EDUCADORES

26 outubro, 2012

Futuro: professores para quem?


Olá, gente...


Erich Andreas é um professor de guitarra que, de sua sala em Nashville, dá videoaulas gratuitas para até 1500 pessoas em seu site. Com essa história como ponto de partida, a discussão trazida pelo articulista Dennis Berman gira em torno das seguintes questões: Será que as aulas on-line e os tablets irão ameaçar os professores da “vida real” e afundar os livros didáticos? Elas podem fazer com que mais pessoas aprendam, com um baixo preço, em todo o mundo?
Thomans Sundboom é um estudante de guitarra de 62 anos. Hoje, aprendendo a tocar o instrumento na internet, ele paga apenas US$ 40, menos da metade que pagava anteriormente (US$ 100) para ter aulas presenciais. Essa tendência criará grandes oportunidades de negócios para um seleto grupo de “professores-estrela”. A desvantagem, por outro lado, é que professores e escolas não on-line terão de se adaptar para reduzir custos.
Entretanto, aprender com o uso da tecnologia não é assim tão simples. Motivação e disciplina são as bases para um bom aprendizado, e é aqui que a tecnologia não se equipara aos cuidados e atenção de um professor presencial. A expectativa é que, com o tempo, ele se torne menos um detentor de conhecimento e mais um motivador do aluno distraído. “Os professores serão os treinadores, não os sacerdotes”, diz o articulista do Wall Street Journal
Pense sobre o assunto e deixe seus comentários!

Postado por Michel Assali

Aprendizagem com uso de gráficos.





Olá, gente...

Pesquisando nas páginas da rede, descobri um site muito interessante para Gestores, Educadores e Professores que lecionam História, Geografia, Sociologia e outros interessados.

Trata-se do site www.gapminder.org. Embora seja todo em inglês, o interessado pode utilizar dos programas de tradução do Google e obter um interessante resultado.

Substituindo as legendas dos eixos (abcissa-vertical ou coordenada-horizontal), você pode obter diversos dados e gráficos interessantes de todos os países do planeta. Ao clicar em play, é possível visualizar o evento escolhido ao longo de uma linha de tempo de forma bem dinâmica e parar no ano ou período de interesse.  
Isso permite ao educador elaborar junto com seus alunos uma série de interpretações a respeito dos países ou dos continentes os quais são classificados por cores.
O site também apresenta tutoriais e vídeos-exemplo para melhor uso e aplicação.
É muito interessante para desenvolver nos alunos as habilidades relacionadas à construção, utilização e interpretação de gráficos. 

Testei e achei muito interessante. Valeu a pesquisa.

Visite a página, explore e deixe seus comentários.


Postado por Michel Assali

11 outubro, 2012

Dia do Professor



Olá, gente...

Parabéns Professores e Professoras!

Minhas saudações se estendem a todos e, não somente aos professores, mas a todos os professores-educadores.

Não há fórmula capaz de definir a distância entre os dois substantivos.

Não basta ser professor! É preciso também ser o professor-educador. Ou seja, aquele que tem o dom e a magia de fazer aflorar o crescimento humano em cada aluno.

Aquele professor-educador que não implora respeito, antes de mais nada ele o exerce. Aquele que é ao mesmo tempo, o topo e a base da pirâmide, a fórmula e a raiz da equação, sujeito e verbo da ação. Um professor-educador que seja substantivo e adjetivo e que compartilha suas ideias e ideais, mas que sozinho, torna-se um paradoxo.

Que leva o aluno a pensar e a viajar nas emoções das histórias, das geografias, das ciências e das artes, tanto reais quanto fictícias. Professor-educador que estimula e provoca em seus alunos a sede do saber e do conhecimento em direção à formação digna, tornando-os cada vez mais, melhores.

Enfim, professores educadores movidos pela paixão e esperança em contribuir para uma construção de uma sociedade justa, digna e humana.

Parabéns pelo Dia do Professor!

Postado por Michel Assali





08 outubro, 2012

Metálogo da avaliação

Olá gente...

Bateson, no metálogo “!Pai, quanto é que tu sabes?” discute com sua filha, sobre a (im)possibilidade de mensurarmos o quanto sabemos. Os trechos deste metálogo que descrevo a seguir oferecem subsídios para refletir sobre questões referentes às práticas pedagógicas e aos processos avaliativos.

PAI, QUANTO É QUE TU SABES?

Filha: Pai, quanto é que tu sabes?

Pai: Eu? Hum! Tenho cerca de uma libra de conhecimento.

Filha: Não sejas assim. É uma libra em dinheiro ou uma libra em peso? O que eu quero é saber quanto é que tu sabes?

Pai: Bem, o meu cérebro pesa cerca de duas libras e suponho que só uso uma quarta parte dele, ou que o uso com cerca de um quarto de eficiência. Portanto, digamos, meia libra.

Filha: Mas tu sabes mais do que o pai do João? Sabes mais do que eu?

Pai: Hum! Conheci uma vez na Inglaterra um rapazinho que perguntou ao pai: “Os pais sabem sempre mais que os filhos?” e o pai respondeu: “Sim”. A pergunta seguinte foi: “Pai, quem inventou a máquina a vapor?”, e o pai disse: “James Watt”.Então o filho respondeu: “Mas então por que é que não foi o pai dele que a inventou?”

Filha: Isso já eu sabia. Sei mais que esse rapaz porque sei por que é que o pai de James Watt não inventou a máquina a vapor. Foi porque outras pessoas tiveram de pensar noutras coisas antes que alguém pudesse fazer uma máquina a vapor. Quero dizer que qualquer coisa como... Não sei... Mas teve de haver outra pessoa que descobrisse o óleo antes que alguém pudesse fazer um motor.

Pai: Sim, isso estabelece a diferença. Quero dizer que isso significa que todo conhecimento está como se fosse um tricô, uma malha, como se fosse um tecido, e que cada peça do conhecimento só faz sentido ou é útil por causa das outras peças e...

Filha: Achas que o devias medir a metro?

Pai: Não, não acho.

Filha: Mas é assim que se compram os tecidos.

Pai: Sim, mas eu não disse que era tecido. É só parecido, e certamente não é plano como o tecido, mas em três dimensões, talvez quatro.

(...) O que nós temos que pensar é como é que as peças do conhecimento estão entrelaçadas umas nas outras. Como é que elas se ajustam umas às outras.

Filha: (...) Pai, já alguém mediu alguma vez quanto é que qualquer outra pessoa sabia?

Pai: Oh, sim. Muitas vezes. Mas não sei exatamente o que é que esses resultados querem dizer. Eles fazem isso com exames e testes e questionários, mas é como tentar saber o tamanho duma folha de papel atirando-lhe pedras.

Filha: O que é que queres dizer?

Pai: Quero dizer que, se atirares pedras a duas folhas de papel à mesma distância e acertares mais vezes numa que na outra, provavelmente aquela em que acertaste mais vezes é maior que a outra. Da mesma maneira, num exame atiras uma série de perguntas aos alunos e, se acertares em mais pedaços de conhecimento num aluno do que nos outros, então pensas que esse aluno deve saber mais. É essa a idéia.

Filha: Mas podia medir-se uma folha de papel dessa maneira?

Pai: Claro que se podia. Até seria uma boa maneira. Medimos uma série de coisas desse modo.

Filha; (...) Mas então, porque é que não podemos medir o conhecimento dessa maneira?

Pai: Como? Por questionários? Não. Que Deus Nosso Senhor nos proíba. O problema é que esse tipo de medida deixa de fora o teu ponto: que há tipos diferentes de conhecimento e que há conhecimento acerca do conhecimento. Deveríamos dar notas mais altas aos estudantes que respondem às perguntas mais gerais? Ou talvez devesse haver um tipo diferente de notas para cada tipo diferente de perguntas.

Uma das questões que pode ser extraída desses fragmentos do metálogo de Gregory Bateson é sobre a necessidade de questionar se é possível saber o quanto sabemos e, sobretudo, quanto sabem os outros, ou seja, é questionar sobre a possibilidade de mensuração do conhecimento. Compartilhando da idéia do autor em relação ao conhecimento ser como um tricô, um tecido que só tem sentido ou é útil quando tramado com outras peças, acredito que é possível relacionar essa reflexão com o tensionamento atual que os processos avaliativos causam à prática pedagógica.

Nossos conhecimentos se tornam saberes quando conseguimos relacioná-los com as nossas experiências construídas nas relações interpessoais e, nesse sentido, qualquer forma de avaliação da aprendizagem dos alunos se torna arbitrária, pois, dificilmente, algum instrumento ou método utilizado para essa ação irá contemplar todas as possibilidades de relações construídas no ato de produção do conhecimento.

Não há como medir o conhecimento, o que é possível é investigar as ferramentas que os sujeitos utilizam no processo de construção do conhecimento. A noção de que avaliar é medir o quanto o outro sabe é tão arraigada que mesmo que tenhamos consciência de sua impossibilidade, essa parece a maneira mais “fácil” de mostrar aos professores, alunos e pais como a criança “está” na escola: bem ou mal.

Nem todos os fenômenos podem ser medidos, representados através de denominações numéricas, o desenvolvimento das crianças referentes à construção de conhecimentos é um exemplo dessa impossibilidade de mensuração. Há um equívoco ao se tentar reduzir a complexidade do processo de construção do conhecimento a uma prática de medição. A questão problemática nessa discussão não é somente acerca da utilização dessa maneira de representar a aprendizagem do aluno, mas questionar quais são os critérios, os instrumentos, as intervenções que estão em jogo no processo avaliativo. Será que todos nós, educadores, estudiosos e pesquisadores, temos consciência da necessidade de se ter clareza diante dessas questões? Paulatinamente, instrumentos de medição da aprendizagem são utilizados pela escola dando a falsa idéia de que, avaliar é medir e, pior, que medindo, temos o conhecimento sobre o conhecimento dos outros.

Gregory Bateson ressalta que muito se fala sobre conhecimentos, mas pouco sabemos sobre o conhecimento, ou seja, pouco nos movimentamos na direção de tentar compreender como se constrói o conhecimento, como se desenvolve esse processo que cada um estabelece para si. A prática pedagógica que tem como objetivo impulsionar as aprendizagens de todos os alunos, incita o professor a compreender a respeito de como os alunos podem entender aquilo que lhes é ensinado, já que compreendendo o processo de aprendizagem, pode-se avançar na compreensão sobre a construção de conhecimentos com intuito de melhor intervir nas elaborações realizadas pelos alunos.

O metálogo utilizado-Pai quanto é que tu sabes? - pode ser encontrado na íntegra em: BATESON, Gregory. Metadiálogos. Trajectos. Lisboa: Gradiva, 2 ed, 1989, p. 37- 45.

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Postado Por Michel Assali

05 outubro, 2012

Educação e tecnologia. Agora!

Olá, gente...

Há muito tempo tem se escrito e comentado sobre educação e novas tecnologias e a importância da socialização da informática, em especial para as escolas.
E os governos gastaram e ainda gastam muito equipando sistemas e redes de ensino com tecnologias de qualidade que se desdobraram em salas de informática, núcleos de tecnologias, banda larga de alta velocidade, computadores, tablets, lousas interativas, etc.
Porém, as pesquisas constataram que os impactos na melhoria da aprendizagem não foram suficientes para produzir mudanças significativas na educação.
Não resta a menor dúvida de que as novas tecnologias possibilitam potencializar o processo ensino aprendizagem e a gestão educacional.
Não basta equipar ambientes com o que há de mais moderno sem um adequado treinamento e capacitação das pessoas que farão uso desse material - os professores e gestores,
Veja no vídeo abaixo uma possibilidade que alia teoria e prática mediados pelo professor com o auxilio das tecnologias.    (http://youtu.be/BYMd-7Ng9Y8)
Assista e deixe seus comentários!
Postado por Michel Assali
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