A frase mais perigosa usada dentro de qualquer organização e
instituições é sem dúvida, "Nós sempre fizemos desta maneira." Também
se aplica à educação.
Nada contra uma abordagem segura do ensino muito menos contra a
tradição do ponto de vista da apropriação de uma cultura escolar.
O problema sobre o qual chamo a atenção refere-se às abordagens seguras
demais que acabam por engessar os sistemas à medida que são criados rigorosos
controles em nome da estrutura e organização, impedindo assim o surgimento de
espaços para a inovação e mudanças.
São tantas as leis, decretos, resoluções, portarias, recomendações,
etc., que regulam muitos e todos de forma a abranges, atender e responder todas
as perguntas e atitudes das pessoas inibindo a criatividade e reflexões sobre interpretações
do fenômeno educativo o qual nada produzirá de novo, muito menos mudanças, pois
“Nós sempre fizemos dessa maneira.”
E sem fazer coisas radicalmente diferentes, o máximo que podemos
esperar é algum tipo de incremento de cima para baixo com grandes dificuldades de
implantação e implementação, nas diversas redes de ensino.
Tenho escrito e falado muito sobre mudanças de paradigmas para o ensino
e aprendizagem, ensino personalizados, atendimento às diversidades, uso das tecnologias,
etc. não por motivos de rebeldia ou anarquista acadêmico, mas por compartilhar
experiências com os profissionais mais jovens. E nessa jornada, percebido que não é o
suficiente apenas ouvir e aplaudir palestras dos diversos teóricos sem que se
coloque diretamente a mão na massa.
Também, em nada adianta acumular conhecimentos sem que sejam realizadas
experiências envolvendo sensibilidade docente.
Para expandir nossa competência profissional, em direção às inovações, é
fundamental que nossa experiências seja realizada envolvendo toda a sensibilidade
humana, o que aumentaria nossos conhecimentos em direção às inovações e mudanças.
Sonhe, colete dados, experimente. Faça algo diferente este ano. Não
necessariamente fazer por fazer ou porque foi dito, mas pelo o que você deseja
realizar e que possa mostrar um novo caminho.
Este não é um apelo para o caos, mas sim para a coragem de cometer
erros.
Não persiga apenas ser sua melhor versão de um modelo ultrapassado, mas
tornar-se ousado e corajoso naqueles aspectos que muitos consideravam serem
impossíveis de se realizar.
Permita-se à esperança! Sua e de seus alunos. Ou, “Nós sempre fizemos
dessa maneira.”
Encaminhe seus comentários.
Postado por Michel Assali