Olá, gente...
É cada vez mais presente nas
discussões educacionais o tema “personalização da aprendizagem”. O tema vem ocupando
espaços nos meios acadêmicos e em artigos de revistas especializadas e jornais.
Recentemente o caderno Ilustríssima da Folha de São Paulo (15/03/15) publicou duas
páginas sobre o assunto. O texto apontou para a tendência de personalizar cada
vez mais a aprendizagem com objetivos de desenvolver competências emocionais
nos alunos e sua importância na formação da cidadania e o sucesso profissional.
A aprendizagem personalizada vem
sendo considerada por muitos autores como uma grande e possível possibilidade
para a transformação da educação, uma vez que atende diretamente o aluno na
etapa da aprendizagem em que se encontra para, em seguida, ajudá-los a desenvolverem
competências cognitivas e emocionais. A ênfase consiste em favorecer o próprio
estudante a descobrir seus reais interesses através de desafios, situações
problema, elaboração de projetos, etc., visando o desenvolvimento de
habilidades e competências emocionais tanto individuais quanto coletivas.
Para melhor compreender um pouco
melhor o conceito de “aprendizagem personalizada” convém compará-lo com outros
conceitos relacionados com o tema:
Aprendizagem individualizada envolve a avaliação de aprendizagem,
não apenas do aspecto cognitivo, mas também do emocional. Espaço onde a
avaliação precisa ser planejada para além das formalidades de uma avaliação
tradicional somativa, que é baseada em uma sequência de provas e testes para
confirmar o que os alunos sabem e não sabem.
Aprendizagem diferenciada envolve a avaliação da aprendizagem
e do ensino e todo o processo está centrado no aluno e também no professor. Além
de um bom planejamento, envolve provas e testes que permitem aos professores a
análise das dificuldades cognitivas e emocionais e da formulação de propostas de
intervenções para promover a superação.
Personalização da aprendizagem envolve ainda conceber a
avaliação como parte do processo de aprendizagem, visando o aperfeiçoamento e a
autonomia, ou seja, o aprender a aprender. Este é o momento em que os
professores criam situações e metodologias
que possa envolver os alunos para
se tornarem sujeitos aprendizes, independentes que estabelecem suas metas,
monitoram seus progressos e refletem sobre a aprendizagem.
Nesse sentido as tecnologias da informação e
comunicação (TIC) tornam-se também, ferramentas poderosas contribuindo para o
aperfeiçoamento da mediação do trabalho docente favorecendo a transformação da
sala de aula e da relação professor- aluno.
Porém, diante de tantos artigos e
matérias sobre o tema, e principalmente quanto à conceituação dada à
aprendizagem personalizada, algumas indagações são imprescindíveis para o
contexto escolar brasileiro:
- Como é possível desenvolver
esse trabalho sabendo-se que um professor do ensino fundamental ou médio pode
ter até 200 alunos?
- Como podemos viabilizar esse
trabalho, dentro da diversidade socioeconômica dos alunos e a estrutura técnica
e humana da escola?
- Que modelo de sala de aula
deverá ser implementado para a transformação educacional?
Você tem outras indagações sobre
o tema?
Se você tiver alguma
contribuição, crítica ou sugestão encaminhe!
Postado por Michel Assali
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