, critique mas extrai o que existe de melhor. Toda mudança incomoda, porém faz com que seu conhecimento aumente.
7-Treine a troca de conhecimentos.
    Pode parecer complicado, porém a troca de conhecimento e experiências pedagógicas é fundamental em qualquer momento, principalmente quando mudanças ocorrem.
    As trocas são temerosas, pois exige das pessoas envolvidas a exposição aos colegas ou grupo de trabalho, ocasionando medos e insegurança em relação à sua avaliação profissional. Ora, se temos a noção de que a avaliação visa aperfeiçoar uma situação, a exposição nas trocas de idéias deve ser entendida como momento de crescimento profissional da própria pessoa e do coletivo.
    Sabemos que não é tão fácil, mas pode-se desenvolver essa habilidade tornando a troca de idéias e experiências como aspecto fecundo e proveitoso para a formação da identidade docente. Isso pode ajudar a superar diferenças nas abordagens metodológicas, organização curricular entre professores, níveis de ensino e áreas de ensino.
   Ao contrário de muitas profissões, tudo o que você acredita como educador está em exibição para o mundo, e aberto ao elogio e crítica, que podem vir de todos os lados.
    Devemos lembrar sempre que mais importante do que toda a coleta de dados, ou estatísticas elaboradas por diversos órgãos ou instituições, o grande desafio da aprendizagem concentra-se na relação direta professor-aluno na sala de aula.
    Pratique!
    Por favor, encaminhe seus comentários. Pode ser na janela verde à direita "mural de recados"


Postado por Michel Assali
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