EDUCADORES

25 maio, 2015

Como dar um feedback aos seus alunos


Olá, gente...

Por que é que alguns professores pensam que dar feedback deve ser sempre negativo e corretivo achando que essa é a única maneira que leva um aluno vai aprender? 

A primeira vez que tentei falar para a classe foi na aula de História sobre a Grécia Antiga, lá na 6ª série do ginásio (fundamental). Sabia tudo sobre os gregos da Ilha de Creta, da mitologia do Minotauro e outros detalhes dos cretenses, devido ao interesse sobre esse capítulo. O professor havia pedido esse estudo como tarefa de casa da semana anterior. 
Ao iniciar a aula  o professor solicitou voluntários que quisessem apresentar o tema sobre Creta. Ninguém levantou a mão. Antes que o professor mudasse de assunto, timidamente levantei a mão e fui chamado à frente da sala. Logo, o pânico tomou conta do meu ser e por alguns segundos não sabia como começar o assunto, fazer a introdução. Eu sabia tudo, porém faltava um “empurrãozinho”, para iniciar o assunto, seja do professor ou colegas. E isso durou alguns segundos enquanto a mente procurava uma forma de não fazer “feio”.

Ao que professor diz: “Você não sabe. Vá sentar!”

Voltei para minha carteira, desanimado, chateado, com aquilo na ponta da língua e nunca mais querendo falar à frente de pessoas.

A única coisa que eu aprendi com a minha experiência na 6ª série foi que falar em público, não importa o quanto eu tenha me preparado, estará sempre fadado a um desastre. 

Como professore, é essencial que o processo contemple realizar feedback durante a experiência da aprendizagem e cada vez mais em espaços e tempos mais curtos, não apenas ao final de um bimestre, trimestre ou semestre, ao que chamamos isso de avaliação contínua.

 Assim, o que é exatamente um feedback? 

O feedback é qualquer resposta de um professor em relação ao desempenho ou comportamento de um aluno. Pode ser verbal, escrita ou gestual. O objetivo do feedback no processo de aprendizagem é melhorar desempenho de um aluno definitivamente e não engessar suas habilidades. O objetivo final do feedback é proporcionar aos alunos desenvolver uma habilidade ou atitude em “saber fazer”.

Considerando a diversidade e os estilos de aprendizagem dos alunos, muitas vezes é preciso ir além de um instrumento único e uniforme de coleta de dados sobre a aprendizagem. É fundamental que para o professor que por vezes aprofunde suas técnicas de obter dados sobre a real aprendizagem.

Um feedback predominantemente negativo,pode reduzir a motivação e desencorajar esforços de superação de desempenhos.
Como na minha experiência, a única coisa que eu sabia é que eu odiava falar em público e eu gostaria de fazer todo o possível para sair dela. Como professor, a maior parte do tempo, é fácil e encorajador dar feedback positivo.
Um professor tem a responsabilidade fundamental para nutrir a aprendizagem do aluno e para fornecer feedback de modo que o aluno não fique com a sensação de deixar a sala de aula derrotado. 

Aqui você vai encontrar algumas ideias e técnicas sobre como dar feedback eficaz que vai deixar seus alunos com a sensação de que podem conquistar o mundo. 

1. O feedback deve ser educativo por natureza. 
Dar feedback significa dar aos estudantes uma explicação sobre o que estão fazendo corretamente e de forma incorreta. No entanto, o foco do feedback deve basear-se essencialmente sobre o que os alunos estão fazendo correta. É mais produtivo para a aprendizagem de um aluno quando eles são fornecidos com uma explicação e exemplo para o que é preciso e impreciso sobre seu trabalho.
Um modelo interessante é o conceito de um "sanduíche" para guiar o seu feedback: Elogio, correção e elogio.

2. As informações devem ser dadas em tempo hábil e imediato. 
Quando o feedback é dado imediatamente após a atividade ou prova, o aluno responde positivamente e se lembra da experiência sobre o que está sendo aprendido de forma confiante. Se esperar muito tempo para dar feedback, o momento estará perdido pois será mais difícil ao aluno relacionar a correção com a ação.

3. Seja sensível às necessidades individuais do aluno.
É vital que devemos levar em consideração cada aluno individualmente ao dar feedback. Em nossas salas de aula prepondera a diversidade de alunos. Para elevar níveis superiores de desempenho, alguns estudantes precisam de um “empurrãozinho”; outros precisam de acompanhamento, outros, estímulos motivadores,  elevação da autoestima, etc. Tarefa que exigirá do professor habilidades em equilibrar objetivos de aprendizagem com os sentimentos  e níveis de desempenho adequados para cada aluno.

4. Dê a sua opinião para manter os alunos nos objetivos da realização das atividades.
Regulares acompanhamentos com os alunos permite que eles saibam onde estão em sala de aula e com você. Utilize dos quatro perguntas dos para orientar o seu feedback.

5. Realizar momentos de atendimentos individuais.
Realizar atendimento individuai com um aluno é um dos meios mais eficazes de oferecer feedback. O aluno virá ansioso mais atento e disponível para fazer as perguntas necessárias. A audiência individual deve ser de modo geral otimista, pois isso irá incentivar o aluno a olhar em frente para a próxima reunião.
Como em todos os aspectos de ensino, esta estratégia requer uma boa gestão do tempo. Tente encontrar-se com um estudante, enquanto os outros alunos estão trabalhando de forma independente. O tempo para essas reuniões com alunos não devem ser longas, no máximo 10 minutos.

6. O feedback pode ser verbal, gestuais ou por escrito. 
Certifique-se de manter atenção a “medir suas palavras” e, principalmente, às suas “caras e bocas”. É imperativo que nós examinemos os nossos sinais gestuais. As expressões faciais e gestos são também meios de fornecer feedback. Isto significa que quando você devolver a atividade, trabalho, prova, etc., o melhor é não fazer nenhuma caretas.

7. Faça com que os alunos tomem nota. 
Habitue os alunos a tomarem nota de aspectos que você menciona durante o feedbacl. Durante uma conferência durante um teste, papel ou um general 'check in', têm o aluno fazer a escrita enquanto você fazer a falar. O aluno pode usar um caderno para anotar as notas que você forneça o feedback verbal.

8. "Eu observei que ...".
 Faça um esforço para observar um comportamento, nova habilidade ou o esforço do aluno ao realizar uma tarefa. Por exemplo; "Eu notei que quando você realiza tal atividade você tem acertado aqui e não aqui...” "Observei que você chegou a tempo para a aula toda esta semana."
Esse reconhecimento, além de fortalecer a confiança na relação com o aluno, favorece a influência positiva para elevação da autoestima e melhoria do desempenho acadêmico.  

9. Faça elogios realistas. 
Os alunos são rápidos para descobrir quais os professores usam o elogio sem sentido para conseguir a aprovação. Se você está constantemente dizendo a seus alunos "bom trabalho" ou "Bom trabalho", em seguida, ao longo do tempo, essas palavras se tornam sem sentido.
Se você está animado com os recentes comportamentos de um aluno que avança nas atividades, mantenha os incentivos e elogios.
Comunicar o coordenador, diretor e até a família sobre o real desempenho, tema mais impacto que a própria nota. Comentários e sugestões dentro de feedback genuíno também deve ser focado, prático e com base numa avaliação de que o aluno pode fazer e é capaz de atingir.
Sabemos que essa lista não para por aqui.  
Você mais sugestões? Encaminhe para compartilhar!

Postado por Michel Assali

18 maio, 2015

E-books em educação


Olá, gente...

Garimpando na internet, é possível encontrar interessantes materiais no formato de e-books, com títulos que abordam temas interessantes tais como, educação infantil, uso de tecnologia na sala de aula, políticas públicas e pesquisas científicas.

Logicamente um e-book  não têm o charme nem aquele familiar cheiro de papel, mas para quem busca praticidade na palma da mão os livros online podem ser excelente aliados para aprimorar e investir na formação e atualização da docência e gestão educacional.
Compartilho com vocês, alguns títulos muito interessantes relacionados com educação que podem ser baixados e compartilhados em computadores, tablets ou smartfones.

Confira!

1. Aprendizagem e comportamento humano 
Tendo como cenário a inclusão social e escolar, o livro trata dos processos de aprendizagem e comportamento na vertente pedagógica e clínica.

Autores: Tânia Gracy Martins do Valle; Ana Cláudia Bortolozzi Maia
Páginas: 225
Editora: Unesp

2. Tecnologias digitais na educação 

O livro é uma compilação de artigos que resultaram das monografias da primeira turma do curso de Especialização em Novas Tecnologias na Educação. Entre os temas tratados estão vídeos e jogos digitais, a tecnologia a serviço da inclusão e tutoria na educação a distância.

Autores: Robson Pequeno de Souza; Filomena M. C. da S. C. Moita; Ana Beatriz Gomes Carvalho
Páginas: 276
Editora: Eduepb

3. Educação e contemporaneidade: pesquisas científicas e tecnológicas

Os desafios que a contemporaneidade apresenta para a formação dos profissionais da educação é o tema central do livro, que trata também da atualidade do pensamento de Freinet, Vigotsky e Paulo Freire.

Autores: Antônio Dias Nascimento; Tânia Maria Hetkowski
Páginas: 400
Editora: Edufba 

4. Educação infantil: discurso, legislação e práticas institucionais 

Focado na educação infantil como um dos direitos da criança, o e-book trata de políticas públicas para a infância, analisando as concepções de criança, seus direitos e educação infantil.

Autor: Lucimary Bernabé Pedrosa de Andrade
Páginas: 193
Editora: Unesp

5. Complexidade da formação de professores: saberes teóricos e práticos

Com base em pesquisas desenvolvidas a partir dos anos 1990, o livro preocupa-se com a formação e a atuação docente, partindo da racionalidade da constituição do trabalho docente em sala de aula.

Autor: Marilda da Silva
Páginas: 114
Editora: Unesp

6. Pesquisa em educação escolar: percursos e perspectivas 

Os grandes temas do livro são a responsabilidade e o compromisso da escola com o mundo em que vivemos. A partir disso, os autores tratam de políticas públicas, formação de professores, valores e educação, e práticas educativas.

Autores: José Milton de Lima; Divino José da Silva; Paulo Cesar de Almeida Raboni
Páginas: 357
Editora: Unesp 

Você conhece e-books sobre outros temas? Encaminhe para compartilhar.

Postado por Michel Assali

04 maio, 2015

30 dicas para ensinar com o uso das redes sociais


Olá, gente...
Para os professores que tenham interesse em utilizar as tecnologias e, em especial, as redes sociais visando motivar seus alunos, o Portal Porvir publicou uma coletânia de dicas para isso.
Considerando que o uso das redes sociais virou rotina na vida dos brasileiros, aproveitar essa tendência como recurso pedagógico pode se converter em grande auxílio ao trabalho docente para desenvolver o conteúdo e melhorar a qualidade da aprendizagem.
Segundo o Porvir, as sugestões foram retiradas a partir de referências encontradas em diferentes publicações, guias e sites especializados em educação e tecnologia. As dicas apresentam estratégias para o uso do Facebook, Twitter, Google+, Instagram, YouTube e o Edmodo.
Confira:
Facebook
1. Crie grupos com sua turma para postar informações, avisos e dicas.
2. Compartilhe conteúdo multimídia relacionado aos temas trabalhados em sala de aula.
3. Use a rede social como canal de jornalismo estudantil. Crie uma página para que seus alunos postem novidades sobre projetos e eventos da escola.
4. Faça o seu próprio quiz para que os alunos possam interagir com os conteúdos das aulas. O Facebook tem algumas ferramentas que facilitam essa tarefa, como o aplicativo Quiz Maker
.
5. Estimule os alunos a postarem resenhas de livros e resumos de estudos no grupo da classe. Isso pode ajudar no desenvolvimento de projetos de revisão por pares.
Fontes: Edudemic e Online College

Twitter
6. Use o Twitter como ferramenta para criar histórias coletivas com os alunos. Escreva o começo de uma narrativa e fale para eles tuitarem a continuação.
7. Publique desafios diários para os alunos. Professores de disciplinas como matemática, química e física também podem incentivar alunos a resolver problemas e a compartilhar o resultado na rede social.
8. Faça tuítes diários com informações sobre diferentes carreiras. Isso pode ajudar seus alunos a conhecer diferentes profissões e conseguir identificar seus interesses.
9. Crie uma hashtag original (ex: #auladoprofze) e incentive os alunos tuitarem suas anotações durante a aula.
10. Apresente estratégias de pesquisa para que os alunos possam encontrar conteúdos relevantes com o uso de hashtags.
Fontes: Edudemic e TeachHUB

Google+
11. Crie comunidades para compartilhar conteúdos com os seus alunos.
12. Faça conferências com a sua turma utilizando o Hangout. A ferramenta permite realizar transmissões ao vivo para um número ilimitado de pessoas e também gravá-las para assistir mais tarde.
13. Convide diferentes profissionais, como autores e pesquisadores, para participar de videoconferências com os seus alunos.
14. Compartilhe arquivos e atualizações, integrando outras ferramentas como Google Drive ou Agenda.
15. Separe os seus alunos em círculos de usuários (opção disponível na rede social) de acordo com a turma e os interesses de cada um.
Fontes: Google+ for SchoolsTeachThought e Educational Technology

Instagram
16. Poste uma foto como prévia para o assunto da próxima aula. É possível interagir com os alunos, pedindo para que eles façam uma pesquisa ou comentem o que já sabem sobre o tema.
17. Crie uma conta para a sua sala e registre momentos como apresentações, desenvolvimento de projetos e excursões. Para manter a privacidade, deixe o conteúdo fechado para acesso restrito aos alunos.
18. Destaque habilidades dos estudantes. Tire fotos de bons trabalhos e projetos realizados por eles.
19. Ensine conceitos básicos de fotografia para os seus alunos, trabalhando iluminação, enquadramento, composição e linguagem. Incentive que eles registrem imagens do cotidiano escolar.
20. Deixe os alunos explorarem seus interesses e diferentes identidades, compartilhando opiniões e comentários por meio de imagens.
Fontes: UniversiaPearson School Systems e Education World

YouTube
21. Engaje os alunos com dicas de vídeos que são relevantes para eles e fomente a discussão de diferentes pontos de vista.
22. Escolha vídeos curtos para apresentar em sala de aula. Isso garante que os alunos tenham um tempo para discutir com base no que foi mostrado.
23. Faça uma conta Google para a escola e utilize o YouTubeEDU com os alunos. Esse ambiente possui conteúdos com foco educativo e permite que os professores e administradores da escola selecionem os vídeos que aparecem como visíveis para o seus alunos.
24. Inverta a sua sala de aula. Mande vídeos para que os alunos assistam os conceitos básicos em casa. Aproveite o tempo em classe para promover a aplicação desses conceitos e incentivar trabalhos colaborativos.
25. Crie listas de reprodução que contemplem temas relacionados às aulas, contextualização para assuntos do mundo real e visões divergentes para fortalecer o posicionamento e o senso crítico.
Fontes: Edudemic e Edutopia

Edmodo
26. Faça postagens para incentivar que os alunos participem de diferentes discussões e compartilhem sua opinião sobre determinados temas.
27. Utilize o construtor de questionários para avaliar o aprendizado dos alunos durante o desenvolvimento das atividades.
28. Organize clubes de leitura para os alunos compartilharem os livros que estão lendo. Eles também podem postar indicações para os colegas.
29. Conecte seus alunos com salas de aula de outros países para que eles possam trocar experiências e conhecer outras culturas.
30. Crie um grupo com atualização sobre eventos que irão acontecer na escola.
Fontes: TeachThought e Support Edmodo

Você tem outras dicas ou sugestões? Encaminhe para compartilhar!


Postado por Michel Assali
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...