EDUCADORES

30 novembro, 2011

Conselho de Classe e Série: espaço e tempo de avaliação e tomada de decisões



Olá, gente...

Final de ano letivo requer dos educadores predisposição pegagógica para o encaminhamento dos trabalhos de encerramento e diversas tomadas de decisões tendo em vista o processo da avaliação escolar.
A avaliação, enquanto processo referencial, interativo e formativo, deve ser compreendida como uma ação capaz de fornecer informações precisas e qualitativas sobre os processos de aprendizagem, visando produzir tomadas de decisões que se traduzam em ações conjuntas para a melhoria da aprendizagem e do desenvolvimento das potencialidades do aluno.

O Conselho de Classe, Série e Termo, que ocorre ao final de cada bimestre ou trimestre, tem como objetivo realizar a análise do processo ensino-aprendizagem, levantando hipóteses sobre a situação individual e coletiva do desempenho dos alunos. Deve ser visto como um meio, uma ferramenta, um indicador das dificuldades e avanços dos alunos, bem como um instrumento para avaliar a eficácia e eficiência dos planos de ensino e do trabalho docente.

Neste sentido, a participação de todos os docentes no referido Conselho é fundamental para que se possam realizar as intervenções necessárias e imediatas, oferecendo-se todas as possibilidades para que a aprendizagem ocorra, tendo em vista o sucesso do aluno.

A participação da equipe docente, liderada pelos gestores da escola, não tem apenas caráter legal uma vez que possibilita ao desenvolvimento de responsabilidades para com o processo, pois favorece:

- a postura do educador frente ao processo ensino-aprendizagem;
- a coerência entre prática pedagógica e a proposta da escola ;
- aproximação e melhor relacionamento entre professor e aluno ;

- a coerência entre critérios de avaliação adotados pelos diferentes professores;

- as intervenções necessárias nos aspectos relacionados à recuperação contínua, reforço ou atividades diversificadas visando a superação das dificuldades de aprendizagem.

- levantamento de grupos de alunos, para encaminhamentos ao reforço e atendimento especial do professor na recuperação contínua ou recuperação paralela;

- acompanhamento de todo o processo ensino-aprendizagem pela coordenação pedagógica para atuação imediata, orientando o professor sobre sua didática, metodologia e critérios de avaliação.

Após o Conselho, os dados coletados devem ser traduzidos em representações gráficas, relatórios de acompanhamento, tendo em vista o planejamento da etapa ou ano letivo seguinte, de forma a permitir uma visão geral dos resultados, para redirecionamento da ação e intervenção pedagógica.

Esse procedimento de análise permite que a equipe escolar se auto-avalie, elabore propostas alternativas e priorize ações, para que todos tenham oportunidade de aprender, garantindo o direito do aluno a um ensino de qualidade e o cumprimento da Proposta Pedagógica.

"A ética só é eficaz quando criamos condições para que as identidades se construam pelo desenvolvimento da sensibilidade e pelo reconhecimento do direito à igualdade." (Parecer CEB l5/98. Mello).
Deixe seus comentários!
Postado por Michel Assali

17 novembro, 2011

EaD e as novas tecnologias (I)


É inegável que as novas tecnologias da informação e comunicação potencializaram a Educação à Distância (EaD), propiciando um conjunto de recursos favoráveis ao crescimento dessa modalidade de ensino.


Jamais na história mundial houve tanta comunicação escrita e oral entre pessoas que habitam espaços distantes e diferenciados e que nunca tiveram contato presencial.

Estas novas ferramentas, integradas nas tecnologias de comunicação já existentes, abriram inúmeras oportunidades de fazermos parte de grupos, comunidades e salas de aula virtuais.

A possibilidade de interação neste aspecto se dá por meio dos ambientes virtuais de aprendizagem que ao serem bem desenhados, estruturados, avaliados e subsidiados por equipes especializadas, podem desenvolver um educação a distância de excelente qualidade.

A interação no ciberespaço permite desenvolver diversas habilidades necessárias à formação de competências básicas para a formação do aluno no ensino superior e atender ao desenvolvimento individual e às exigências das demandas profissionais do mercado.

Neste aspecto, as tecnologias digitais têm um duplo papel: propiciam trocas em múltiplas direções e, ao mesmo tempo, lançam novidades que desafiam constantemente os grupos a analisar e explorar as possibilidades abertas por elas, auxiliando na tomada de consciência de que se está em um processo de aprendizagem constante e sempre inacabado.

Neste sentido, a diversidade de ferramentas que a internet disponibiliza e a forma de como a informação é distribuída e entregue aos participantes da EaD, favorecem uma mudança de paradigmas no ensino e aprendizagem, por caminhos nunca antes percorridos, possibilitando uma viam de mão dupla entre os processos cognitivos individuais e coletivos, promovendo a autonomia, seleção e organização de um novo jeito de aprender.

Ao contrário do que alguns críticos vêem nessa modalidade de ensino, as formas de aprender pela EaD, se aproximam cada vez mais da forma como os seres humanos interagem e constroem sua inteligência e seu desenvolvimento cognitivo, não diferindo das princípios e concepções de educação da LDB 9394/96.

Postado por Michel Assali

10 novembro, 2011

Ensino a distância e interação (II)

  
   Considerando que os maiores desafios da EAD consistem em “aproximar” os alunos para que se sintam incluídos e pertencentes a um grupo de estudos ou de trabalho, as novas tecnologias da informação e comunicação possibilitaram aprofundamento de estudos e pesquisas visando criar ambientes virtuais de aprendizagem que pudessem substituir ou compensar as “distâncias” e gerar aprendizagens.
   As preocupações com um planejamento que estruture uma seqüência didática e a previsão de recursos materiais e tecnológicos, que possam facilitar e estreitar os processos de interação e diálogo com o aluno, compõe aspectos fundamentais para o sucesso do EAD.
   Neste sentido, as novas tecnologias mediadas principalmente pelo uso computador e internet podem proporcionar a criação da Aprendizagem Colaborativa Apoiada por Computador (ACAC), tendo em vista a quantidade de ferramentas que favorecem o sentimento de pertinência a um grupo de estudos, por conseguinte à vinculação de atividades colaborativas.
   Tendo por fundamentação teórica as concepções de aprendizagem baseadas no construtivismo de Piaget e no sócio interacionismo de Wygostsky, a EAD pode atingir plenamente os objetivos da aprendizagem, uma vez que bem planejados, estruturados e avaliados.
   As novas tecnologias permitem o emprego de diversas ferramentas que agregam tanto os meios de comunicação clássicos como os meios de comunicação em massa, uma vez que disponibilizam: textos, guias, artigos, teses, áudios, vídeos, correio eletrônico, fórum, listas de discussão, portais, site e blogs como ferramentas assíncronas, assim como, teleconferências, videoconferências, chats, etc., como ferramentas síncronas.
   A organização e disponibilidade dessas ferramentas possibilitam desenvolver no ambiente virtual de aprendizagem um espaço que dialogue com o aluno facilitando a interação e dando suporte à construção eficaz de sua aprendizagem.
   Portanto a construção de um ambiente virtual de aprendizagem deve levar em conta aspectos para o desenvolvimento de habilidades cognitivas e não cognitivas, fazendo com que o aluno seja constantemente desafiado, interessado e nunca se sinta isolado.
   É inegável a grande contribuição das novas tecnologias para a EAD, se constituindo como uma modalidade perfeita e suficiente para gerar conhecimento e aprendizagem. Porém, por si somente não terão tanta eficácia e eficiência para provocar, motivar à aprendizagem.
   A figura do professor, tutor, mediador, torna-se fundamental para completar o processo e aprimorar os resultados, promovendo a interação e o trabalho colaborativo. Analogamente a um ”técnico de time de futebol”, o professor tutor, mediador, tem papel fundamental, estimulando, provocando, intervindo e facilitando a comunicação entre os envolvidos nos processos interativos síncronos e assíncronos dos ambientes virtuais de aprendizagem.
   Nesse sentido, a moderação, o planejamento, os materiais didáticos e as ferramentas do AVA, tendem a produzir um ambiente de estudo prazeroso, instigador, interativo e colaborativo, onde todos ganham e todos aprendem.

Deixe seu comentário!
Postado por Michel Assali

07 novembro, 2011

As competências para ensinar


Segundo Philippe Perrenoud (2000), os professores precisam de novas competências para atuar, de maneira que os objetivos da Educação corporativa sejam atingidos e as quatro aprendizagens essenciais para os profissionais do século XXI se realizam:

- aprender a conhecer
- aprender a fazer
- aprender a conviver
- aprender a ser
Competências dos professores:

Competência é a capacidade de mobilizar diversos recursos cognitivos para enfrentar um tipo de situações; é a habilidade de organizar os recursos cognitivos em uma prática. A competência constrói-se, em formação e no cotidiano escolar do professor:

1) Organizar, planejar e criar outros tipos de situações de aprendizagem, que solicitem um método de pesquisa, de identificação e de resolução de problemas.

2) Administrar a progressão das aprendizagens e situações ajustadas às dificuldades dos alunos. Elas devem ser concretas e ter um nível de dificuldade próximo à zona de desenvolvimento dos alunos.

3) Propor e desenvolver dispositivos de análise sobre o trabalho com a diferenciação nos momentos de aprendizagem de alunos com vários níveis em uma turma.

4) Envolver os alunos em suas aprendizagens e em seu trabalho. Ajudar o aluno a desenvolver o desejo de aprender; incentivar a decisão de aprender continuamente e a capacidade de auto-avaliação dos alunos.

5) Trabalhar em equipe tendo em vista ao envolvimento com um trabalho pedagógico contínuo, visando atender um projeto comum.

6) Participação na administração da escola, adesão contínua dos professores e sua preparação nos novos saberes, partindo do interesse pela comunidade educativa da instituição.

7) Relacionamento e parceria com a comunidade, no sentido de informar e envolver os pais.

8) Utilizar as novas tecnologias em aula de maneira crítica, de acordo com os objetivos propostos, como mais um recurso na aprendizagem dos alunos, exigindo do professor uma cultura básica em informática e outras tecnologias.

9) Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão, intervindo rapidamente em situações de violência, bullyng, preconceitos, discriminações de quaisquer tipos e formas.

10) Administrar e se envolver com sua própria formação contínua. Estabelecer seu próprio balanço de competências e seu programa de formação continuada.

Sobre o livro:
As Competências para Ensinar no Século XXI reúne textos que apoiaram um seminário em quatro cidades brasileiras, o qual teve a participação de Philippe Perrenoud e Mônica Gather Thurler, ambos professores de Ensino e Pesquisa na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Genebra. Alguns pesquisadores brasileiros também participaram das conferências e contribuíram para o livro. Os autores apresentam maneiras de orientar o trabalho didático para desenvolver as competências na nova escola, dando ênfase à ideia da atividade e do uso dos conceitos em situações significativas e contra uma didática baseada apenas na recepção passiva de informações. Esse livro certamente vai esclarecer muito o conceito de desenvolvimento de competências, tão importante para a formação de professores do século XXI.

Postado por Michel Assali

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...