EDUCADORES
30 novembro, 2016
28 novembro, 2016
Você tem medo dos problemas?
Olá, gente...
"Penso que só há um caminho para a ciência ou para a filosofia:
encontrar um problema, ver a sua beleza e apaixonar-se por ele; casar e viver
feliz com ele até que a morte vos separe - a não ser que encontrem outro
problema ainda mais fascinante, ou, evidentemente a não ser que obtenham uma
solução.
Mas, mesmo que obtenham uma solução, poderão então descobrir, para
vosso deleite, a existência de toda uma família de problemas-filhos,
encantadores ainda que talvez difíceis, para cujo bem-estar poderão trabalhar,
com um sentido, até ao fim vossos dias". Karl Popper
São os problemas e as perguntas que mobilizam a pesquisa e a evolução
do mundo. Logo, em educação assim como em qualquer outra atividade, os problemas
devem ser sempre vistos como elementos mobilizadores das reflexões sobre as
necessidades para que a educação avance sempre no sentido de garantir acesso,
permanência e qualidade para as crianças e jovens.
Nesse sentido, enfrentar problemas e encontrar soluções são faces da
mesma moeda, ou seja, deverão ser hábitos a serem desenvolvidas com o emprego
de posturas e ações tanto científicas quanto heurísticas. Para tanto todas as
formas de dados a serem coletados poderão estar sob diversas formas e canais de
informação e comunicação, incluindo-se aí as falas, os depoimentos de pessoas
representantes de todos os segmentos da instituição, sejam eles internos e
externos.
Além disso, a criação de espaços e tempos para análises, reflexões, discussões
e propostas de soluções dos problemas específicos, deverão integrar a atividade
profissional, com objetivos de subsidiar a elaboração de planos de ações
exequíveis, com acompanhamento, controle e avaliação, visando a consecução de
objetivos propostos.
Os problemas unem forças, transformam a informação em conhecimento,
produzem alternativas e soluções, mobilizam, enriquecem e ensinam.
Portanto, não tenhamos medo. Que venham os problemas!
Tem mais algo a acrescentar?
Encaminhe seus comentários.
Postado por Michel Assali
21 novembro, 2016
Estaremos nos preparando para a escola que virá?
A evolução tecnológica econômica e social produziu sensíveis impactos
ao contexto da experiência de aprendizagem influenciando as formas e
metodologias do ensino e aprendizagem nas últimas décadas, especialmente no
início do Século XXI.
As relações sociais e profissionais mediadas pelas novas tecnologias
produziram efeitos alterando espaços e tempos de aprendizagem e o modo de
produzir resultados em função dos objetivos das instituições educacionais em
escala mundial.
Como consequência, a instituição escolar, pressionada pelas novas
tendências, passa por mudanças significativas, tanto na demografia do corpo
discente e de mudanças baseadas na tecnologia no ensino e aprendizagem,
exigindo um corpo docente adaptado para os novos contextos e cenários.
Considere-se ainda, as conquistas sociais, onde o acesso e a
permanência na escola aliadas à qualidade de ensino, bem como a inclusão
escolar, notadamente exigida e amparada por dispositivos legais, transformam o
ambiente escolar em local privilegiado para as diversas formas de interações
sociais definindo espaços e tempos individualizados para a aprendizagem.
Nesse sentido, a escola futura deve se organizar de forma a fazer uso
de tecnologias e métodos de ensino adequados às novas demandas, no sentido de
produzir técnicas e recursos pedagógicos cada vez mais apropriados às
diversidades e experiências de seus alunos.
Ao longo dos últimos anos, temos observado uma mudança de paradigma que
mostra um movimento em direção a uma abordagem cada vez mais centrada no aluno
para o ensino e a aprendizagem. O significado da aprendizagem mudou a
partir de um método de ensino unidirecional para enfatizar o fato de que o
conhecimento é construído através da colaboração entre professores e alunos, ou
entre os próprios alunos, trabalhando em projetos, tarefas ou resolução de
problemas.
Outro fator importante que tem tido um enorme impacto sobre a nossa
forma de aprender é a quantidade, por vezes esmagadora e a presença de todos os
tipos de tecnologias que suportam o ensino e a aprendizagem. Estes vão
desde quadros e tablets, a web-conferências, ferramentas online e todos os
tipos de recursos digitais.
As escolas procuram se inserir nesse contexto fazendo com que as
instituições públicas e privadas apliquem consideráveis recursos para atender
as demandas sociais com relação ao uso das tecnologias.
A Medida Provisória para o novo Ensino Médio está posta pelo governo,
provocando grandes discussões, posicionamentos e ações em diversos segmentos da
sociedade.
Diante da situação convém fazer uma reflexão sobre as indagações que
surgem como consequência:
- Os educadores estão suficientemente envolvidos e preparados para
utilizar todo esse aparato tecnológico?
- As mudanças provocadas pela Medida Provisória para o Ensino Médio
beneficiará o ensino público?
- Os educadores têm ideia sobre os novos hábitos de pensamento a serem
desenvolvidos nos alunos do Séc. XXI?
- As propostas curriculares estão adequadas para atender um ensino com
o uso das novas tecnologias?
- Projetos de aprendizagem estão alinhados na perspectiva do material
didático virtual?
- Os cursos superiores de formação profissional estão se preparando
para formar novas competências para professores e gestores?
- Estarão as famílias preparadas para a escola que está por vir?
Essas e outras perguntas se fazem necessárias às discussões sobre o
tema para que os educadores possam sentir segurança nas mudanças paradigmáticas
das estruturas educacionais.
Vamos pensar sobre essas questões!
Compartilhe e encaminhe seus comentários.
Postado por Michel Assali.
14 novembro, 2016
Término de semestre: 9 formas comuns de avaliar.
Olá, gente...
Fonte de pesquisa: revistaescola.abril.com.br
Achou interessante? Possui algum novo jeito ou forma de avaliar?
Encaminhe seus comentários!
Postado Por Michel Assali
O término do semestre se caracteriza por reunir um conjunto de registros referentes ao desempenho do aluno, possibilitando uma série de reflexões a respeito das intervenções necessárias para a próxima etapa de ensino.
Submeter o planejamento do curso a análise e avaliação passa a ser fundamental para retomar o currículo, alinhar metodologias e ajustar as metas previstas visando aperfeiçoar cada vez mais o processo ensino e aprendizagem.
A construção e uso de instrumentos precisos de avaliação, torna-se cada vez mais imprescindível para o controle e acompanhamento do trabalho docente.
Para auxiliar as reflexões sobre o assunto, encaminho em arquivo anexado, material para apreciação com objetivo de contribuir com a melhoria da organização do trabalho pedagógico.
Confira abaixo, os 9 jeitos mais comuns de avaliar que, usados com critérios bem definidos, contribuem fortemente para um exclente trabalho docente.
Prova objetiva
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definição
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Série de perguntas diretas, para respostas curtas, com apenas uma solução possível.
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função
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Avaliar quanto o aluno apreendeu sobre dados singulares e específicos do conteúdo
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vantagens
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É familiar às crianças, simples de preparar e de responder e pode abranger grande parte do exposto em sala de aula.
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atenção
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Pode ser respondida ao acaso ou de memória e sua análise não permite constatar quanto o aluno adquiriu de conhecimento.
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planejamento
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Selecione os conteúdos para elaborar as questões e faça as chaves de correção; elabore as instruções sobre a maneira adequada de responder às perguntas.
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análise
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Defina o valor de cada questão e multiplique-o pelo número de respostas corretas.
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como utilizar as informações
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Liste os conteúdos que os alunos precisam memorizar; ensine estratégias que facilitem associações, como listas agrupadas por ideias, relações com elementos gráficos e ligações com conteúdos já assimilados.
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Prova dissertativa
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definição
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Série de perguntas que exijam capacidade de estabelecer relações, resumir, analisar e julgar.
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função
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Verificar a capacidade de analisar o problema central, abstrair fatos, formular ideias e redigi-las.
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vantagens
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O aluno tem liberdade para expor os pensamentos, mostrando habilidades de organização, interpretação e expressão.
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atenção
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Não mede o domínio do conhecimento, cobre amostra pequena do conteúdo e não permite amostragem.
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planejamento
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Elabore poucas questões e dê tempo suficiente para que os alunos possam pensar e sistematizar seus pensamentos.
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análise
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Defina o valor de cada pergunta e atribua pesos a clareza das ideias, para a capacidade de argumentação e conclusão e a apresentação da prova.
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como utilizar as informações
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Se o desempenho não for satisfatório, crie experiências e motivações que permitam ao aluno chegar à formação dos conceitos mais importantes.
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Seminário
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definição
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Exposição oral para um público leigo, utilizando a fala e materiais de apoio adequados ao assunto.
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função
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Possibilitar a transmissão verbal das informações pesquisadas de forma eficaz.
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vantagens
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Contribui para a aprendizagem do ouvinte e do expositor, exige pesquisa, planejamento e organização das informações; desenvolve a oralidade em público.
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atenção
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Conheça as características pessoais de cada aluno para evitar comparações na apresentação de um tímido ou outro desinibido.
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planejamento
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Ajude na delimitação do tema, forneça bibliografia e fontes de pesquisa, esclareça os procedimentos apropriados de apresentação; defina a duração e a data da apresentação; solicite relatório individual de todos os alunos.
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análise
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Atribua pesos à abertura, ao desenvolvimento do tema, aos materiais utilizados e à conclusão. Estimule a classe a fazer perguntas e emitir opiniões.
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como utilizar as informações
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Caso a apresentação não tenha sido satisfatória, planeje atividades específicas que possam auxiliar no desenvolvimento dos objetivos não atingidos.
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Trabalho em grupo
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definição
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Atividades de natureza diversa (escrita, oral, gráfica, corporal etc) realizadas coletivamente.
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função
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Desenvolver o espírito colaborativo e a socialização
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vantagens
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Possibilita o trabalho organizado em classes numerosas e a abrangência de diversos conteúdos em caso de escassez de tempo.
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atenção
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Conheça as características pessoais de cada aluno para evitar comparações na apresentação de um tímido ou outro desinibido.
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planejamento
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Proponha uma série de atividades relacionadas ao conteúdo a ser trabalhado, forneça fontes de pesquisa, ensine os procedimentos necessários e indique os materiais básicos para a consecução dos objetivos.
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análise
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Observe se houve participação de todos e colaboração entre os colegas, atribua valores às diversas etapas do processo e ao produto final.
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como utilizar as informações
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Em caso de haver problemas de socialização, organize jogos e atividades em que a colaboração seja o elemento principal.
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Debate
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definição
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Discussão em que os alunos expõem seus pontos de vista a respeito de assunto polêmico.
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função
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Aprender a defender uma opinião fundamentando-a em argumentos convincentes.
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vantagens
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Desenvolve a habilidade de argumentação e a oralidade; faz com que o aluno aprenda a escutar com um propósito.
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atenção
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Como mediador, dê chance de participação a todos e não tente apontar vencedores, pois em um debate deve-se priorizar o fluxo de informações entre as pessoas.
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planejamento
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Defina o tema, oriente a pesquisa prévia, combine com os alunos o tempo, as regras e os procedimentos; mostre exemplos de bons debates. No final, peça relatórios que contenham os pontos discutidos. Se possível, filme a discussão para análise posterior.
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análise
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Estabeleça pesos para a pertinência da intervenção, a adequação do uso da palavra e a obediência às regras combinadas.
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como utilizar as informações
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Crie outros debates em grupos menores; analise o filme e aponte as deficiências e os momentos positivos.
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Relatório individual
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definição
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Texto produzido pelo aluno depois de atividades práticas ou projetos temáticos
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função
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Averiguar se o aluno adquiriu conhecimento e se conhece estruturas de texto
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vantagens
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É possível avaliar o real nível de apreensão de conteúdos depois de atividades coletivas ou individuais
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atenção
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Evite julgar a opinião do aluno
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planejamento
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Defina o tema e oriente a turma sobre a estrutura apropriada (introdução, desenvolvimento, conclusão e outros itens que julgar necessários, dependendo da extensão do trabalho); o melhor modo de apresentação e o tamanho aproximado
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análise
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Estabeleça pesos para cada item que for avaliado (estrutura do texto, gramática, apresentação)
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como utilizar as informações
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Só se aprende a escrever escrevendo. Caso algum aluno apresente dificuldade em itens essenciais, crie atividades específicas, indique bons livros e solicite mais trabalhos escritos
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Autoavaliação
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definição
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Análise oral ou por escrito, em formato livre, que o aluno faz do próprio processo de aprendizagem.
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função
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Fazer o aluno adquirir capacidade de analisar suas aptidões e atitudes, pontos fortes e fracos.
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vantagens
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O aluno torna-se sujeito do processo de aprendizagem, adquire responsabilidade sobre ele, aprende a enfrentar limitações e a aperfeiçoar potencialidades.
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atenção
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O aluno só se abrirá se sentir que há um clima de confiança entre o professor e ele e que esse instrumento será usado para ajudá-lo a aprender.
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planejamento
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Forneça ao aluno um roteiro de auto-avaliação, definindo as áreas sobre as quais você gostaria que ele discorresse; liste habilidades e comportamentos e peça para ele indicar aquelas em que se considera apto e aquelas em que precisa de reforço.
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análise
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Use esse documento ou depoimento como uma das principais fontes para o planejamento dos próximos conteúdos.
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como utilizar as informações
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Ao tomar conhecimento das necessidades do aluno, sugira atividades individuais ou em grupo para ajudá-lo a superar as dificuldades.
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Observação
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definição
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Análise do desempenho do aluno em fatos do cotidiano escolar ou em situações planejadas.
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função
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Seguir o desenvolvimento do aluno e ter informações sobre as áreas afetiva, cognitiva e psicomotora.
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vantagens
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Perceber como o aluno constrói o conhecimento, seguindo de perto todos os passos desse processo.
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atenção
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Faça anotações no momento em que ocorre o fato; evite generalizações e julgamentos subjetivos; considere somente os dados fundamentais no processo de aprendizagem.
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planejamento
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Elabore uma ficha organizada (check-list, escalas de classificação) prevendo atitudes, habilidades e competências que serão observadas. Isso vai auxiliar na percepção global da turma e na interpretação dos dados.
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análise
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Compare as anotações do início do ano com os dados mais recentes para perceber o que o aluno já realiza com autonomia e o que ainda precisa de acompanhamento.
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como utilizar as informações
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Esse instrumento serve como uma lupa sobre o processo de desenvolvimento do aluno e permite a elaboração de intervenções específicas para cada caso.
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Conselho de classe
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definição
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Reunião liderada pela equipe pedagógica de uma determinada turma.
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função
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Compartilhar informações sobre a classe e sobre cada aluno para embasar a tomada de decisões.
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vantagens
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Favorece a integração entre professores, a análise do currículo e a eficácia dos métodos utilizados; facilita a compreensão dos fatos com a exposição de diversos pontos de vista.
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atenção
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Faça sempre observações concretas e não rotule o aluno; cuidado para que a reunião não se torne apenas uma confirmação de aprovação ou de reprovação.
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planejamento
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Conhecendo a pauta de discussão, liste os itens que pretende comentar. Todos os participantes devem ter direito à palavra para enriquecer o diagnóstico dos problemas, suas causas e soluções.
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análise
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O resultado final deve levar a um consenso da equipe em relação às intervenções necessárias no processo de ensino-aprendizagem considerando as áreas afetiva, cognitiva e psicomotora dos alunos.
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como utilizar as informações
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O professor deve usar essas reuniões como ferramenta de auto-análise. A equipe deve prever mudanças tanto na prática diária de cada docente como também no currículo e na dinâmica escolar, sempre que necessário.
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Fonte de pesquisa: revistaescola.abril.com.br
Achou interessante? Possui algum novo jeito ou forma de avaliar?
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Postado Por Michel Assali
07 novembro, 2016
O que significa ser um líder gestor verdadeiramente responsável?
Olá, gente...
A ideia de prestação de contas pode ser assustadora para qualquer
gestão. E muitas vezes essa ação se
caracteriza por contextos de atribuir culpas ou determinar apenas o que deu
errado.
Conforme a Wikipédia, o termo accountability é um termo da língua
inglesa que pode ser traduzido para o português como responsabilidade com
ética e remete à obrigação, à transparência, de membros de um órgão
administrativo ou representativo de prestar contas a instâncias
controladoras ou a seus representados.
Outro termo usado numa possível versão portuguesa é responsabilização. Também
traduzida como prestação de contas, significa que quem desempenha funções
de importância na sociedade deve regularmente explicar o que anda a fazer, como
faz, por qual motivo faz, quanto gasta e o que vai fazer a seguir. Não se
trata, portanto, apenas de prestar contas em termos quantitativos, mas de
auto-avaliar a obra feita, de dar a conhecer o que se conseguiu e de justificar
aquilo em que se falhou.
Mas, eu gostaria de desafiar o seu pensamento sobre este conceito. A
verdade vos libertará, e a prestação de contas é uma grande e incrível solução
para a liberdade. É por essa razão que acredito que a preocupação das
lideranças em assumir a responsabilidade por suas atitudes, ações e resultados
é tremendamente libertador. Ao contrário, a tentativa de evitar a
responsabilidade, atribuindo-a a outros, faz do líder um prisioneiro de suas
próprias ações.
Para tanto, o gestor-líder precisa desenvolver constantemente, e até por
atitudes repetitivas, bons hábitos da liderança incluindo aí a transparência e
a prestação de contas.
Para tanto, é fundamental considerar alguns aspectos, dos quais dou
ênfase aos que seguem:
- Identificar a quem você presta
contas.
- Reconhecer sua própria pessoa e
valor nos processos e resultados.
- Ser específico sobre suas
decisões na prestação de contas.
- Evitar justificativas na auto
piedade e remorsos.
- Tomar decisões para corrigir os
problemas criados.
Reconhecer o erro é fundamental para a superação dos problemas. Não temer
quando o próprio líder comete o erro, uma vez que é preciso considerar que não
há fracassos e sim aprendizagens.
Erros e falhas, quando devidamente reconhecidos, contribuirão para
superar e restaurar a confiança das pessoas e aumentar a sua influência
enquanto liderança e gestão.
Pense sobre essa questão.
Tem algo a compartilhar sobre o tema? Encaminhe!
Postado por Michel Assali
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