EDUCADORES

19 abril, 2012

Recuperação Escolar


Olá, gente...



Tratar do tema “recuperação escolar” possibilita diversas reflexões sobre o assunto. E as justificativas se fazem presentes nos aspectos legais, morais, sociais e pedagógicas da sociedade.

A relevância do assunto se fundamenta em legislações que a regulamentam nas instâncias da educação pública e privada.

E o diz a lei?
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 20 de Dezembro de 1996 –
LDB 9394/96, em seu capítulo II, inciso V, nos diz:

“(...) a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios: a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais; (...) e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos (...)

É inegável que a LDB apresente concepções de uma escola cuja função principal é desenvolver a preparação e o exercício pleno da cidadania e democracia, com ênfase na participação e qualidade do ensino.


Se recorrermos aos dicionários, recuperar significa: readquirir aquilo que foi perdido; reaver; reabilitar; recobrar. Enfim, recuperar o que já se teve. Portanto, somente é possível recuperar aquilo que havia sido estabelecido.


Logo, no caso da aprendizagem, é preciso saber se o aluno irá recuperar aquilo que já tenha aprendido. Porém, como recuperar aquilo que nunca se teve?
Caso o aluno tenha adquirido um determinado conteúdo, como é possível perdê-lo?
E como fazer para encontrá-lo ou reencontrá-lo?
Qual seria a melhor maneira de organizar esse processo e torná-lo eficiente: de forma contínua de paralela?
Como organizar metodologias específicas para isso?
O quê deve ser recuperado: o ensino ou a aprendizagem?


Como se vê,são muitos os questionamentos! Afinal são as perguntas que movem o mundo.


Convém ressaltar alguns conceitos fundamentais para nortear a reflexão sobre o tema:


- O aluno não readquire o que nunca teve.
- O aluno não readquire um conteúdo que não sabe, nem o encontra. É fundamental partir daquilo que o aluno já sabe.
- A recuperação e concomitante e paralela, uma vez que a aprendizagem é um processo democrático, ativo, contínuo, permanente, instável, global e integrado.
- O processo educativo escolar é simultaneamente coletivo e individual. É individual, na medida em que o ato de aprender é uma ação pessoal cuja interiorização se dá de forma singular; e coletivo, na medida em que o conhecimento é construído pelas interações estabelecidas entre professor, aluno e seus pares.
- Por se caracterizar como parte do processo de ensino, a recuperação prescinde de planejamento, considerando a características e diversidades dos sujeitos e dos contextos pertinentes ao processo.

Sem dúvida, o tema propõe muitos questionamentos, uma vez que a concepção de recuperação não está desvinculada das concepções de ensino aprendizagem e avaliação.
Nesse sentido, um ensino de melhor eficiência e qualidade deve ser planejado de forma a propiciar continuamente sua própria recuperação, com ênfase na autoavaliação e na proposição de novos métodos e técnicas visando garantir uma efetiva aprendizagem.



Pense sobre isso e deixe seus comentários.

Postado por Michel Assali

Um comentário:

  1. Ola Professor
    Primeiro gostaria de dizer que sinta falta das suas aulas, na faculdade Anhanguera Pirituba.
    procuro sempre ler seu blogger, que traz tantas discussões enriquecedoras à educação.
    Obrigada

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