EDUCADORES

15 maio, 2017

Ensino Híbrido (Blended Learning)

Olá, gente...


Diversos alunos meus pediram comentários a respeito do Ensino Híbrido (Blended  Learning) que vem sendo empregado em muitas escolas americanas.

Como já havia publicado uma postagem a respeito do assunto há dois anos, decidi atualizar a postagem e compartilhar.

Dentre as tendências para o ensino no séc. 21 com o uso das tecnologias, chama a atenção o modelo denominado Blended Learning, denominado no Brasil como Ensino Híbrido, o qual pode ser utilizado a partir dos anos finais do Ensino Fundamental e, principalmente, no Ensino Médio e no Curso Superior.

Acredito, porém que atualmente é no Curso Superior que o Ensino Híbrido teria melhor condições de se desenvolver, considerando as características e necessidades que  que esse nível de ensino possibilita, tais como maturidade dos alunos, acesso às tecnologias, etc.

Ensino híbrido (ou aprendizagem híbrida) é um modelo que combina experiências de aprendizagem digitais e presencial. O Instituto Christensen para Disruptive Innovation define o Ensino híbrido como um programa de educação formal em que um estudante aprende,

1) pelo menos em parte, através da aprendizagem on-line, com algum elemento de controle ao aluno ao longo do tempo adequando local, percurso e ritmo;
2) pelo menos em parte, em um ambiente supervisionado (longe de casa).
3) e as modalidades ao longo caminho de aprendizagem de cada aluno dentro de uma disciplina ou assunto, são conectados para fornecer uma experiência integrada de aprendizagem .

Os programas de ensino híbrido se organizam em quatro modelos básicos:
- Rotação
- Flex
- À la Carte  
- Virtual Enriquecido

Comentaremos nesta postagem o Modelo de Rotação e seus submodelos. Nas próximas postagens daremos continuidade aos comentários dos outros modelos.

 Modelo em Rotação - um curso ou assunto em que permite aos alunos se movimentarem em uma programação fixa ou a critério do professor entre as modalidades de aprendizagem, pelo menos, uma das quais é a aprendizagem online. Outras modalidades podem incluir atividades como pequenos grupos ou instruções em classe, projetos em grupo, aulas individuais, etc. Os alunos aprendem principalmente na escola, com exceção de todas as tarefas de casa.

O modelo de Rotação inclui quatro submodelos: Rotação em Estações, Laboratório de Rotação, Sala de Aula Invertida e Rotação Individual.

 - Rotação em Estações - um curso ou assunto em que os alunos experimentar o modelo de rotação dentro de uma sala de aula contido ou grupo de salas de aula. Esse modelo difere do modelo individual de rotação, porque os alunos se movimentam através de todas as estações, e não apenas naquelas com programações personalizadas.

- Laboratório de Rotação - um curso ou assunto em que os alunos se movimentam para um laboratório de informática para a estação conectadas online.

- Sala de Aula Invertida  - um curso ou conteúdo em que os alunos participam de aprendizagem on-line no lugar do tradicional trabalho de casa. Vão para a escola onde presencialmente, realizam a prática ou execução de projetos orientados pelo professor. Em resumo: a parte teórica é estudada em casa e on-line. A parte prática é realizada na escola sob a supervisão e orientação do professor.

- Rotação individual - um curso ou assunto em que cada aluno tem uma  lista individualizada e não necessariamente vá passar em todas as estações, mas naquelas em que apresentar necessidades conforme prescrição do professor. Um algoritmo ou professor (s) define horários individuais do estudante.

Veja mais em: http://www.christenseninstitute.org/blended-learning-definitions-and-models/#sthash.AgT58CNz.dpuf

Tem mais a contribuir? Encaminhe seus comentários.


Postado por Michel Assali

06 maio, 2017

Pedagogia diferenciada


 Olá, gente...


Embora muitos educadores acolham e concordem teoricamente que a formação da sala de aula moderna deva seguir os princípios da heterogeneidade, na prática a maioria dos sistemas escolares ainda adota tratamentos metodológicos e práticas de ensino para classes homogêneas. Ou seja, um único conteúdo para um único programa, uma mesma metodologia, um mesmo calendário, a aplicação do mesmo instrumento de avaliação para todos os alunos como, etc.

O pesquisador Philippe Perrenoud nos aponta que, toda situação didática proposta ou imposta de modo uniformemente a um grupo de alunos, será sempre inadequada para uma boa parcela deles. Alguns a dominarão tão facilmente que em pouco tempo deixará de ser desafiadora, ocasionando dispersão e perda de interesse pela aprendizagem. Outros, por não conseguirem entender, jamais se envolverão com a atividade esperando as “explicações” do professor ou de algum adulto.

Mesmo quando um conteúdo é compatível com o nível de desenvolvimento e as capacidades cognitivas dos alunos, poderá ser desprovida de sentido e interesse alguns aprendizes. Pode ainda, não gerar nenhuma atividade notável em nível intelectual e, por conseguinte, nenhuma construção de novos conhecimentos, muito menos se constituir num reforço de aprendizado.

O desafio do professor está em pesquisar e produzir metodologias e técnicas de ensino que favoreçam atender essas diferenças individuais pois, conforme Perrenoud, “diferenciar é organizar as interações e as atividades, de modo que cada aluno seja confrontado constantemente, ou ao menos com bastante frequência, com as situações didáticas mais fecundas para ele”.

Tarefa difícil para o trabalho individual, porém perfeitamente possível se tratada e discutida coletivamente com planejamento adequado e a utilização do potencial das tecnologias da informação e comunicação.

O tema é instigante e vale pesquisar sobre o assunto e discutir com demais profissionais.

Tem mais a colaborar? Encaminhe, compartilhe!


Postado por Michel Assali
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