EDUCADORES

22 dezembro, 2009

Competências e habilidades



Olá gente...

Pesquisando sobre os temas que por aqui abordo, encontei num artigo de Eugenio Mussak, uma abordagem muito interessante sobre o termo CHAVE, relacionando liderança e competência.
Comenta Eugenio:
“Competência, que tanto buscamos, pode ser definida como a capacidade de entregar os resultados desejados com a menor utilização de recursos, incluindo, entre esses, o tempo. Possuir competência é a condição para competir, para manter-se no jogo dos negócios, vivo no mercado de trabalho. Esse assunto ganhou status de método a partir dos estudos de David McClelland nos anos 70, e nas organizações adotou-se universalmente a fórmula do CHA (Conhecimento, Habilidade e Atitude), ou, como preferem alguns, Saber, Poder e Querer. Considerando que essa equação é um produto, se um dos três for nulo, o resultado final será competência zero.
Mas o tempo passa e os conceitos vão sendo aprimorados.

Na competência 2.0 deste século, o CHA vira CHAVE. E a chave da competência ampliada é o acréscimo de duas letras, dois conceitos e duas preocupações. O “V” representa Valores, que regulam o sentido que o profissional constroi ao longo de sua existência.”
E o “E” da CHAVE signifi ca Entorno, o ambiente onde a competência encontra as condições para ser exercida. Esse é o único elemento que está mais fora do que dentro do indivíduo. O cirurgião não opera sem o centro cirúrgico, sem a anestesia e o bisturi. O gestor não lidera sem uma mínima equipe engajada e compromissada com os ideais da instituição.

Formar pessoas competentes e fornecer-lhes o cenário para que atuem passa a ser reponsabilidade da liderança.
Pensem nisso.


Postado por Michel Assali

16 dezembro, 2009

O erro e o pedagógico



Olá, gente...
Vasculhando a internet tenho encontrado assuntos incríveis. Sobre a questão do erro humano encontrei um texto bem didático que reflete meu modo de pensar sobre o erro. O autor descreveu de uma forma simples e muito didática distinguindo o erro como forma de aprendizagem e não como elemento de forjar uma punição. Um texto muito bom, que gostaria de compartilhar com vocês.
Diz o autor:

"Existe uma frase muito citada no futebol que é : “O medo de perder tira a vontade de ganhar”. Adaptando para o tema desse post, eu diria que o medo de errar diminui a chance de acertar e inovar. Fomos criados nos bancos de sala de aula com a idéia de que o erro deve ser repreendido e punido. Se vocês se lembrarem dos tempos de escola, sempre que um professor apresentava uma questão para a turma responder, muito poucos se apresentavam para responder e sempre tinha alguém que, depois de respondida a pergunta, dizia que sabia a resposta, mas tinha medo de falar e estar errado.

O modelo de educação que a nossa geração recebeu foi todo ele calcado na metáfora da máquina como símbolo da época. Se você errasse uma palavra, você tinha que ir para o quadro e repeti-la várias vezes, assim como nos treinamentos para realizar o trabalho nas indústrias que era baseada na repetição, ou seja, não eram treinamentos, na verdade, eram adestramentos. Além disso, repetir a palavra era uma forma de castigar o aluno.

Vivemos em um mundo cada vez mais complexo e, devido a essa alta complexidade, existem muitas variáveis a serem consideradas em qualquer processo. Portanto, é impossível termos todas as informações disponíveis para tomar a decisão 100% perfeita. Isso aumenta mais ainda a chance de erro nas nossas decisões, mas isso não pode ser justificativa para tornar o processo decisório vagaroso e retardar a ação. Uma coisa é certa, nenhuma decisão considerará todas as variáveis e nenhuma decisão conseguirá agradar a todos, mas a ausência de decisão e ação é meio caminho andado para o fracasso de um projeto ou de uma empresa.

Como sempre diz o professor Mário Sergio Cortela, erro é para ser corrigido e não punido. Negligência é que deve ser punida. O erro deve ser encarado como um instrumento pedagógico, como meio de aprendizado e aperfeiçoamento de nossos trabalhos. Não existe inovação sem assumir riscos e assumir riscos é saber que erros podem acontecer, a diferença está em como aprendemos com nossos erros. Nesse sentido, o papel do líder é de criar ambiente propício para que as pessoas sintam-se confiantes para arriscar e orientar os membros da equipe a aprender com os erros cometidos." Parabéns ao autor- Blog do Marcelão.

Postado por Michel Assali



11 dezembro, 2009

A importância de ensinar "o desejo do mar".




Uma das melhores formas de gerar capital social positivo parece pas­sar pelo fomento da «ação propositada» que decorre de dois fatores. O primeiro é o interesse pessoal, o querer - isto é, a noção clara do que se faz e porque se faz. O segundo é um forte sentimento de que a motivação é pessoal, intrínseca e da responsabilidade própria. A pessoa motiva-se. Não precisa de ser motivada.Como podem as organizações e os seus líderes estimular a ação pro­positada dos colaboradores?
Ghoshal e Bruch apontam uma imagem de Antoine de Saint-Exupéry, o célebre escritor e aviador francês, autor de O Principezinho: «Se queres construir um navio, não mandes os homens para a floresta cortar madeira, aplaná-la e juntar as placas. Em vez disso, ensina-lhes o desejo do mar.»

Nesta perspectiva, em vez de arranjar soluções, os gestores devem suscitar questões e desenhar visões apelativas. O desejo do mar pode ser ensinado pelos seguintes meios:.

-É necessário «dar espaço» às pessoas - para que elas criem interesses. Pes­soas comandadas não têm escolha, não têm vontade (a não ser a de escapar ao controle!)
-É preciso, pois, que as organizações concedam liberdade de escolha às pessoas e que estas percebam que têm essa liberdade. Cada um dos autores deste livro pode dispor-se a fechar-se em casa durante uma semana para terminar a obra. Mas o sentimento seria seguramente de grande raiva e desconforto se o nosso «patrão» nos obrigasse a permanecer em casa para fazer o mesmo trabalho. O que nos perturba não é «ficar fechado em casa» - é «ser obrigado a ficar fechado em casa».

-É necessário facultar às pessoas a possibilidade de lidarem com proble­mas difíceis - ainda que situados dentro do seu limite de capacidades. Por regra, os problemas fáceis não são sedutores. As mentes e os cora­ções das pessoas são ativados por desafios complicados.

-É importante que as pessoas tenham destinos relevantes. É por essa razão que a organização deve clarificar o ponto que deseja atingir. E deve fazê-lo de uma forma que seduza os seus membros. É provável que, para isso, necessite de envolver as pessoas na determinação desse mesmo destino.Quando o desafio é complexo e o destino partilhado, é mais provável que o esforço coletivo se sobreponha ao individual. O «nosso» trabalho passa a ser mais importante do que o «meu» trabalho.

In Cunha, Rego e Cunha (2007). Organizações Positivas, Lisboa: Dom Quixote e blog do Prof. José Matias Alves, de Portugal.

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Postado por Michel Assali

08 dezembro, 2009

Gestão de mudanças




Qualquer que seja a instituição, pública ou privada, tem exigido dos seus funcionários ou colaboradores ações e atitudes inovadoras que produzam as mudanças necessárias ou muitas vezes, sonhadas, por que não?
Entretanto, nesse sentido, o campo das ideias é sempre mais fértil que o campo das ações. É exatamente no ponto distal entre ideia e ação se faz necessária a presença da gestão, quer seja pública ou privada.
Cabe ao gestor a difícil tarefa envolvendo as análises, reflexões e contextualização desses princípios, visando reduzir a distância idéia-ação criando o espaço ideal para as mudanças necessárias.
Embora seja tarefa difícil porém não impossível, exige do gestor muito estudo e conhecimento para tais situações aconteçam, tendo em vista a resistência das pessoas às mudanças.
Para isso, alguns princípios devem ser analisados pelo gestor interessado no assunto, tais como:

1- Visão:
Conhecer muito bem o terreno em que pisa, seu passado, os indicadores relevantes sobre o problema e a mudanças a serem implementadas para chegar onde quer.


2- Habilidades

Ter clareza e condições técnicas para criar uma equipe que dê conta de elaborar e implementar um projeto e um plano dotado de todas as etapas necessárias às mudanças pretendidas.


3- Incentivos

Processos complexos de mudanças requerem incentivos adequados. É necessário motivar todos que estão envolvidos e que poderão influenciar no ritmo do processo de mudança. Promover um ambiente incentivador é característica dos grandes lideres. A falta de incentivos provoca lentidão da mudança.


4 - Recursos

Toda mudança exige recursos. Caso contrário corre-se o risco de ficar no campo das idéias. Os recursos podem ser humanos, tecnológicos ou financeiros. “De nada adianta termos visão do que queremos, termos as habilidades necessárias para promover as mudanças, estarmos altamente incentivados, mas nos faltarem os recursos necessários. Entrar em processo de mudança sem ter os recursos necessários gera frustração e impede o alcance do objetivo.”


5- Plano de Ações

Se pequenas mudanças exigem minimamente um plano, as mudanças mais complexas exigem um Planejamento mais cuidadoso, bem elaborado e bem executado. Um Plano de Ações implica em detalhar todas as fases da mudança, elaborar um cronograma, estabelecer metas mensuráveis, acompanhamento e avaliação. Sem um bom plano, corre-se o risco de desperdiçar tempo e não chegar a lugar nenhum.

RESUMO:


1-VISÃO + HABILIDADES + INCENTIVOS + RECURSOS + PLANO DE AÇÕES = MUDANÇA

2-FALTA DE VISÃO+ HABILIDADES + INCENTIVOS + RECURSOS + PLANO DE AÇÕES = CONFUSÃO.

3-VISÃO + FALTA DE HABILIDADES + INCENTIVOS + RECURSOS + PLANO DE AÇÕES = ANSIEDADE

4-VISÃO + HABILIDADES + FALTA DE INCENTIVOS + RECURSOS + PLANO DE AÇÕES = LENTIDÃO

5-VISÃO + HABILIDADES + INCENTIVOS + FALTA DE RECURSOS + PLANO DE AÇÕES = FRUSTRAÇÃO

6-VISÃO + HABILIDADES + INCENTIVOS + RECURSOS + FALTA DE PLANO AÇÕES = FALSO COMEÇO

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Postado por Michel Assali
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