EDUCADORES

28 março, 2018

Curso: Aprendendo a aprender



Olá, gente...


O curso “Learning How to Learn”  (aprender a aprender) criado pela Dra. Barbara Oakley, professora de engenharia da Universidade de Oakland, em parceria com Dr. Terrence Sejnowski, neurocientista do Salk Institute, não é o único a utilizar as novas ferramentas da neurociência para melhorar a aprendizagem.

Porém, a popularidade desse curso é reflexo de da habilidade em apresentar o "conteúdo com uma mensagem de esperança". 

Muitos de seus alunos têm entre 25 a 44 anos e estão enfrentando mudanças em suas carreiras, procurando novas formas de aprender para conseguir melhores posições.

No curso, a dupla enfatiza quatro técnicas que ajudam a aprender qualquer coisa.

Focado/difuso
O cérebro tem dois modos de pensar, que a Dra. Oakley define como “focado”, no qual os estudantes conseguem se concentrar na aula, e “difuso”, um estado de descanso mental em que a consolidação do conhecimento ocorre, ou seja, quando as novas informações se acomodam no cérebro. No modo difuso, as conexões entre informações diferentes e insights inesperados podem acontecer. Por isso, é útil fazer pequenas pausas após um período de foco.

Descanse
Para conseguir esses períodos de mente focada e difusa, Barbara recomenda a chamada técnica "Pomodoro", desenvolvida por Francesco Cirillo. Aplicar a estratégia é fácil. 

Coloque um cronômetro de 25 minutos e durante esse tempo foque no trabalho que você precisa realizar. Passado esse tempo, faça uma pausa para a reflexão difusa e se dê algo de presente. A recompensa pode ser ouvir uma música, fazer uma caminhada rápida ou qualquer coisa que te faça pensar em algo que não a tarefa que você precisa completar. Exatamente porque você não está fazendo absolutamente nada relacionado àquele trabalho, o cérebro consegue consolidar o novo conhecimento.

Além disso, o ritual de programar o cronômetro também pode te ajudar a lidar com a procrastinação. Barbara diz que mesmo pensar em fazer algo que não gostamos ativa os centros de dor no cérebro. A técnica Pomodoro, diz ela, “ajuda a mente a focar e começar a trabalhar sem pensar no trabalho em si”. “Qualquer um consegue manter o foco por 25 minutos, e quanto mais você treinar, mais fácil isso fica”.

Pratique
O cérebro tem um processo de criar padrões neurais que podem ser reativados quando necessário. Pode ser uma equação, uma frase em francês ou um acorde no violão. As pesquisas mostram que ter uma “biblioteca” de padrões neurais bem praticados é necessário para se tornar especialista em algo.

A prática traz a fluência, diz Barbara, que compara o processo ao de estacionar um carro. “Na primeira vez em que você aprende a estacionar um carro, sua memória está cheia de novas informações”. Depois de um tempo “você nem precisa pensar mais do que simplesmente ‘vou estacionar o carro’ ”, e sua mente fica livre para pensar em outras coisas.

Além disso, os padrões neurais são construídos em cima de outros, então essa rede vai aumentando junto com seu conhecimento. “Com o tempo, você vai conseguir se lembrar de partes maiores de uma música, ou de frases mais complexas em francês”. Dominar conceitos básicos de matemática pode te ajudar a fazer cálculos mais complexos. “Você consegue facilmente se lembrar do básico mesmo quando sua mente está ativamente focada tentando entender informações novas e mais difíceis”.

Conheça você mesmo

Barbara sempre pede que seus alunos entendam que as pessoas aprendem de formas diferentes. Há quem consiga aprender novas informações rapidamente, enquanto outros precisam de mais tempo para assimilar um conhecimento novo – mas que vão conseguir perceber mais detalhes durante o processo. Reconhecer as vantagens e desvantagens do seu processo de aprendizado, diz ela, é o primeiro passo para aprender a se aprofundar em temas desconhecidos.

O curso tem duração de 30h, é oferecido em  português no ambiente do site Coursera, totalmente gratuito, em parceria com a Universidade de San Diego, Califórnia. Você também pode requerer um certificado do curso.

Visite o site Coursera  (https://pt.coursera.org/ ) , acesse o curso “Aprendendo a aprender” ou “Learning how to learn” e conheça a proposta.

Eu fiz o curso, gostei muito e recomendo. Valeram demais as técnicas aplicadas, o formato agradável e o enriquecimento da docência e da prática pedagógica.

Compartilhe e encaminhe seus comentários.

Postado por Michel Assali

20 março, 2018

Outono 2018: seja bem vindo!




Olá, pessoal...



Chega o outono!

As águas de março vão fechando o verão e sinalizam a mudança de estação. O planeta Terra se move.
Tem início o movimento do cair suave das folhas. Movimento belo e natural em que as plantas nos ensinam uma lição de vida e sabedoria.

Momento de esvaziar, desapegar, adquirir leveza por um período para concentrar-se naquilo que é realmente vital.  E em seguida num movimento mágico, brotar e florescer para o novo.
Um Novo forte e seguro para suportar ventos, chuvas e outras intempéries.

O outono chega para reduzir nosso movimento e refletir sobre a vida e o futuro.
Uma mudança externa e interna, que nos une e nos integra à natureza, demonstrando-se assim sermos todos filhos de Deus.

O outono chega!

Seja bem vindo!

Postado por Michel Assali


15 março, 2018

Worldschooling: o que é isso?



 Olá, gente...


A evolução das relações sociais e a disseminação do trabalho remoto, mais famílias se adaptam a vida nômade, realizando longas viagens pelo mundo e levando seus filhos junto.

Geralmente suas viagens são financiadas por empresas on-line ou carreiras freelance, e optam por educar seus filhos enquanto rodam o mundo organizando currículos e programas de estudo com a utilização da internet e materiais físicos, como livros e cadernos.

Algumas famílias que viajam escolhem ficar em cada destino por um período mais longo e enviar seus filhos para escolas locais e regulares. Outros preferem organizar os estudos seus filhos, aderindo a um currículo mais ou menos formal, muitas vezes fornecido pelo país de origem da família.

Mais recentemente, no entanto, um número crescente de pais nômades está escolhendo currículos e programas mundiais para seus filhos.

Vamos explorar o que é exatamente o ensino fundamental, como funciona e o que podemos aprender com isso.

Para entender o conceito de escolaridade mundial, devemos primeiro entender que está intimamente relacionado com a não escolaridade.

Unschooling (sem escola) é um tipo de homeschooling (escola em casa) que permite que a criança tome o controle de sua própria educação, permitindo-lhes perseguir suas paixões e interesses na forma de projetos ou viagens de campo em vez de seguir um currículo tradicional.

A ideia por trás dessa forma aparentemente extrema de educação é que as crianças têm um desejo inato de entender o mundo à sua volta. Ao permitir-lhes a liberdade de seguir seus próprios interesses e se envolver com temas interessantes, fora de uma sala confinada, eles desenvolverão naturalmente habilidades cognitivas e emocionais.

 O Worldschooling (mundo escola) simplesmente leva esse conceito para um próximo nível, adicionando viagens na mistura e deixando que destinos e experiências orientem o aprendizado da criança, transformando o mundo inteiro em uma sala de aula.

Mas, como não há uma definição oficial de ensino, cada família tende a definir o que os termos significam para eles.

O que a maioria das famílias adeptas ao worldschooling tem em comum?

- acreditam em uma abordagem holística do aprendizado que incorpora diferentes aspectos da vida, natureza, cultura, história e ciência, em vez de separar a educação em diferentes assuntos.
- acreditam que os resultados, os graus e as notas dos testes padronizados não são um bom indicador para o sucesso futuro.
- reconhecem que "aprender" e "educação" não são os mesmos e que as crianças aprendem melhor quando estão ativamente envolvidas em um tópico e não são obrigadas a seguir um formato definido.
- concordam que cada criança é diferente com diferentes talentos e que os currículos escolares tradicionais não têm a flexibilidade de levar isso em consideração.
- acreditam que as crianças aprendem melhor quando o processo está conectado a um resultado tangível, como um projeto, arte, experiência ou criação da vida real.
- usam aprendizado experiencial prático, como viagens de campo, experiências e viagens imersivas, para solidificar o conhecimento.

Na realidade, isso significa que a educação integral parece diferente para cada família. Alguns até combinam com aulas mais tradicionais, ensinadas pelos próprios pais ou através de programas de educação on-line.

A aprendizagem geralmente é completamente auto-dirigida pela criança, mas os pais apoiam e orientam seus filhos a cada passo do caminho. Eles também podem assumir um papel mais ativo mediando o interesse de seus filhos, unindo o mundo ao útil e agradável.

As ferramentas e plataformas de aprendizagem on-line são usadas por muitos estudantes do mundo, permitindo que eles combinem seus materiais de aprendizagem e personalizem seus currículos. Se as crianças precisam de mais suporte do que as ferramentas e o que seus pais podem oferecer, aulas on-line estão disponíveis em quase todos os assuntos.

As formas alternativas de educação e o worldschooling vêm ganhando cada vez mais adeptos pelo mundo, espalhando-se para além das restrições estreitas dos sistemas educativos tradicionais. Como tal, a educação integral é uma progressão natural do estilo de vida independente da localização.

Embora um estilo de vida nômade possa soar como sonho para a maioria das pessoas, não é viável ou mesmo desejável para todas as famílias. No entanto, ainda existem conceitos que podemos aprender da educação integral que podem ser aplicados em sistemas educacionais tradicionais ou na escolaridade escolar regular.

O ensino fundamental ainda está em sua infância, mas com a melhoria da tecnologia da educação e o aumento do trabalho remoto, é provável que seja um movimento crescente no futuro próximo.

E você? Tem alguma opinião sobre isso?
Encaminhe seus comentários!

Postado por Michel Assali

08 março, 2018

Dia Internacional da Mulher

Olá, meninas de todas as idades...


São vocês mulheres que representam o ser mais evoluído do planeta;
São vocês que dão o equilíbrio necessário ao desenvolvimento complicado dessa nossa sociedade transmitindo emoção, sensibilidade, ternura e amor, para tornar o ser humano cada vez mais humano.

Parabéns e obrigado pela sua existência e pelo Dia Internacional da Mulher.

Postado por Michel Assali

05 março, 2018

Nem todo trabalho em grupo é trabalho em equipe!




Olá, gente...


O trabalho coletivo vem ganhando adesões contundentes como modelo adequado para as tendências sociais neste início de século, caracterizando-se pelo formato ideal para atender as demandas das sociedades modernas em diversos setores e instituições.

Por sua vez, a instituição escolar se organiza de forma a acreditar que a formação de grupos de trabalho pode ser uma maneira eficaz de incentivar trabalho em equipe favorecendo o contato, as trocas e o desenvolvimento de objetivos sócio emocionais visando a preparação para a fase adulta.

Aqui convém ressaltar que grupo e equipe têm conotações diferentes. Enquanto o primeiro se refere a um agrupamento que pode ocorrer por circunstâncias diferentes e temporais, sem produzir vínculos, o segundo, ou seja,  a equipe, tem a concepção de um trabalho não somente coletivo, mas principalmente, colaborativo. Melhor ainda, a equipe constrói uma união, um trabalho conjunto e significativo para todos seus integrantes, envolvendo a todos com os objetivos e resultados do seu trabalho.

No trabalho em equipe, todos se comprometem com o sucesso de todos, sem que ninguém fique para trás, independentemente das diferenças individuais de seus integrantes.

A formação de equipe é mais significativa e intencional do que a de um grupo e, portanto, oferece uma profundidade de experiência e educação diferenciadas.

Acolhimento, perseverança, compreensão, organização, divisão do trabalho e responsabilidades entre outros, são atributos a serem desenvolvidos para a formação de uma boa equipe, superando assim o simples e pontual trabalho em grupo.

Por essas e outras razões é possível perguntar se realmente o trabalho organizado nas nossas escolas é um trabalho em grupo ou um trabalho de equipe, pois como se afirma no título, nem todo trabalho em grupo é um trabalho de equipe.

Nesse sentido, o trabalho docente é fundamental na orientação da formação de grupos que possam evoluir para uma equipe de trabalho desejável. E isso exige a mediação dos professores, considerando-se tratar de um processo de aprendizagem cognitiva e emocional.

Para contribuir com o trabalho docente, seguem abaixo algumas sugestões para considerar ao construir com os alunos equipes para o desenvolvimento de projetos de aprendizagem ao longo do ano letivo.

- Reconheça a necessidade de formar equipes de trabalho
Pergunte-se: O projeto ou atividade se presta bem ao trabalho colaborativo e à divisão de tarefas? Existem componentes suficientes para o projeto que exigem o trabalho coletivo?

- Demonstrar a necessidade de formar uma equipe
Depois de reconhecer a necessidade de uma equipe, demonstre essa necessidade para a classe. Apresente situações problema do mundo real cuja solução se faz necessário o trabalho em conjunto.

- Mostre os resultados
 Encontre uma maneira de demonstrar a diferença entre o resultado final de um problema resolvido com o trabalho em equipe e individual. Os resultados do produto acabado foram diferentes? Foi uma maneira mais efetiva?

- Esclareça sobre os benefícios do projeto ao se trabalhar em equipe
Explique como o projeto em questão se beneficiará de trabalhar em conjunto e a importância de reconhecê-lo como uma experiência multifacetada com diferentes papéis a preencher.

- Avalie habilidades e conhecimento promovidos pela participação de todos
Determine os pontos fortes e as habilidades potenciais  que cada integrante desenvolverá no trabalho em equipe.

- Criar equipes diversas
Decida como formar cada equipe, considerando cuidadosamente os pontos fortes e fracos de cada membro e como eles podem se beneficiar da dinâmica do grupo.

- Facilite a discussão
Ajude a manter a conversa dentro dos grupos dinamizando a sala de aula e facilitando a discussão. Faça perguntas sobre seu processo de discussão dos temas propostos, dos recursos que estarão usando ou resultados possíveis resultados.

- Materiais de apoio pedagógico
Certifique-se de que cada equipe tenha acesso aos materiais de apoio e conteúdo que lhes permitam realizar a tarefa com criatividade e recursos.

- Cuidado com os alunos sem voz
À medida que você está facilitando a discussão, fique atento aos alunos que não se sentem ouvidos ou hesitam em participar. Faça com que sejam ouvidos e tenha participação na equipe.

...Continua em nova postagem...

Tem mais a contribuir?
Encaminhe!

Postado por Michel Assali


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