Olá, gente...
Em que mundo é esse em que estamos vivendo?
Que mundo queremos deixar para nossos filhos e netos?
Foi a partir destas e outras indagações e algumas reflexões sobre as
questões democráticas referentes às máximas proclamadas pela revolução
francesa, “liberdade, igualdade e fraternidade”, concluí que nosso mundo parece
estar ficando muito chato.
Em nome destes ideais, a sociedade atual tem imposto medidas rigorosas
de forma a propalar uma moral idealizada com objetivos de produzir uma
homogênea massa de comportamentos, resultando numa liberdade “pasteurizada”.
Mesmo com tanta informação e com a ideia de desenvolver uma pessoa
holística, diversas ciências e especialidades surgem para nos ensinar a viver,
como se isso e uma coisa difícil, que exigem um assistente para todos os
momentos da vida. Assistimos então, a proliferação
do "personal ...." alguma coisa.
Temos o "personal" do corpo, da decoração, das finanças, da
viagem, da cozinha, etc., já despontando como gênero de primeira necessidade,
como se a própria vida e o ato de viver não nos ensinassem nada.
E ainda tem as proibições, os impedimentos e um monte de coisas vedadas
ao ser idealizado. Você, caro leitor, já observou o existe de proibições?
Não se pode beber, fumar, comer frituras, tomar café, usar açúcar nem adoçantes.
Nem falar alto, rir a toa, dar bronca em criança.
O que não é proibido é muito bem pago. Paga-se para ver escola de
samba, atrás do trio elétrico, estacionar na rua, flanelinha, pedágio, etc.
O mais interessante é que em nome da liberdade, tudo passou a ser
monitorado: nossas ligações e contas telefônicas, movimentações bancárias,
cartões de crédito e débito e uma grande porção de ações que realizamos que
podem ser expostas pelas redes sociais.
Passamos a ser protagonistas de fotos e vídeos sem que sejamos
consultados tanto pela grande quantidade de câmeras espalhadas em todos os
cantos e ambientes da cidade como pelos celulares de qualquer pessoa, sob o
risco ainda de aparecer nas chamadas “vídeocassetadas”.
Chamam isso de Bigdata, uma espécie de “bigbrother”mundial, que sabe
mais sobre a gente do que agente mesmo.
Será que tudo isso é para garantir nossa liberdade?
Penso que este mundo está ficando chato demais!
E o que pior, há chatos demais em todas as instâncias e setores da
nossa sociedade, onde muitos se escondem atrás de um nome sofisticados: o politicamente correto.
Faço questão de citar um trecho do artigo-desabafo de Luiz Fernando
Pondé no Jornal Folha de São Paulo de 07/09/09. Veja:
“Esses chatos, montados em suas análises jurídicas, sociológicas e
psicológicas, atormentam a família, que fica perdida em meio a uma ciência
moralista que tem como uma de suas taras a intenção de provar a incompetência
dos homens e das mulheres na labuta com suas crias. Agora esses chatos
decidiram que vão mandar nas compras de sucrilhos e nas idas ao McDonald's.
Tomados pelo furor da lei, esses puritanos querem ensinar padre-nosso ao vigário, assumindo que os pais precisam de tutela na hora de comprar comida para seus filhos. Nada de bonequinhos, nada de brindes, apenas embalagens feias como caixotes soviéticos. Daqui a pouco, vão proibir mulheres bonitas nas propagandas e as gotas de cerveja que escorrem por suas saias curtas. Riscarão do mapa carros que desfilam homens charmosos. Uma verdadeira pedagogia do horror como higiene do bem.
O problema com este higienismo é que ele pensa combater em nome da liberdade, mas, na realidade, restringe ainda mais a liberdade, esmagando-a em nome desta senhora horrorosa que se chama "cidadania”.”
Tomados pelo furor da lei, esses puritanos querem ensinar padre-nosso ao vigário, assumindo que os pais precisam de tutela na hora de comprar comida para seus filhos. Nada de bonequinhos, nada de brindes, apenas embalagens feias como caixotes soviéticos. Daqui a pouco, vão proibir mulheres bonitas nas propagandas e as gotas de cerveja que escorrem por suas saias curtas. Riscarão do mapa carros que desfilam homens charmosos. Uma verdadeira pedagogia do horror como higiene do bem.
O problema com este higienismo é que ele pensa combater em nome da liberdade, mas, na realidade, restringe ainda mais a liberdade, esmagando-a em nome desta senhora horrorosa que se chama "cidadania”.”
Vale a pena refletir sobre o assunto.
Encaminhe seus comentários e desculpem o desabafo!
Postado por Michel Assali