EDUCADORES

09 março, 2015

Crítica: remédio ou veneno?


Olá, gente...

Quando penso em qualidades de liderança, a determinação estará sempre no topo da lista. A capacidade de agir rapidamente em determinadas situações é essencial.
Porém as decisões se tornam muito mais rápidas quando se trata de realizar uma crítica que, convenhamos, é muito mais fácil fazer que o mais simples elogio.
Tente colocar na balança do seu cotidiano as críticas e elogios. Verá com certeza que o “peso” das críticas no prato da balança é consideravelmente maior que o prato dos elogios.

Você certamente já ouviu falar dos fortes remédios rotulados com a temível “tarja preta”.  Se não forem administrados com cuidado e com a dose certa, se transformam no pior dos venenos, podendo acarretar até a “morte” do paciente.
Com a crítica, é a mesma coisa. Caso não seja utilizada com precaução, pode aniquilar a motivação, provocar o desânimo e a destruição da inovação e qualidade do trabalho.

E não venham com a história de “crítica construtiva”. Isso não existe na prática e é usada como uma boa desculpa por muita gente que não tem participação efetiva ou desconhece outras formas de avaliar projetos e ações.

Considerando uma sociedade em que ninguém gosta de receber crítica, se esta não for usada com determinados cuidados sem considerar os princípios da gestão, com toda certeza será sempre “destrutiva”.
Portanto faze-se necessário tomar alguns cuidados evitando diagnósticos ou julgamentos precipitados e inadequados

Identificar o que há de errado com uma situação é absolutamente necessário em qualquer instituição e em nossas próprias vidas. Mas, se formos demasiado afoitos sem uma boa análise e visão do todo e de sua relação com as partes, corremos o risco de julgar mal e prejudicar as pessoas. Uma análise mais ampla da situação é fundamental para evitar equívocos.

Um gestor líder certamente terá que enfrentar diversas críticas por mais que se esforce em fazer tudo de forma correta. Da mesma forma que ao ministrar críticas temos que tomar cuidados, receber uma crítica requer aprendizagem para discernir com inteligência se estas são pertinentes ou não ano nosso trabalho. E enxergar isso não é nada fácil. Requer conhecimentos e práticas que podem ser perfeitamente aprendidos para serem superados.

Todos nós somos passíveis de falhas e erros. E muitas vezes, por estarmos tão familiarizados com os nossos próprios problemas que inconscientemente, temos tendência a transferir aos outros tais situações. Acabamos enxergando nas pessoas nossas próprias dificuldades e procuramos, logicamente corrigi-los “nos outros” com a crítica.

Quando chega até o gestor uma reclamação, denúncia ou um trabalho que não atendeu a expectativa é muito comum termos a vontade de reagir com rapidez, situação desejável aos cobradores de providências imediatas. É aí que mora o perigo dos julgamentos e das críticas “venenosas”.
Nesse momento é fundamental a calma para análises visando a melhor decisão.

Convém fazer algumas perguntas silenciosas sobre o problema antes de aplicar o “remédio”.
- Sabemos todos os detalhes relevantes?  - Sabemos dos motivos explícitos e implícitos do ocorrido? E outras perguntas que se fizerem necessárias.

Tecer julgamentos com informações incompletas é contraproducente com alto potencial de destruição. Antes de fazer um movimento, devemos ter certeza de que temos informações suficientes e fidedignas. Se as circunstâncias nos obrigam a decidir sem todos os detalhes, devemos ser humildes, abertos à correção e pronto para mudar de opinião.

O julgamento precipitado, invariavelmente traz como consequência o arrependimento e, por conseguinte, a forma de organizar a desculpa. E desculpa, gente é como o airbag do automóvel. É bom ter, mas é melhor que não precise nunca ser utilizado.

Lembre-se, portanto: A crítica é um poderoso remédio que deve-ser usado na dose certa, caso contrário poderá se transformar no mais forte dos venenos.

Vejam vocês que o papel da gestão é fundamental no processo e desenvolvimento da instituição, porém requer constante aprendizagem e aperfeiçoamento  dos conhecimentos e práticas de liderança.

Você já julgou alguém incorretamente e se arrependeu?

Fez ou sofreu críticas como remédio ou como veneno?

Encaminhe seus comentários.


Postado por Michel Assali (de Docência Inquieta

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