EDUCADORES

31 outubro, 2016

A rubrica como instrumento eficaz de avaliação escolar


Olá, gente...

Considerando o último bimestre ou trimestre letivo como o momento síntese das aprendizagens do planejamento, oportunidade em que muitas escolas realizam mostras, conclusões de curso e outras atividades, encaminho abaixo, uma sugestão de rubrica para avaliar atividades realizadas pelos alunos, tanto no formato individual e melhor ainda, para trabalhos coletivos.

A rubrica tem origem na webquest (atividade online) e nada mais é que quadro com um conjunto de critérios para habilidades e competências previamente discutidos e apresentados aos alunos.

Tais aspectos são organizados pelo professor ou professores das áreas envolvidas na atividade envolvendo até sugestões dos alunos, conforme os objetivos do conteúdo, disciplina ou níveis de ensino.

A rubrica pode ser utilizada com alunos de todas as idades e se constitui num excelente instrumento para mensurar habilidades e competências (saber, fazer, conviver, atitudes, valores), exigindo para tanto que sejam:

- identificadas as habilidades e competências a avaliar;
- considerados os aspectos relevantes da atividade;
- claramente explícitos os critérios de referência para cada nível escolhido.

Observe a sugestão de modelo abaixo que construí e utilizei.

SUGESTÃO DE RUBRICA

ESCOLA / COLÉGIO .............................................................................................................
Profº ...................................................................   Disciplina / Área .......................................
Projeto / Atividade: .......................................................................................
Nota: ...........................

Pergunta(s) de condução
(Descrever a(s) questão(ões) mobilizadora(s) e norteadora(s) da pesquisa, do problema ou do tema a ser tratado.) 
Descrição da atividade
(Descrever o que e o como os alunos irão realizar a atividade.)
Formato da apresentação
(Detalhar a apresentação, introdução, conteúdo base, conclusão, bibliografia, etc.)
Cuidados e posturas 
(Forma de apresentar, vocabulário, roupas, tecnologias, tempo, etc.)

(Critérios: tratados com os colegas professores e sê possível, com os alunos.)
Conteúdo
Insatisfatório
Proficiente
Avançado
Descritores / critérios
● O conteúdo não é explicado.
● Explicou o conteúdo, mas para fora do contexto.
● Explicou o conteúdo, mas de forma incorreta.
● Explicou o conteúdo, mas em uma maneira simplista e superficial
● Descreveu sem análise.
● Explicou, mas apenas em uma limitada forma, roteirizado e decorado.
● Explicou conteúdo contextualizando o conteúdo ou a apresentação.
● Explicou o conteúdo em profundidade e em detalhes.
● Explicou o conteúdo de forma clara.
● Explicou de forma analítica.
● Fundamentou a explicação com dados e provas.
● Respondeu às perguntas de forma a demonstrar conhecimento e confiança do conteúdo.
● Explicou o conteúdo completamente.
● Justificou totalmente sua explicação.
● Explicou de uma forma contextualizada e ampliou relacionando o conteúdo com outras áreas de conhecimento.
● Respondeu às perguntas de uma forma a demonstrar flexibilidade, novos contextos e aplicações do conteúdo.
Normas / regras

Descrever o conteúdo base a ser explorado, subsidiando com bibliografia sugerida.
Pontuação
0 a 5,9
6 a 7,9
8 a 10


Convém ressaltar que trata-se de uma sugestão de modelo e critérios podendo ser perfeitamente adaptáveis para as situações de acordo com o planejamento de cada professor, área ou disciplina de estudo.
Para tanto, existem rubricas de diversos modelos para as mais diversas situações de aprendizagem que você pode garimpar na internet e adaptar ao seu trabalho.

Pesquise sobre o tema e construa a sua.

Aproveite, também para compartilhar e enviar seus comentários.

Postado por Michel Assali


24 outubro, 2016

Uma dúzia e meia de características observáveis ​​de um(a) professor(a) competente.


Olá, gente...


     A formação da competência profissional docente tem início na graduação do curso de Pedagogia ou Licenciatura, oportunidade em que agregar conhecimentos teóricos, é fundamental para uma profissão de sucesso.

    Jamais podemos duvidar do conhecimento, pois somente ele pode nos desenvolver competências fundamentais para que possamos ganhar a confiança necessária para traçar a trajetória de nossa emancipação. E não é apenas o conhecimento acadêmico, mas o conhecimento que a experiência e a própria vida nos oferece até de forma livre e gratuita, colocando-nos  constantemente frente a obstáculos e oportunidades. Isso significa que a formação profissional se dá constantemente o que exige participação ativa nas diversas oportunidades oferecidas através de cursos, seminários, congressos, etc..

      Pois, é esse baú de saberes que facilita realizamos escolhas importantes que mais se adequam a nossa jornada ou ainda às necessárias retomadas dos nossos ideais e a motivação para as ações docentes. 

      Assim, os saberes e fazeres se constituem como alicerces para criar as características profissionais da docência que nos impulsionam na direção do que desejamos, abrindo portas e nos fazendo enxergar e trilhar os melhores caminhos para o sucesso. 

     Compartilho abaixo algumas das características de um professor ou professora competente lembrando que inexiste qualquer ordem de importância.

1- Inicia a semana conforme planejamento e de uma forma bem organizada.
2- Trata os alunos com respeito e carinho.
3- Fornece o significado ou a importância da informação a ser aprendida.
4- Fornece explicações claras. Prende a atenção e respeito dos alunos e exerce práticas de    gestão eficaz da sala de aula.
5- Faz uso de atividades de forma a tornar os alunos protagonistas, facilitando o uso da “mão na massa”.
6- Diversifica métodos e técnicas de aprendizagem, flexíveis e adaptáveis às situações em classe de acordo com as necessidades.
7- Fornece feedback frequente e imediato aos alunos sobre o seu desempenho.
8- Elogia as respostas dos alunos e incentiva-os a darem respostas mais elaboradas visando aumentar as expectativas de aprendizagem.
9- Busca relacionar informação, conhecimentos e experiências com o cotidiano escolar e social.
10- Cria um ambiente saudável e respeitoso em sala de aula que permite maior participação dos alunos.
12- Ensina a um ritmo apropriadamente rápido, parando para verificar a compreensão e envolvimento do aluno.
13- Comunica-se com todos os alunos da sala independentemente do nível e ritmo de aprendizagem em que estiverem.
14- Faz uso de comunicação não verbal usando contato visual, gestos, posturas corporais, reforçando o acompanhamento constante do processo na sala de aula.
15 - Procura focar nos objetivos principais de seu planejamento.
16- Utiliza os resultados e instrumentos de avaliação (interna  e externa) para realizar as intervenções necessárias visando melhorar o ensino..
17- Reflete sobre o próprio ensinamento para melhorá-lo.
18- Mantém sempre o bom humor.

    Você tem mais caraterísticas para acrescentar?
    Encaminhe para compartilhar e deixe seus comentários!

Postado por Michel Assali


17 outubro, 2016

10 passos a considerar na elaboração de projetos educacionais



Olá, gente...


Tenho insistido em diversos momentos que todo professor ou pedagogo, deva sempre experimentar produzir educação e não apenas consumir educação. Isso vale dizer que é de extrema importância o contato, a pesquisa e o conhecimento de novas concepções e tendências educacionais, de forma a garantir a atualização profissional. 

Porém, é preciso sempre ter em mente que a experiência profissional não é construída apenas pelo conteúdo teórico, mas também, pelas práticas cotidianas no enfrentamento dos desafios que a realidade nos impõe. 

Neste aspecto, é fundamental que se dedique um determinado tempo do trabalho em esforços para produzir educação, ou seja, se envolver em elaborar projetos inovadores que produzam ações de impactos na aprendizagem e resultados diretos na sala de aula.

É neste sentido que a vivência concretiza os ideais de qualificar cada vez mais o papel da educação, da escola e da docência.

Tendo por base essa reflexão, encaminho abaixo, um “passo a passo” com sugestões e cuidados na elaboração de melhores projetos educacionais. 

Confira, então os 10 passos a considerar na elaboração de um projeto:


1.            Regimento da escola: É conveniente verificar sempre se o projeto elaborado está de acordo com as normas regimentais do colégio considerando as formas de atribuir notas, as disciplinas envolvidas e o período trimestral de vigência da atividade e calendário escolar.

2.            Amigos críticos: Um feedback honesto, de mão dupla e ajustes contínuos pode em muito ajudar a melhorar os projetos. Submeter o projeto à apreciação de colegas da mesma área, ou até de alunos favorece a integração, a interdisciplinaridade e a participação. Podem surgir excelentes sugestões de encaminhamento, de conteúdo e de outros aspectos de melhoria e sucesso do projeto.

3.            Evento de lançamento: Pensar e realizar o lançamento do projeto como um evento educacional, se constitui como um ponto de convergência de ideias e promoção do envolvimento dos alunos e professores. As expectativas se elevam e o papel social da escola passa a ter um caráter mais efetivo, numa prévia de lançamento de um projeto. É uma espécie de marketing do projeto.

4.            Lista de conceitos e saberes: É muito interessante evidenciar sempre uma listagem de conceitos e saberes prévios que os alunos devem levar em conta para melhor participar do projeto. Palavras-chave, slogans, frases, etc., conectadas em formato de mapas conceituais facilitam o interesse, a pesquisa e a partilha.

5.            Rubrica: A rubrica é uma ferramenta essencial para manter a transparência aos alunos e pais dos critérios de avaliação para os alunos que serão envolvidos com o projeto. A rubrica deve envolver as expectativas de aprendizagem, definindo critérios claros e bem elaborados, sempre com vistas ao êxito do aluno. 

6.            Organização e responsabilidade do grupo: A responsabilidade individual é um componente fundamental para o trabalho coletivo. É preciso que o grupo descreva as responsabilidades de cada integrante, bem como suas funções. E se possível, registrados por escrito, evidenciando a responsabilidade de cada um.

7.            Pesquisa e colaboração: Uma vez que o projeto é lançado, cabe aos alunos trabalhar juntos para descobrir o que seu produto final vai ser e como eles irão adquirir o conhecimento necessário para completá-lo. Professores devem oferecer momentos de apoio, orientação e workshops, contribuindo nas intervenções e correções de rumo e solução de problemas e tomadas de decisão.

8.            Avaliação e adaptação: Ao longo do processo, o acompanhamento do professor é fundamental para atender expectativas e anseios dos alunos e realizar o feedback, ajustando ou direcionando o projeto. Favorece também mensurar o progresso coletivo e individual, bem como as intervenções necessárias.

9.            Apresentações: As apresentações se constituem um aspecto comum a todos os projetos. Trata-se de um momento público e de exposição de resultados. Os cuidados com a apresentação devem ser sempre um motivo para desenvolver competências posturais, éticas, falar em público, defender ideais, etc. e outras habilidades acadêmicas importantes para a formação educacional.

10.         Avaliação final: Como o projeto é um incremento passível de acompanhamento sistemático ao longo de sua trajetória, as avaliações finais tendem a ser mais tranquilas tendo em vista, o próprio processo e a rubrica previamente elaborada. Espera-se que, ao final da entrega, os Professores já tenham elementos suficientes para emitir a nota representante da avaliação do projeto.

Tem outras contribuições? Interessa acrescentar outros passos?
Encaminhe para partilhar.

Postado por Michel Assali


15 outubro, 2016

Feliz Dia do Professor!

Olá, gente...


Ser professor...
Pensei na data...
Pensei na proposta, na filosofia, no trabalho de ser professor no mundo de hoje.

Concluí que professor é um ser...

Sublime, por ser repleto de paixão:
Intenso, por ocupar parte do trabalho além do horário;
Necessário, por que a sociedade não tem substitutos para seu trabalho;
Dedicado, por se faz necessário à profissão;
Lógico, porque precede de trabalho científico;
Eterno, por continua sua vida no coração dos alunos;
Imenso, pois seu trabalho não pode ser medido por técnicas convencionais;
Fundamental, por que não se compara à nenhuma das tecnologias;
Paciente, por lidar com relações humanas e seus conflitos;
Digno, pela nobreza ímpar de seu trabalho;
Divino, por inspirar o coração de seus alunos.

Parabéns professores e professoras pelo seu dia.

Feliz Dia do Professor!


Postado por Michel Assali

11 outubro, 2016

Meus 10 erros ao lecionar!



Olá, gente...


O ato de lecionar é uma “caixa de surpresas”, como dizem sobre o futebol.
Não existem duas aulas iguais, por mais que se prepare para isso. Ao lidar com a diversidade de pessoas e a multiplicidade de relações, um sucesso de uma aula para determinada classe pode resultar num fracasso em outra.

É preciso ter consciência de que o trabalho docente, além de ser uma arte para poucos, seus resultados raramente se mostram em curto prazo. Nessa trajetória, cometemos acertos e erros. Os acertos? Muito bom! Os erros? Aprendemos com eles. 
Jamais devemos esmorecer com nossos erros na docência.

Seguem abaixo grandes erros que eu cometia e que, infelizmente, muitos Professores ainda estão cometendo de forma ingênua ou inconsciente.

- Erro nº 1: Querer que toda a classe seja homogênea.
- Erro nº 2: Querer disciplinar a classe de uma só vez.
- Erro nº 3: Discutir com aluno e levar o caso como pessoal.
- Erro nº 4: Prometer e não cumprir.
- Erro nº 5: Forma inadequada no uso da linguagem verbal e corporal.
- Erro nº 6: Querer parecer como amigão do aluno.
- Erro nº 7: Achar que o aluno já vem pronto.
- Erro nº 8: Exagero nas aulas expositivas.
- Erro nº 9: Aulas muito chatas.
- Erro nº 10: Provas baseadas na habilidade de memorização.

Isso não quer dizer que eu ainda não cometa erros, mas é possível avançar cada vez mais à medida que realizamos auto avaliação do nosso trabalho, de forma a corrigir e aperfeiçoar o trabalho docente e buscar bases teóricas para metodologias eficazes e condizentes com a educação necessária.

Sabemos que o ato de lecionar sempre foi um trabalho difícil e de desgaste considerável, envolvendo grande consumo de energia no seu planejamento, preparação e avaliação. Estes últimos, pouco valorizados no trabalho docente uma vez que a carga horária de trabalho do Professor destina poucas horas a essas atividades tão importantes e fundamentas para a gestão da sala de aula.

Muitos gestores e educadores têm ainda em mente que gestão da sala de aula somente é realizada durante a aula, com ênfase no controle da indisciplina. Todavia, não se pode esquecer que todo planejamento, preparação e avaliação do ensino, acontece fora da sala de aula, merecendo preocupações e estudos tanto das teorias quanto das políticas educacionais Esse é um momento do trabalho que deverá ser valorizado pelos professores e gestores.

Mas, enquanto as reformas educacionais não chegam, temos que lembrar que os alunos estão aqui e agora, conosco na sala de aula. Portanto é preciso tomar providências para o próximo ano visando preservar a saúde e tornar nosso trabalho eficaz.

Para tanto seguem algumas sugestões a serem repensadas:

1- Planejamento da aula;
2- Seleção do conteúdo;
3- Escolha das metodologias e técnicas;
4- Seleção dos recursos materiais;
5- Envolvimento dos alunos e das famílias;
6- Desenvolvimento das aulas;
7- Acompanhamento e monitoração;
8- Avaliação da aprendizagem;
9- Procedimentos de recuperação e ou intervenções;
10- Avaliação do planejamento.

Tudo isso é gestão da sala de aula. Tudo é trabalhoso e precisa ser pensado antes do término do ano letivo, para que possamos descansar e usufruir das merecidas férias, sem preocupações.
Tem outras sugestões? Compartilhe!
Deixe seus comentários!


Postado por Michel Assali

04 outubro, 2016

Você é assertivo?



Olá, gente...

Muito interessante a palestra de Patrícia Wolff sobre o tema “Competências” que, ao tratar sobre o conceito de assertividade nas relações interpessoais, a autora desenvolve uma linha de reflexão bem interessante.

Afinal, o que é assertividade? 
Simples: dizer a coisa certa, da forma certa, na hora certa, para a pessoa certa no local certo. Parece fácil, não? Mas por que na hora de colocar em prática o simples se torna complicado?

Na maioria dos casos isso acontece por dois grandes motivos:
O comportamento assertivo não é um comportamento natural, como por exemplo, uma reação instintiva de luta (confrontar ou agredir) ou fuga (evitar ou reprimir). Ele requer um processo de aprendizagem e muita prática para torná-lo espontâneo.

A sociedade acaba nos estimulando para dois extremos: excesso de individualidade ou de socialização. Para este último aspecto Freud em seu livro ‘O mal estar na civilização’ (1929) já dizia que socializar-se é reprimir-se. Exceder na socialização nos leva a dizer não para algumas necessidades nossas e sim para as necessidades do outro, sacrificando nossos desejos em prol dos desejos alheios. Ao exceder na individualidade optamos por impor nossos desejos, mesmo que para isso seja necessário invadir o território do outro.

Qual seria então a melhor alternativa de comportamento diante deste contexto?

Antes de responder vamos entender as diferenças entre os  quatro tipos de comportamentos:

Passivo: Caracteriza-se principalmente pela fuga diante do conflito. Faz-se de tudo para evitar a briga. O individuo não expressa suas necessidades, pensamentos e sentimentos, permitindo que os outros as determinem. Vive muito preocupado com a opinião dos outros a seu respeito.

Agressivo: Seu comportamento diante do conflito é de luta, seja por suas ideias, interesses ou poder. É uma guerra que sempre terá um ganhador e um perdedor. Mais preocupado com os próprios desejos do que com os dos outros. Critica as pessoas e não o comportamento, interrompe com frequência encontros e reuniões e, é autoritário.

Passivo/agressivo: Tem um comportamento misto, com elementos de agressividade (quando acredita que precisa vencer o outro) e passividade (quando não tem coragem de confrontar as pessoas). Tem um jeito sedutor e manipulador de usar as pessoas para atingir resultados.

Assertivo: É capaz de expressar suas necessidades, opiniões e sentimentos, confiante de que não está dominando, explorando nem coagindo o outro a agir contra a sua vontade. Busca defender seus desejos, sem ignorar os dos outros. É direto na abordagem de assuntos e problemas, mas demonstra respeito pelo chefe ou colega de trabalho, ouvindo e procurando entender sua perspectiva.

Respondendo a pergunta acima, o comportamento assertivo, sem dúvidas, é uma boa alternativa, pois proporciona melhores chances de conseguir um resultado que satisfaça ambas as partes.
  
E você? É assertivo? Deixe seu comentário.



   Postado por Michel Assali
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