EDUCADORES

28 maio, 2010

O desejo do mar



Uma das melhores formas de gerar capital social positivo parece passar pelo fomento da «ação propositada» que decorre de dois fatores. O primeiro é o interesse pessoal, o querer - isto é, a noção clara do que se faz e porque se faz. O segundo é um forte sentimento de que a motivação é pessoal, intrínseca e da responsabilidade própria. A pessoa motiva-se. Não precisa ser motivada.Como podem as organizações e os seus líderes estimular a ação propositada dos colaboradores?
Ghoshal e Bruch apontam uma imagem de Antoine de Saint-Exupéry, o célebre escritor e aviador francês, autor de O Principezinho:
«Se queres construir um navio, não mandes os homens para a floresta cortar madeira, aplaná-la e juntar as placas. Em vez disso, ensina-lhes o desejo do mar.»

Nesta perspectiva, em vez de arranjar soluções prontas, os gestores e professores devem suscitar questões e desenhar visões apelativas, ou seja, aflorar o desejo do mar.

O desejo do mar pode ser ensinado pelos seguintes meios:

-É necessário «dar espaço» às pessoas - para que elas criem interesses. Pessoas comandadas não têm escolha, não têm vontade (a não ser a de escapar ao controle!)
-É preciso, pois, que as instituições concedam liberdade de escolha às pessoas e que estas percebam que têm essa liberdade. Cada um dos autores deste livro pode dispor-se a fechar-se em casa durante uma semana para terminar a obra. Mas o sentimento seria seguramente de grande raiva e desconforto se o nosso «patrão» nos obrigasse a permanecer em casa para fazer o mesmo trabalho. O que nos perturba não é «ficar fechado em casa» - é «ser obrigado a ficar fechado em casa».

-É necessário facultar às pessoas a possibilidade de lidarem com proble­mas difíceis - ainda que situados dentro do seu limite de capacidades. Por regra, os problemas fáceis não são sedutores. As mentes e os corações das pessoas são ativados por desafios complicados.

-É importante que as pessoas tenham destinos relevantes. É por essa razão que a organização deve clarificar o ponto que deseja atingir. E deve fazê-lo de uma forma que seduza os seus membros. É provável que, para isso, necessite de envolver as pessoas na determinação desse mesmo destino.Quando o desafio é complexo e o destino partilhado, é mais provável que o esforço coletivo se sobreponha ao individual. O «nosso» trabalho passa a ser mais importante do que o «meu» trabalho.

In Cunha, Rego e Cunha (2007). Organizações Positivas, Lisboa: Dom Quixote e blog do Prof. José Matias Alves, de Portugal.

Faça seus comentários.


Postado por Michel Assali

20 maio, 2010

Registrando em Ata



Os registros são fundamentais para a construção histórica de uma instituição quer seja pública ou privada. Isso nos leva a considerar, dentre as diferentes formas de registro, a ata como um dos mais versáteis instrumentos de registro que preserva a memória dos encaminhamentos e decisões de um grupo de trabalho.

É conveniente lembrar que a ata não é uma transcrição de tudo o que foi falado, mas sim um documento que registra de forma resumida e *clara* as deliberações, resoluções e demais ocorrências de uma reunião ou outro evento. Após assinada pelo secretário e por todos os presentes, a ata constitui prova de que houve a reunião, das decisões nela tomadas, e das manifestações de todos os participantes.

Devido a ter como requisito não permitir que haja qualquer modificação posterior, o seu formato renuncia a quebras de linha eletivas, espaçamentos verticais e paragrafação, ocupando virtualmente todo o espaço disponível na página e reduzindo sua legibilidade, sob o ponto de vista tipográfico.

As características básicas da formatação de atas são:

  • texto completamente contínuo, sem parágrafos ou listas de itens – ou seja, reduzido como se o texto inteiro fosse um único e longo parágrafo;
  • números, valores, datas e outras expressões sempre representados por extenso;
  • sem emprego de abreviaturas ou siglas;
  • sem emendas, rasuras ou uso de corretivo;
  • todos os verbos descritivos de ações da reunião usados no pretérito perfeito do indicativo (disse, declarou, decidiu…);

Caso a ata esteja sendo registrada diretamente em livro de atas manuscrito, os confortos da edição do texto não estarão disponíveis. Neste caso, se houver erro do Secretário, o mesmo deverá ser imediatamente corrigido sem rasurar ou emendar, mas sim usando o “digo”, como no exemplo: “(…) O diretor propôs adquirir imediatamente vinte mil, digo, trinta mil unidades de matéria-prima (…)”. Caso perceba-se o erro apenas ao final da composição da ata, mas antes que a mesma seja assinada, pode-se retificar no término do texto, como no exemplo: “Em tempo: onde consta ‘vinte mil unidades de matéria-prima’, leia-se ‘trinta mil unidades de matéria-prima’”

Postado por Michel Assali

10 maio, 2010

Gestão e Liderança na Escola






Liderança é um termo para o qual cabem muitas definições, em geral envolvendo dinâmicas do funcionamento de grupos e a capacidade de influenciar comportamentos.
Porém, a liderança não se adquire apenas pelo entendimento de conceitos ou noções ou mesmo em participações de palestras, seminários, etc.
A liderança se desenvolve através de muito conhecimento, muita leitura, muita avaliação e principalmente, por muita prática, muita ação. A liderança é, portanto aprendida. Além de querer é preciso fazer.
Nem todo administrador torna-se um líder. Temos muitas situações em ambientes escolares onde existe a figura do diretor empossado como autoridade forma (legal), porém a liderança da escola recai sobre o Vice-diretor, ou ainda, do Prof. Coordenador , ou até um Professor.
Nesse sentido, entende-se que a autoridade formal é apenas suficiente para tornar uma pessoa chefe, mas nunca o suficiente para torná-la líder. É preciso ir para além da formalidade e investir fortemente na gestão de pessoas.
Numa escola pública qualquer, o maior patrimônio a gerenciar não são os bens ou equipamentos e sim, as pessoas que ali atuam. Pois é junto ao grupo de pessoas que a liderança se desenvolve.
Diretores que são verdadeiramente líderes, e não apenas chefes, têm algumas características em comum:
-Usam muito mais a capacidade de influência do que o poder de comando.
-Sabem ouvir cada integrante da equipe e fazer uso das informações que recebem.
-Sabem delegar e acreditar no trabalho realizado pelas equipes.
-Confiam na equipe e procuram fazer com que a equipe confie nele.
-Valorizam opiniões e perspectivas de outros.
-Comunicam claramente à equipe e ao público interno quais os objetivos e metas.

Pense sobre o tema e responda:
-Que tipo de liderança é a sua?
-Que leituras você tem feito sobre o assunto?
-Que ações tem praticado para desenvolver sua liderança?

Deixe seus comentários.

Postado por Michel Assali

03 maio, 2010

Responda à pesquisa:

Olá, gente...
Sabemos que o ser humano busca aperfeiçoamento profissional em quaisquer atividades que venha a realizar. Tendo em vista as contribuições da Psicologia, em especial ao que estuda a Inteligência Emocional, cada pessoa têm seu modo se apropriar da informação e transformá-la em conhecimento.
Tendo em vista estas perspectivas, a pesquisa abaixo tem a finalidade de coletar dados sobre a forma que as pessoas elaboram e apropriam de seus conhecimentos.
Vamos lá, votem!

Postado por Michel Assali
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...