EDUCADORES

23 fevereiro, 2015

Como ajudar professores com dificuldades para lecionar



Olá, gente...

    A carreira do magistério é e sempre será insubstituível. A não ser que nossa existência passe a configurar como a história do filme “Matrix”, as relações interpessoais continuarão a dominar a existência humana. É neste aspecto que o trabalho educacional e a pedagogia se manterão como ações necessárias ao desenvolvimento humano desde a Educação Infantil, independentemente de qualquer tecnologia que seja criada.

    Porém, iniciar a carreira como professor muitas vezes é algo difícil para alguns candidatos à docência. Nada fácil com turmas mais agitadas, diversidade, legislação, tendências pedagógicas, novos colegas, chefes, etc. Neste aspecto é muito comum bater a insegurança, o que é comum no início de qualquer emprego, e a ansiedade frente ao novo, ao inusitado e a compreensão do funcionamento de uma escola. E isso, não é apenas prerrogativa dos novatos, pois as dificuldades podem surgir até nos mais experientes professores quando trocam de escola, substituem ou iniciam seu trabalho em um novo ambiente.

    Nesse sentido, a equipe gestora deverá ter plena consciência do problema e guardar sempre na manga um plano especial para ajudar o professor recém-chegado a superar essas dificuldades. O diretor, vice e coordenador pedagógico devem estar sempre prontos a favorecer essa integração entre os professores e alunos, até que o docente se sinta mais confiante e confortável para que seu trabalho possa fluir com segurança e naturalidade.

    Visando contribuir com esse aspecto, compartilho algumas dicas coletadas ao longo de muito tempo pela experiência direta e por observações do cotidiano escolar.

A principal consiste em estar bem próximo a essas sugestões. Veja.

Relações interpessoais

    Existem excelentes professores que são um pouco tímidos e necessitam de um pequeno apoio ou estímulo para serem mais acessíveis. Entender algumas das dificuldades e conseguir passar segurança é fundamental papel do gestor. Pequenas reuniões, atenção personalizada, verificar suas necessidades, perguntar sobre dificuldades, incentivar com elogios, etc., são receitas infalíveis e de resultados satisfatórios a curto e longo prazo.       Contudo, é preciso sensibilidade e métodos eficazes  para uma aproximação saudável e profissional.
   O importante é saber valorizar o profissional e estar pronto para subsidiar com suporte adequado para a boa prática pedagógica. Quando há a integração do professor com o coordenador ou demais gestores, as chances de resultados positivos são enormes.

Planejamento
    Considerando que os gestores de modo geral, estão há mais tempo na escola, é fundamental que a interlocução, apresentação e convivência entre os pares ocorra inicialmente com maior frequência, permitindo que o novo professor se posicione e aos veteranos ou “semi-novos”  possam contribuir com a apresentação da parte administrativa da escola e das características da comunidade escolar. Planejamento, regimento, organização do trabalho, documentação, papel da secretaria, etc., precisam ser compartilhados com o novo professor. Isso ajuda muito na construção da visão e da cultura escolar quebrando preconceitos e distorções culturais. Pode ser um bom começo.

    Nessa hora, o coordenador pode ajudar o professor a identificar o que a turma precisa, quais os tipos de aulas podem ser mais eficientes, quais os tipos de atividade se encaixam no tipo de comportamento dos estudantes, entre outros pontos que precisem ser observados.

    Pode ser muito importante ajudar o docente a organizar e dividir o conteúdo de maneira que o programa seja totalmente cumprido ao final do período letivo estabelecido. Organizar as etapas do planejamento em períodos curtos (semana, mês), acompanhar e avaliar o processo contribui na formação da docência e na qualidade do trabalho. Sugerir ou permitir trocas de atividades entre os pares visando melhorar aspectos didáticos e metodologias podem se configurar como atitudes essenciais que ajudarão o docente a construir gradativamente sua autonomia.

Formação em serviço: oficinas, orientações e palestras.

    A universidade não prepara nenhum profissional pronto e acabado para atuar. A prática na realidade traz desafios que a universidade discutiu à luz das teorias. Portanto, há casos em que a dificuldade pode estar até na seleção e preparação de materiais didáticos a serem utilizados na sala de aula. E não são casos isolados considerando o trabalho docente com o aluno do século XXI. Exigências como o uso das tecnologias, pode ser um grande problema e é preciso que os gestores reconheçam as dificuldades visando criar um itinerário pedagógico de formação em serviço. 
    A escola pode trabalhar com essa questão, dando um treinamento geral para os docentes. O mesmo vale para o uso de métodos alternativos de ensino que sejam motivados pela escola. Treinamentos e palestras são essenciais para a melhor compreensão e para a troca de experiência entre os docentes.

    Portanto, gestores e coordenadores precisam estar cientes e aptos a ajudar os novos docentes nessa empreitada visando produzir um trabalho que eleve a qualidade do ensino da escola.

    Você tem mais algumas dicas? Encaminhe para compartilhar.

    Encaminhe seus comentários sobre o assunto.

Postado por Michel Assali (também n a fanpage do ... facebook/docenciainquieta)


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