EDUCADORES

29 julho, 2014

Aprendizagem personalizada II


Olá, gente...

Sobre o tema do post anterior que trata de “ensino personalizado”, compartilhamos o artigo da Site: www.porvir.org, que esclarece o trabalho que vem sendo realizado pela instituição School of One em escolas públicas nos Estados Unidos.

O modelo vem sendo aplicado experimentalmente em algumas escolas de Nova York, Chicago e Washington, tendo por base a utilização das tecnologias, num novo espaço físico e, principalmente, na dedicação e treinamento dos professores.

Leia o texto de Marina Morena Costa com a colaboração da Fundação Lemann.

"Partindo da premissa de que cada criança aprende em um ritmo diferente e por isso o modelo atual de ensino – com um professor dando aulas para turmas com cerca de 30 alunos – não atende plenamente às necessidades dos estudantes, dois especialistas em educação criaram uma forma inovadora de ensino personalizado nos Estados Unidos. Joel Rose e Christopher Rush lançaram, em 2009, o School of One (Escola de Um, em tradução livre), um novo modelo de aprendizagem baseado em tecnologia e em mudanças no espaço físico e no papel do professor.

O projeto-piloto foi realizado em três escolas públicas da cidade de Nova York durante dois anos. Em 2011, a dupla fundou a New Classrooms (Novas Salas de Aula, em tradução livre), uma organização sem fins lucrativos que trabalha auxiliando escolas a implantar essa nova proposta de aprendizagem, chamada de Teach to One (Ensine para Um, em tradução livre).

Com o uso de algoritmos de aprendizagem, as deficiências e os pontos fortes do estudante são detectados e um plano individual de estudos é traçado diariamente. O espaço físico também sofre alterações para que os alunos aprendam da forma mais eficaz para cada um: em grupos, duplas, com atendimento virtual de tutores ou presencial de professores e interagindo com softwares, vídeos ou materiais impressos.

Segundo seus criadores, para o professor é um desafio quase impossível dar conta de todo o currículo básico e ainda atender as necessidades individuais de cada estudante em turmas grandes. Com a divisão dos alunos, é possível ensinar múltiplas habilidades de forma simultânea e entregar uma abordagem de acordo com as necessidades acadêmicas dos estudantes.

Neste semestre, a New Classrooms começou a implantar o modelo em oito escolas públicas das cidades de Nova York, Chicago e Washington DC. “As salas de aula tradicionais tornam extremamente difícil para qualquer professor encontrar as necessidades únicas de cada estudante a cada dia. Mas ao combinar o talento e a criatividade dos professores com o poder e a capacidade da tecnologia, podemos imaginar novos tipos de sala de aula que são organizados para detectar as necessidades de cada um dos alunos”, disse ao Porvir Joel Rose, CEO da New Classrooms e educador há 15 anos.

O co-criador Christopher Rush defende em um vídeo do projeto que é praticamente impossível para um aluno do 7º ano absorver 100% dos conhecimentos ensinados. “O modelo de ensino da New Classrooms permite que você volte e preencha todas as lacunas, compreenda o que não entendeu”, afirma.

Em seu site, a organização cita exemplos de estudantes que compreenderam conceitos de formas não tradicionais, como em trabalhos com amigos, jogos educativos ou tirando dúvidas que provavelmente não teriam tempo nem a devida atenção em sala de aula com tutores virtuais. “O ensino liderado pelo professor é uma forma de aprendizagem. Ela pode ser a melhor maneira, mas não é o único caminho. Há outras maneiras de os alunos aprenderem”, sentencia a New Classrooms."

O que achou sobre o tema?
Encaminhe seus comentários sobre o assunto.

Postado por Michel Assali


25 julho, 2014

Aprendizagem personalizada I


Olá, gente...

Cada vez mais o termo “personalização da aprendizagem” ocupa espaços para discussões em educação apontando as novas tendências e conceitos para a pedagogia da aprendizagem.
A aprendizagem personalizada vem sendo considerada por muitos autores como uma grande e possível solução para a transformação da educação, uma vez que atende diretamente o aluno  na etapa da aprendizagem em que se encontra para, em seguida, ajudá-los a crescer em seus pontos fortes e desenvolver suas potencialidades. 
É descobrir os reais interesses de cada aluno desafiando-os visando o desenvolvimento de habilidades e competência individuais e coletivas.

Para melhor compreender superficialmente o conceito de “aprendizagem personalizada” convém compará-lo com outros conceitos relacionados com o tema:

Aprendizagem individualizada envolve a avaliação de aprendizagem. Espaço onde a avaliação somativa é baseada em uma sequência de provas e testes para confirmar o que os alunos sabem e não sabem. Todo o processo é centrado no professor.

Aprendizagem diferenciada envolve a avaliação da aprendizagem e do ensino. Esta é a avaliação que envolve provas e testes que permitem aos professores a análise das dificuldades e de intervenções para promover a aprendizagem. O processo ainda é centrado no professor.

Personalização da aprendizagem envolve a avaliação como processo de aprendizagem, para  aperfeiçoar a própria aprendizagem, ou seja o aprender a aprender. Este é o momento em que os professores desenvolvem a capacidade dos alunos para se tornarem sujeitos aprendizes, independentes que estabelecem suas metas, monitoram seus progressos e refletem sobre a aprendizagem. As avaliações são baseadas em momentos sistemáticos de análise do próprio aluno, considerando ser a aprendizagem e avaliação centradas no mesmo.

Nesse sentido as novas tecnologias tornam-se também, ferramentas que favorecem o aperfeiçoamento da mediação no trabalho docente.

Porém diante de tantos artigos e matérias sobre o tema, e principalmente quanto à conceituação dada à aprendizagem personalizada, algumas indagações são imprescindíveis para o contexto brasileiro:

- Como é possível desenvolver esse trabalho sabendo-se que um professor do ensino fundamental ou médio pode ter até 200 alunos?
- Como podemos viabilizar esse trabalho, dentro da diversidade sócio-econômica dos alunos da escola pública?

Você outras indagações?

Continuaremos a pesquisa sobre esse assunto e postaremos novos artigos sobre o tema.

Se você tiver alguma contribuição, encaminhe.


Postado por Michel Assali

07 julho, 2014

Líder: Pare de dar mais valor ao esforço que ao desempenho!


Olá, gente...

Recebi como sugestão um sugestivo texto de Augusto Campos, extraído do excelente blog efetividade.net, que achei oportuno compartilhar com vocês, visando aperfeiçoar as reflexões sobre liderança na educação.

“A cena é conhecida desde a infância: você é o irmão que sabe se virar sozinho em algum contexto, e se revolta ao ver o outro irmão receber reconhecimento porque quase conseguiu fazer aquilo que você faz sem o menor esforço e ninguém elogia.

Incentivar apenas o desempenho ensina a equipe a não tentar nada que já não tenham certeza de que conseguirão completar.

Reconhecer e incentivar também pelo esforço, e não apenas pelo desempenho e pelo resultado, é um traço da boa liderança, porque estimula as pessoas a se manterem comprometidas em relação aos objetivos até mesmo em situações que lhes parecem superiores à sua capacidade e posicionadas fora da sua zona de conforto.

A boa liderança conduz a equipe a uma atitude que valoriza o crescimento contínuo, e isso depende de fazer cada pessoa saber que o ambiente é favorável a que ela tente ir além do seu limite conhecido, e isso inclui valorizar o esforço bem empregado – por exemplo, ao reconhecer as lições aprendidas com uma falha.

O problema da valorização do esforço é a dosagem.

O esforço pode e deve ser valorizado, mas não pode superar a valorização do desempenho e do resultado, para evitar pelo menos 3 quadros de disfunção organizacional.

1.      A primeira consequência negativa de excesso de valorização do esforço é o desestímulo à aplicação dos talentos de quem tem competências diferenciadas.
É uma causa de desmotivação similar ao caso do irmão mais apto que vê o outro irmão ser recompensado por fazer algo que para si é trivial: para que continuar a fazer melhor e mais rápido do que o colega, se eles recebem mais incentivo do que você?
2.      Em seguida vem a popular “invenção de moda”. Se o desempenho em uma tarefa valiosa mas trivial não será reconhecido, a pessoa a quem couber desempenhá-la será naturalmente incentivada a criar uma maneira diferente de executá-la, mais custosa (em tempo ou recursos), mesmo que não aumente seu valor ou seu desempenho.
3.      Por último vem o mais grave: a saída das pessoas com o perfil capaz de ampliar valor e desempenho, e sua substituição por "yes people", aquela categoria de pessoas cujo talento é receber ordens e parecer ocupadas com sua execução.
Sun Tzu já dizia que o general inteligente vence suas batalhas com facilidade. Se você de vez em quando deixa de valorizar alguém que cumpriu sua tarefa1, porque pensa "isso aí até eu faço", ou "mas foi fácil demais", repense quais são os critérios que está desestimulando.

Afinal, é importante estimular que as pessoas errem em direção ao sucesso e que melhorem continuamente, mas isso jamais pode se transformar em desestimular quem já sabe fazer a continuar apresentando bom desempenho e resultados certeiros.”

Gostou do assunto? Tem a contribuir?
Encaminhe seus comentários.


Postado por Michel Assali
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