EDUCADORES

27 março, 2017

A frase mais perigosa na educação


 Olá, gente...


A frase mais perigosa usada dentro de qualquer organização e instituições é sem dúvida, "Nós sempre fizemos desta maneira." Também se aplica à educação.

Nada contra uma abordagem segura do ensino muito menos contra a tradição do ponto de vista da apropriação de uma cultura escolar.
O problema sobre o qual chamo a atenção refere-se às abordagens seguras demais que acabam por engessar os sistemas à medida que são criados rigorosos controles em nome da estrutura e organização, impedindo assim o surgimento de espaços para a inovação e mudanças.

São tantas as leis, decretos, resoluções, portarias, recomendações, etc., que regulam muitos e todos de forma a abranges, atender e responder todas as perguntas e atitudes das pessoas inibindo a criatividade e reflexões sobre interpretações do fenômeno educativo o qual nada produzirá de novo, muito menos mudanças, pois “Nós sempre fizemos dessa maneira.”

E sem fazer coisas radicalmente diferentes, o máximo que podemos esperar é algum tipo de incremento de cima para baixo com grandes dificuldades de implantação e implementação, nas diversas redes de ensino.

Tenho escrito e falado muito sobre mudanças de paradigmas para o ensino e aprendizagem, ensino personalizados, atendimento às diversidades, uso das tecnologias, etc. não por motivos de rebeldia ou anarquista acadêmico, mas por compartilhar experiências com os profissionais mais jovens.  E nessa jornada, percebido que não é o suficiente apenas ouvir e aplaudir palestras dos diversos teóricos sem que se coloque diretamente a mão na massa.

Também, em nada adianta acumular conhecimentos sem que sejam realizadas experiências envolvendo sensibilidade docente.  Para expandir nossa competência profissional, em direção às inovações, é fundamental que nossa experiências seja realizada envolvendo toda a sensibilidade humana, o que aumentaria nossos conhecimentos em direção às  inovações e mudanças.

Sonhe, colete dados, experimente. Faça algo diferente este ano. Não necessariamente fazer por fazer ou porque foi dito, mas pelo o que você deseja realizar e que possa mostrar um novo caminho.

Este não é um apelo para o caos, mas sim para a coragem de cometer erros.

Não persiga apenas ser sua melhor versão de um modelo ultrapassado, mas tornar-se ousado e corajoso naqueles aspectos que muitos consideravam serem impossíveis de se realizar.

Permita-se à esperança! Sua e de seus alunos. Ou, “Nós sempre fizemos dessa maneira.”

Encaminhe seus comentários.

Postado por Michel Assali


20 março, 2017

Outono 2017

Olá, gente...


O outono 2017 começa hoje e anuncia, como as demais estações, uma transformação impressionante na natureza. Algumas espécies de plantas cuidam para se aquietar e descartar suas folhas castigadas por ventos, poeira e outras intempéries.

Pois assim, ao se recolherem em si mesmas parecendo às vezes, secas e sem graça, concentram toda sua energia e esforço para, surpreendentemente, renascerem na primavera com toda sua beleza e esplendor.

A natureza nos mostra exemplos em que há momentos de nossa vida a serem vividas como o que ela nos ensina. Recolher-se em nós mesmos, analisar nossa vida e encontrar forças para uma renovação física e espiritual, ciclo a ser sempre repetido. Muitas vezes precisamos descartar nossos lixos físicos e espirituais, buscando sempre a renovação.

Porque a vida não para nunca!

Deixemos nos levar pelo outono e vivamos a experiência com sensibilidade! Pois, é preciso saber e aprender a viver. Viva!


Postado por Michel Assali

10 março, 2017

Construindo Projetos Educacionais


 Olá, gente...


Tenho insistido em diversos momentos que todo professor ou pedagogo, deva sempre experimentar produzir educação e não apenas consumir educação. Isso vale dizer que é de extrema importância o contato, a pesquisa e o conhecimento de novas concepções e tendências educacionais, como formas que possibilitam a atualização profissional.

Porém, é preciso sempre ter em mente que a experiência profissional não é construída apenas pelo conteúdo teórico, mas também, pelas práticas cotidianas no enfrentamento dos desafios que a realidade nos impõe, acrescidas de muita sensibilidade.

Neste aspecto, é fundamental que se dedique um determinado tempo do trabalho para envolver-se em atividades e elaboração de projetos inovadores que produzam ações de impactos e resultados diretos na sala de aula.

É neste sentido que a vivência da teoria e prática, acrescidos de sensibilidade,  concretiza ideais e qualifica cada vez mais o papel da educação, da escola e da docência no desenvolvimento da sociedade.

Tendo por base essa reflexão, encaminho abaixo, sugestões de uma sequência de passos e cuidados na elaboração de melhores projetos educacionais.

Confira!

- Regimento da instituição: É conveniente verificar sempre se o projeto elaborado está de acordo com as normas regimentais do colégio considerando as formas de atribuir notas, as disciplinas envolvidas e o período trimestral de vigência da atividade e calendário escolar.

- Amigos críticos: Um feedback honesto, de mão dupla e ajustes contínuos pode em muito ajudar a melhorar os projetos. Submeter o projeto à apreciação de colegas da mesma área, ou até de alunos favorece a integração, a interdisciplinaridade e a participação. Podem surgir excelentes sugestões de encaminhamento, de conteúdo e de outros aspectos de melhoria e sucesso do projeto.

- Evento de lançamento: Pensar e realizar o lançamento do projeto como um evento educacional, se constitui como um ponto de convergência de ideias e promoção do envolvimento dos alunos e professores. As expectativas se elevam e o papel social da escola passa a ter um caráter mais efetivo, numa prévia de lançamento de um projeto. É uma espécie de marketing do projeto.

- Lista de conceitos e saberes: É muito interessante evidenciar sempre uma listagem de conceitos e saberes prévios que os alunos devem levar em conta para melhor participar do projeto. Palavras-chave, slogans, frases, etc., conectadas em formato de mapas conceituais facilitam o interesse, a pesquisa e a partilha.

- Rubrica: A rubrica é uma ferramenta essencial para manter a transparência aos alunos e pais dos critérios de avaliação para os alunos que serão envolvidos com o projeto. A rubrica deve envolver as expectativas de aprendizagem, definindo critérios claros e bem elaborados, sempre com vistas ao êxito do aluno.

- Organização e responsabilidade do grupo: A responsabilidade individual é um componente fundamental para o trabalho coletivo. É preciso que o grupo descreva as responsabilidades de cada integrante, bem como suas funções. E se possível, registrados por escrito, evidenciando a responsabilidade de cada um.

- Pesquisa e colaboração: Uma vez que o projeto é lançado, cabe aos alunos trabalhar juntos para descobrir o que seu produto final vai ser e como eles irão adquirir o conhecimento necessário para completá-lo. Professores devem oferecer momentos de apoio, orientação e workshops, contribuindo nas intervenções e correções de rumo e solução de problemas e tomadas de decisão.

- Avaliação e adaptação: Ao longo do processo, o acompanhamento do professor é fundamental para atender expectativas e anseios dos alunos e realizar o feedback, ajustando ou direcionando o projeto. Favorece também mensurar o progresso coletivo e individual, bem como as intervenções necessárias.

- Apresentações públicas: As apresentações se constituem um aspecto comum a todos os projetos. Trata-se de um momento público e de exposição de resultados. Os cuidados com a apresentação devem ser sempre um motivo para desenvolver competências posturais, éticas, falar em público, defender ideais, etc. e outras habilidades acadêmicas importantes para a formação educacional.

- Avaliação final: Como o projeto é um incremento passível de acompanhamento sistemático ao longo de sua trajetória, as avaliações finais tendem a ser mais tranquilas tendo em vista, o próprio processo e a rubrica previamente elaborada. Espera-se que, ao final da entrega, os Professores já tenham elementos suficientes para emitir a nota representante da avaliação do projeto.

Tem outras contribuições? Interessa acrescentar outros passos?
Encaminhe para partilhar.


Postado por Michel Assali

01 março, 2017

Importância em desenvolver competências sócio emocionais


Olá, gente...


Sabemos muito bem da importância do desenvolvimento das habilidades e competências cognitivas nos processos de aprendizagem. E que as políticas públicas destinam de recursos com base nas avaliações externas aplicadas, com a finalidade de aperfeiçoar os sistemas e redes de ensino, visando o aperfeiçoamento e a formação continuada de seus profissionais, tendo em vista a melhoria da qualidade do ensino, com ênfase no “saber” e “saber fazer”.

Porém, pouco tem sido discutido e considerado para o desenvolvimento das habilidades e competências não cognitivas ou, sócio emocionais, relacionadas ao “saber conviver” e “saber ser”.

Motivação, autonomia, equilíbrio emocional, relacionamentos interpessoais, são competências a serem desenvolvidas e avaliadas com a finalidade de suscitar reflexões, direcionamentos e elaboração de projetos, tendo em vista seus impactos na qualidade da escola.

É certo que ninguém discorda da importância dessas competências, porém, pouco valorizadas e sequer mensuradas, nas reflexões sobre resultados de desempenho das avaliações internas e externas.

Ações como, o de ampliar período escolar, currículos adequados, engajamento social, integração do corpo docente, envolvimento real da comunidade, integração dos setores e níveis e modalidades de ensino, entre outros, poderão se constituir em elementos relevantes para a elaboração de novos projetos e ações de políticas públicas eficazes em educação.

Porém, se ignorarmos a preocupação em desenvolver as competências emocionais, acabaremos por fazer políticas públicas pouco adequadas para a educação necessária para os novos e conturbados tempos.

Somente conhecimentos conceituais não serão suficientes para as transformações desejadas para uma educação de qualidade, se quisermos que nossos novos cidadãos sejam realmente conscientes e ao combate aos diversos tipos de corrupção e abusos aos direitos humanos conquistados.

A necessidade de maiores investimentos no desenvolvimento de habilidades e competências não cognitivas no interior da escola poderá se constituir uma ferramenta importante para alavancar inovações necessárias aos novos desafios sociais e objetivos da educação para o século XXI.

Pense sobre isso. Deixe seus comentários!


Postado por Michel Assali
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