EDUCADORES

28 maio, 2014

Avaliação docente


Olá, gente...

Compartilho com vocês o depoimento de Antonio Nóvoa, a respeito da avaliação docente durante sua participação na Educar 2014, São Paulo.
O vídeo é cortesia da Revista Educação e divulgado pelo Youtube.

Acompanhe.



"A avaliação docente deve ser, sobretudo, uma avaliação feita pelos outros professores e não por critérios produtivistas e quantitativistas~, opina o educador português Antonio Nóvoa.

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Postado por Michel Assali

21 maio, 2014

Não deixe que a escola te ensine...


Olá, gente...
Gostaria de compartilhar com vocês o texto abaixo da autoria de Renato Carvalho, o que considero importante e impertinente.

Carta à minha filha: Não deixe que a escola te ensine.

“Clarice querida,

O mundo está mudando rápido. Bem mais rápido que as nossas escolas. Há tantas delas que ainda não perceberam que este mundo internético em que hoje vivemos é radicalmente diferente do mundo desconectado de algumas poucas décadas atrás e que nossa Educação agora pode e precisa ser muito melhor.


Mas é preciso querer ver a necessidade de mudar, e isso demora. Por mais que eu esteja otimista, não acho que os anos que te restam na escola sejam tempo suficiente para essa onda de renovação se espalhar pelo Brasil e chegar à tua sala-de-aula.

Vai ser por pouco… Você é parte da última geração de alunos da escola do passado. Ou seja, alunos de um modelo de educação igualzinho ao que eu tive, e que também foi o mesmo dos teus avós, teus bisavós, teus trisavós…

Mas se não dá para evitar que as manhãs da tua infância sejam gastas em aulas chatas e desestimulantes, você pode pelo menos ficar alerta aos defeitos desse modelo. Assim, enquanto você aproveita o que a escola pode te oferecer de bom, vai conseguir impedir que ela te ensine algumas coisas que a mim custaram muitos anos para desaprender.

Não deixe que a escola te ensine que conhecimentos podem ser compartimentados, separados em caixinhas, isolados uns dos outros.
Na escola do passado, a matemática acaba quando começa a física e a geografia acaba quando começa a história. No mundo, há biologia no esporte, matemática na música, história na literatura, gramática na programação de computadores… Por isso, depois de ver algo de perto, dê sempre um passo para trás, perceba as relações, enxergue o todo.

Não deixe que a escola te ensine que alguns conhecimentos são mais importantes que outros.
Na escola do passado, para cada aula de artes há duas de geografia e para cada uma de geografia há duas de matemática. Música, artes plásticas, esportes, religião, filosofia são tratados como matérias de “segundo time”. Quantos grandes artistas e esportistas foram vistos como maus alunos e forçados a abandonar seus talentos porque o conhecimento que lhes interessava não era o mesmo que interessava à escola! Persiga teus interesses mesmo que eles não interessem a mais ninguém.

Não deixe que a escola te ensine que há um momento específico para aprender cada coisa.
Na escola do passado, quem não consegue acompanhar a turma é tido como um fracassado e quem quer avançar mais rápido é freado, impedido. Ela exige que todos aprendam o mesmo ao mesmo tempo. Mas as pessoas não são todas iguais. Você pode ter mais facilidade que os colegas em um determinado assunto e menos em outro. Não deixe que te empurrem nem que te segurem. Respeite teu próprio ritmo de aprendizado.

Não deixe que a escola te ensine a decorar.
Ao contrário, esqueça tudo que puder. O homem dominou o planeta porque foi capaz de fabricar ferramentas que estenderam os limites das nossas mãos e pés. Agora, fomos ainda mais além e fabricamos ferramentas que estendem os limites do nosso cérebro. Não precisamos mais desperdiça-lo usando-o como um depósito de nomes, datas e fórmulas; hoje podemos aproveitar todo o potencial dele para analisar, criticar e refletir o mundo de informações que podemos acessar com um clique. A Internet é o teu HD, o cérebro é o teu processador.

Não deixe que a escola te ensine a te contentar com pouco.
Na escola do passado, as consequências de tirar nota 10 ou nota 7 são as mesmas. O aluno excelente passa de ano da mesma forma que o mediano, com, no máximo, um elogio da professora. Assim, aos poucos os alunos vão ficando satisfeitos em “passar por média”. Nunca fique contente com a média. Dê teu melhor sempre, em tudo o que fizer (inclusive nesses poucos anos que ainda te restam na escola do passado). No mundo, ao contrário da escola, a excelência faz muita diferença.


Não deixe que a escola te ensine a acreditar que ela é suficiente.
A escola do passado lamentavelmente abdicou da missão de preparar os alunos para o futuro e se limita a tentar prepará-los para o vestibular ou o ENEM. Mas a tua vida produtiva começa exatamente depois desse ponto e para ser bem sucedida nela você precisará de muito mais do que ciências, matemática, português, história e geografia. 

O futuro vai exigir que você tenha uma boa noção dos teus direitos e deveres para cumprir teu papel de cidadã, conheça um pouco de economia para saber gerenciar teu dinheiro, aprenda sobre empreendedorismo para fazer tuas ideias virarem realidade, tenha consciência global para compreender teu lugar no mundo, domine a Internet enquanto ferramenta de comunicação e muito mais. Há muitos conhecimentos que não estão na escola. Procure-os onde estiverem.

Não deixe que a escola te ensine que provas são capazes de medir a tua capacidade e inteligência.
A história está repleta de gênios que foram tidos como maus alunos. Eles eram considerados incapazes nas suas escolas porque estavam à frente delas e, portanto, não podiam ser medidos pelos seus testes. As provas da escola do passado servem para provar quem está mais adequado ao mundo do passado.

Não deixe que a escola te ensine que você não tem nada a ensinar.
Na escola do passado os alunos são separados em séries de acordo com suas faixas etárias e isso praticamente impede a interação entre idades diferentes. Colegas um pouco mais velhos têm muito a te ensinar e, o que é ainda mais importante, os mais novos têm muito a aprender contigo. E ensinar é a forma mais eficiente de aprender. Quando um professor detém o monopólio do ensino, ele te rouba inúmeras oportunidades de aprender ensinando e ensinar aprendendo.

Não deixe que a escola te ensine que errar é ruim.
Provas fazem isso o tempo todo, sem que os alunos percebam. Do jeito que são feitas, elas servem apenas para apontar e punir nossos erros e desperdiçam a oportunidade de nos ajudar a aprender com eles. O resultado é que aos poucos vamos nos acostumando a não arriscar e a evitar erros a todo custo. Não há nada pior para o aprendizado do que o medo de errar. Erre! Erre de novo! Erre à vontade. Erre quantas vezes forem necessárias até acertar.


Não deixe que a escola te ensine a ser apenas consumidora de ideias.
A escola do passado se limita a ruminar as ideias dos outros. Diariamente, aula após aula, os alunos mastigam, engolem e digerem um enorme cardápio de informações. Não há nenhum espaço para que eles gerem conhecimento, produzam pensamentos, criem ideias, somem. 

Os alunos são tratados como se fossem incapazes disso e logo se convencem dessa incapacidade. O mundo do futuro é o mundo da troca. Nele, os bem sucedidos não serão os que forem capazes de acumular mais ideias, mas os que forem capazes de distribuir mais. Escreva, desenhe, cante, dance, filme, blogue, fotografe, pinte e borde. Crie, produza, pense, gere, compartilhe.

E o mais importante de tudo, minha filha: não deixe que a escola te ensine que aprender é a mesma coisa que ser ensinado.
Toda criança nasce uma esponjinha de conhecimento ávida para absorver os comos e os porquês de tudo que vê. Essa curiosidade sem fim, essa fome de aprender costuma durar até o exato momento em que ela passa pela porta da sala de aula da primeira série da escola do passado. 

É nesse momento que as crianças são convencidas que aprender não é experimentar, sentir e sujar as mãos de terra ou tinta, como faziam até agora, mas sim sentar silenciosamente em cadeiras alinhadas e ser ensinado por um professor que é o dono de todo o saber e que decide sozinho a hora de começar e de parar de estudar cada assunto.

O aprendizado não vem mais da interação da própria criança com o objeto que ela está conhecendo. Agora, ele é “transferido”. A criança não faz mais perguntas, ouve respostas. A busca do conhecimento não começa mais nas interrogações dos alunos, mas nas afirmações do professor; o estudo não mais se inicia na curiosidade, mas na autoridade. A criança não está mais no comando do seu aprendizado, ela não é mais um sujeito ativo no ato de aprender, é um sujeito passivo do ato de ensinar do professor. 

Em resumo, a criança não mais aprende, é ensinada. Não abra mão da direção da tua vida. Viver é aprender e você tem autonomia (ou seja, a liberdade e a responsabilidade) para decidir o que aprender e, portanto, como viver. Não a ceda a ninguém.

Se você conseguir impedir a escola de te ensinar essas coisas, vai acabar descobrindo que vida escolar é diferente de vida de aprendizado. E então, terá a vida inteira para desfrutar dessa incrível Era do Conhecimento que está apenas começando.
Te amo.
Teu pai.”


Postado por Michel Assali

13 maio, 2014

Teoria U - Um caminho para a inovação e liderança


Olá, gente...

A teoria U propõe uma nova maneira de lidar com a realidade que está surgindo. Conhecida como uma tecnologia social, sua intenção é preparar os líderes para os tantos desafios que começam a aparecer e envolvem o bem-estar do planeta e das futuras gerações.
Segundo o autor Otto Scharmer, professor do MIT – Massachussets Institute of Technology, as soluções para os novos desafios já estão dentro de cada um de nós, mas precisamos abrir nosso coração para nos darmos conta delas e as colocarmos em prática, desafiando, inclusive, o que nos era dado como certo até então.

As mudanças devem envolver atitudes, formas de consciência social e meios de cooperação.
"Num nível pessoal, a Teoria U ajuda as pessoas a acessarem o que há de mais autêntico em si. E isso pode ser expandido para o nível das organizações. Ficamos mais conscientes das experiências de liderança que estamos tendo em nossas vidas e podemos compartilhá-las", diz Otto.

Ele observa que praticamente todas as organizações nas mais diversas partes do mundo enfrentam as mesmas dificuldades: a de colocar juntas todas as questões importantes e trabalhar com todas de maneira interligada – como um ecossistema – e a de fazer a transição de um aprofundamento individual para o diálogo, e do diálogo para a busca de soluções criativas. "A Teoria U nos ajuda a lidar com esses desafios de liderança".

Sua metodologia consiste em se aprofundar e se abrir para algumas questões, se conectar com a realidade de uma maneira mais profunda, com inteligência e um desejo verdadeiro de transformação e, a partir disso, emergir com transformações. Esse movimento se assemelha ao desenho da letra U, daí o título do livro.

Otto atribuiu o sucesso de sua publicação ao fato de que os desafios que enfrentamos hoje não poderão ser resolvidos com as soluções convencionais que tínhamos até agora, sendo necessário apostar na colaboração entre diferentes atores. "Os problemas serão resolvidos por pessoas reais e não por processos", afirma.

A Teoria U já é utilizada no Brasil pelo Instituto Ethos, no Grupo de Referência de Empresas em Sustentabilidade, e por empresas como Petrobras e Grupo Santander.

 Fonte: Planeta sustentável.abril.com.br

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Postado por Michel Assali

07 maio, 2014

Gestão e mudanças


Olá, gente...

Qualquer que seja a instituição, pública ou privada, tem exigido dos seus funcionários ou colaboradores ações e atitudes inovadoras que produzam as mudanças necessárias ou muitas vezes, sonhadas, por que não?
Entretanto, nesse sentido, o campo das ideias é sempre mais fértil que o campo das ações. É exatamente no ponto distal entre ideia e ação se faz necessária a presença da gestão, quer seja pública ou privada.
Cabe ao gestor a difícil tarefa de envolver as análises, reflexões e contextualização desses princípios, visando reduzir a distância idéia-ação criando espaços favoráveis para as mudanças necessárias.
Embora seja tarefa difícil, porém não impossível, exige do gestor muito estudo e conhecimento para que tais situações aconteçam, tendo em vista as resistências das pessoas e dos sistemas às mudanças.
Para isso, alguns princípios devem ser analisados pelo gestor interessado no assunto, tais como:

1-    Visão:
Conhecer muito bem o terreno em que pisa, seu passado, os indicadores relevantes sobre o problema e a mudanças a serem implementadas para chegar onde quer.

2- Habilidades
Ter clareza e condições técnicas para criar uma equipe que dê conta de elaborar e implementar um projeto e um plano de trabalho contemplando todas as etapas necessárias às mudanças pretendidas.

3- Incentivos
Processos complexos de mudanças requerem incentivos adequados. É necessário motivar todos que estão envolvidos e que poderão influenciar no ritmo do processo de mudança. Promover um ambiente incentivador é característica dos grandes líderes. A falta de incentivos provoca lentidão da mudança.

4 - Recursos

Toda mudança exige recursos. Caso contrário corre-se o risco de ficar no campo das idéias. Os recursos podem ser humanos, tecnológicos ou financeiros. “De nada adianta termos visão do que queremos, habilidades necessárias para promover as mudanças, estarmos altamente incentivados, mas nos faltarem os recursos necessários. Entrar em processo de mudança sem ter os recursos fundamentais gera frustração e impede o alcance do objetivo.

5- Plano de Ações
Se pequenas mudanças exigem minimamente um plano, as mudanças mais complexas exigem um planejamento mais cuidadoso, bem elaborado e bem executado. Um Plano de Ações implica em detalhar todas as fases da mudança, elaborar um cronograma adequado, estabelecer metas mensuráveis, acompanhamento e avaliação. Sem um bom plano, corre-se o risco de desperdiçar tempo e não chegar a lugar nenhum.


                  GESTÃO DE MUDANÇAS - RESUMO

- VISÃO + HABILIDADES + INCENTIVOS + RECURSOS + PLANO DE AÇÕES = MUDANÇA

- FALTA DE VISÃO+ HABILIDADES + INCENTIVOS + RECURSOS + PLANO DE AÇÕES = CONFUSÃO.

- VISÃO + FALTA DE HABILIDADES + INCENTIVOS + RECURSOS + PLANO DE AÇÕES = ANSIEDADE

- VISÃO + HABILIDADES + FALTA DE INCENTIVOS + RECURSOS + PLANO DE AÇÕES = LENTIDÃO

- VISÃO + HABILIDADES + INCENTIVOS + FALTA DE RECURSOS + PLANO DE AÇÕES = FRUSTRAÇÃO

- VISÃO + HABILIDADES + INCENTIVOS + RECURSOS + FALTA DE PLANO DE AÇÕES = FALSO COMEÇO

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Postado por Michel Assali
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