Olá,
gente...
Recebi como sugestão um sugestivo texto de Augusto Campos, extraído do excelente blog efetividade.net, que achei oportuno compartilhar com vocês, visando
aperfeiçoar as reflexões sobre liderança na educação.
“A cena é
conhecida desde a infância: você é o irmão que sabe se virar sozinho em algum
contexto, e se revolta ao ver o outro irmão receber reconhecimento porque quase conseguiu fazer aquilo que você
faz sem o menor esforço e ninguém elogia.
Incentivar apenas o desempenho ensina a equipe a
não tentar nada que já não tenham certeza de que conseguirão completar.
Reconhecer
e incentivar também pelo esforço, e não apenas pelo desempenho e pelo resultado,
é um traço da boa liderança, porque estimula as pessoas a se manterem comprometidas
em relação aos objetivos até mesmo em situações que lhes parecem superiores à
sua capacidade e
posicionadas fora da sua zona de conforto.
A boa
liderança conduz a equipe a uma atitude que valoriza o crescimento contínuo, e
isso depende de fazer cada pessoa saber que o ambiente é
favorável a que ela tente ir além do seu limite conhecido, e isso inclui valorizar o
esforço bem empregado – por exemplo, ao reconhecer as lições aprendidas com uma
falha.
O problema da valorização do esforço é a dosagem.
O esforço
pode e deve ser valorizado, mas não pode superar a valorização do desempenho
e do resultado, para
evitar pelo menos 3 quadros de disfunção organizacional.
1. A primeira consequência negativa
de excesso de valorização do esforço é o desestímulo
à aplicação dos talentos de quem tem competências diferenciadas.
É uma causa de desmotivação similar ao caso do irmão
mais apto que vê o outro irmão ser recompensado por fazer algo que para si é
trivial: para
que continuar a fazer melhor e mais rápido do que o colega, se eles recebem
mais incentivo do que você?
2. Em seguida vem a popular
“invenção de moda”. Se o desempenho em uma tarefa valiosa mas trivial não será
reconhecido, a pessoa a quem couber desempenhá-la será naturalmente incentivada
a criar uma maneira diferente de executá-la, mais custosa (em tempo ou
recursos), mesmo que não aumente seu valor ou seu
desempenho.
3. Por último vem o mais grave: a
saída das pessoas com o perfil capaz de ampliar valor e desempenho, e sua substituição
por "yes people", aquela categoria de pessoas cujo talento é
receber ordens e parecer ocupadas com sua execução.
Sun Tzu
já dizia que o general inteligente vence suas batalhas com facilidade.
Se você de vez em quando deixa de valorizar alguém que cumpriu sua tarefa1, porque pensa "isso aí até
eu faço", ou "mas foi fácil demais", repense
quais são os critérios que está desestimulando.
Afinal, é
importante estimular que as pessoas errem em direção ao sucesso e que melhorem continuamente, mas
isso jamais pode se transformar em desestimular quem já sabe fazer a continuar
apresentando bom desempenho e resultados certeiros.”
Gostou do
assunto? Tem a contribuir?
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Postado
por Michel Assali
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