EDUCADORES

22 maio, 2012

Construindo um Plano de Aula


Olá, gente...

PLANO DE AULA PARA QUÊ?

Também achei, no início da minha carreira, que o Plano de Aula não passava de uma mera formalidade burocrática, exigida pela direção da Escola visando cumprir com determinações dos órgãos oficiais de educação. Porém, na atuação em sala de aula e muito tempo de trabalho, pude observar que, por mais simples que possa ser, o plano de aula faz uma sensível diferença, não apenas para o sucesso da mesma, como para tranqüilidade e segurança do professor no desempenho de suas funções.
Mesmo que consuma algum tempo na sua preparação, o ganho pedagógico é considerável além de produzir a satisfação do trabalho realizado, a redução do estresse docente e a alegria dos resultados de uma aprendizagem eficaz e de qualidade.
Segue abaixo, uma sugestão de seqüência para elaborar um plano de aula. Inicialmente parece trabalhoso, mas gradativamente vai se incorporando na rotina, ficando cada vez mais leve e divertido.
Experimente!

A SEQÜÊNCIA DE PASSOS DE UM PLANO DE AULA:

 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Aqui você terá que descrever onde quer que seus alunos cheguem, lembrando-se da adequação dos objetivos à turma, respeitando sempre a heterogeneidade da classe. Enfim é uma descrição sintética das aprendizagens que se pretende ensinar que geralmente são identificadas pelas habilidades e competências desenvolvidas.
Tais objetivos podem ser representadas por verbos no infinitivo, começando por uma frase que represente a habilidade:
“Ao final da atividade (ou unidade, tópico, programa, etc.), o aluno desenvolverá habilidades de...(cognitivas, procedimentais e atitudinais)
Identificar...
Compreender...
Relacionar...
Reconhecer...
Elaborar...
Construir...
Trabalhar em equipe...
etc.

 ATIVIDADES / CRONOGRAMA
Pense na seqüência das atividades que serão desenvolvidas na(s) aula(s), de modo a seguir um cronograma de passos detalhados, de forma a contemplar objetivos do mais simples aos mais complexos ou elevados.
Lembre-se: as atividades deverão ser contextualizadas e desafiadoras de forma a suscitar motivação nos alunos e a visão interdisciplinar.
É fundamental a participação do aluno desde o início e que, ao final das atividades, haja sempre um produto construído pelo mesmo.
Exemplos:
1- Apresentação do vídeo... ou música... ou ...
2- Entrega de texto...
3- Leitura silenciosa do material do livro didático...
4- Discussão em grupos (duplas, no máximo) após leitura do material...
5- Painel..., debate, ou...
6- Elaboração de uma síntese, ou elaboração de uma proposta de solução, ou...
7- Os problemas e exercícios propostos, questionamentos, ou ...etc.
8- Outras atividades: Aplicação prática, elaboração de experimentos, relatórios, seminários, visitas, demonstrações, etc.

 CONTEÚDOS
Aqui você descreve de forma bem sintética os conteúdos do programa que serão desenvolvidos (disciplina específica)
É muito interessante apontar os conteúdos conceituais (saber), os procedimentais (fazer) e os atitudinais (valores e atitudes) que serão trabalhados e que fazem parte do programa ou da unidade do período.

 RECURSOS
Relacione os recursos físicos e materiais que garantirão o desenvolvimento das aulas. É bom contar com recursos possíveis evitando-se frustrações. Portanto, garanta-se, agendando equipamentos, selecionando materiais, cópias, espaços, etc. Lembre-se: Equipamentos eletrônicos muitas vezes nos “pregam peças” desagradáveis, portanto tenha sempre um plano B.
Exemplos:
1- Data show
2- Livro-texto
3- Texto extra
4- Espaço ou sala ambiente ( sala de artes, laboratório, jardim da escola, etc.)
5- Folha sulfite, ou folhas...
6- Lápis de cor, ou outros...
7- Nos casos de visitas, saídas culturais ou excursões não esquecer de checar contratos, autorizações de pais, da direção e documentações diversas.
8- Outros...

 AVALIAÇÃO
Como saber se os objetivos descritos foram atingidos? Um bom instrumento de avaliação poderá dar um feedback de toda a trabalheira. Para tanto você pode utilizar diversos instrumentos que possam ser bons indicadores do desenvolvimento da aprendizagem.
Exemplos:
1- Provas operatórias (que exijam operações mentais) objetivas, dissertativas, etc.
2- Mapas mentais ou conceituais
3- Rubrica instrucional
4- Autoavaliação
5- Portifólios
6- Apresentação de grupo (seminário, painel, dramatização, etc)
7- Apresentação do projeto
etc..

 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Aponte aqui, as referências bibliográficas dos materiais utilizados que não contam da programação do material didático base.

Boas aulas!  Deixe seus comentários!
Postado por Michel Assali

14 maio, 2012

Países do Mundo - Mapas




Olá, gente...


Uma ferramenta escolar de elevado potencial pedagógico vincula-se ao conhecimento de mapas e dados dos diversos países espalhados pelo planeta. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) disponibiliza no seu site alguns links interessantes que fornecem mapas e dados geográficos muito interessantes para subsidiar pesquisas escolares.

Acesse o link http://www.ibge.gov.br/paisesat/, para navegar, conhecer e utilizar como sugestões nas atividades escolares. Vale conferir!

Deixe seus comentários, clicando abaixo em “comentários” ou na janela ao lado direito.

Postado por Michel Assali

O jogo e o desenvolvimento das habilidades e competências

Olá, gente...

A escola do século XXI apresenta como objetivo fundamental o desenvolvimento das habilidades e competências de seus alunos, tendo em vista os parâmetros estabelecidos pela UNESCO, denominados Pilares da Educação, que são:
- o saber saber (cognitivos)
- o saber fazer (procedimentos)
- o saber conviver ( sócioemocionais)
- o saber ser (cidadania)

Todavia, considerando a diversidade biológica e social do ser humano o desenvolvimento dessas habilidades pode variar dentro de uma mesma faixa etária, cabendo a instituição escolar pesquisar, conhecer, criar e utilizar métodos e técnicas inovadores que visem garantir a aprendizagem necessária e adequada para todos seus alunos.

Nesse sentido o jogo, ao ser utilizado de forma pedagógica, torna-se uma poderosa ferramenta de aprendizagem e de desenvolvimento das habilidades fundamentais, necessárias à formação de competências básicas, como a leitora, escritora e matemática e científica.

O jogo, além de prazeroso, pode ativar diversos esquemas de conhecimento necessários para construção de saberes cognitivos e procedimentais tais como: observar, reconhecer, identificar, comparar, localizar etc., além de habilitar ao raciocínio lógico, ao planejamento, à tomada de decisão e à intuição.

Além disso, permite desenvolver habilidades atitudinais e sócio-emocionais, como a cooperação, ao trabalho em equipe, ao estabelecer e atender regras, aos relacionamentos interpessoais, superação de conflitos, auto-estima, autoconfiança, etc.

Sobre esse aspecto as concepções de Vygotsky, sobre as relações entre desenvolvimento e aprendizado, e particularmente sobre a zona de desenvolvimento proximal, estabelece forte ligação ente o processo de desenvolvimento e a relação do indivíduo com seu ambiente sócio-cultural. É na zona de desenvolvimento proximal que a interferência de outros indivíduos é mais transformadora, ou seja, é nesse “espaço” que a intervenção da mediação terá condições de construir aprendizagens.

O uso dos jogos proporciona situações e ambientes desafiadores, capazes de provocar a motivação favorecendo avançar com os raciocínios que se elevam gradativamente, à medida que vão sendo superados, possibilitando o desenvolvimento do pensamento em função dos contextos criados durante a aprendizagem.

Para Vygotsky, o ensino sistemático não é o único fator responsável por alargar horizontes na zona de desenvolvimento proximal. Ele considera o brinquedo uma importante fonte de promoção de desenvolvimento.

E para reforçar tais premissas, é conveniente citar Jean Piaget quando afirma: "O jogo é um tipo de atividade particularmente poderosa para o exercício da vida social e da atividade construtiva da criança".

Veja abaixo algumas das habilidades desenvolvidas no jogo.

Saber e saber fazer (cognitivas): 
Memorizar
Ler e interpretar regras
Classificar, comparar, inferir, deduzir
Analisar e concluir
Resolver problemas
Tomar decisões
Criar novas situações

Saber conviver (sociais):
Estabelecer e respeitar regras
Trabalhar em equipe
Cooperar
Resolução de conflitos
Competição saudável
Desenvolvimento de relações interpessoais 
Desenvolvimento da comunicação
Lidar com emoções (ganhar e perder)

Saber ser (sócio-emocionais):
Responsabilidade
Controle da impulsividade
Aprender com o erro
Auto-avaliação
Planejar ações
Superação de limites pessoais
Desenvolvimento da autoconfiança e auto-estima

Pense sobre isso! Encaminhe seus comentários.

Postado por Michel Assali

03 maio, 2012

Horta Escolar: ambiente avançado de aprendizagem

Olá, gente...
O Colégio Liceu Coração de Jesus, localizado na região central da cidade de São Paulo, realizou uma parceria com um engenheiro agrônomo, Sr. Marcos Victorino, que idealizou uma horta “móvel”, capaz de se deslocar em direção à melhor exposição aos raios solares.
E num espaço que as pessoas jamais imaginariam que pudesse se ter uma horta, o projeto “Horta na Cidade”, ganhou espaço, conquistou as crianças e educadores da escola e se constituiu como uma sala de aula ambiente de aprendizagem, permitindo a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade.

Sabemos que horta na escola não é uma novidade, porém quando se pensa que horta depende de espaço específico para que possa ser construída, o Sr. Marcos vem provar que as possibilidades de sua construção são perfeitamente possíveis quando se deixa a mente pensar e se afastar de velhos paradigmas.Utilizando, telhas de fibrocimento (calhetão), tambores de plásticos cortados ao meio, caixas plásticas de supermercado, cestos plásticos para roupa suja, cestinho de pregadores de roupas, etc., foi possível construir um projeto de horta urbana que rendeu uma reportagem na TV. Globo (assista aqui)
Porém, a grande contribuição reside no que este ambiente representa em termos de avanços pedagógicos da educação infantil ao ensino médio.

A horta integra conteúdos avançados de:
- Artes: quadros artísticos com sementes; concurso de espantalhos, desenho de folhas, culinária, etc.
- Matemática: grandezas e medidas, ângulo de incidência de luz solar, volume de gases, percentuais, consumo, custos de produção, etc.
- Ciências (Física, Química e Biologia): germinação, osmose, fotossíntese, ciclos geoquímicos, elementos químicos, ecologia, nutrição, digestão, etc.
- História e Geografia: clima, meteorologia, indicadores sociais e econômicos, ocupação dos espaços, agricultura, agroeconomia, alimentos e nutrientes, imigração, culinária, etc.
- Língua Portuguesa: produção de textos, pesquisas, leituras, etc.
Enfim, com um pouco de criatividade a horta escolar pode contemplar todas as disciplinas do currículo, tornando-se por esses e outros motivos, um equipamento mobilizador a equipe escolar que tenha como meta a melhoria da qualidade do ensino oferecido pela escola.

Pense sobre o tema e deixe seus comentários.

Postado por Michel Assali

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