Olá, gente...
Considerando a heterogeneidade da composição dos alunos de uma sala de aula na contemporaneidade onde a prevalências da inclusão e do trabalho coletivo pressupõe mudanças paradigmáticas educacionais, a análise do recurso de agrupamentos, merece atenção por parte dos educadores.
Considerando a heterogeneidade da composição dos alunos de uma sala de aula na contemporaneidade onde a prevalências da inclusão e do trabalho coletivo pressupõe mudanças paradigmáticas educacionais, a análise do recurso de agrupamentos, merece atenção por parte dos educadores.
Os professores já identificam os
benefícios do uso de projetos de aprendizagem colaborativos e reconhecem a importância do desenvolvimento
e construção das habilidades de convivência e cooperação. Os argumentos
para o trabalho em grupo são consistentes e indicados pelos diversas concepções
e filosofias educacionais. As possibilidades de trocas, confrontos, desafios,
etc., mobilizam habilidades em direção ao convívio, desenvolvendo autoestima e
construção de atitudes de altruísmo.
A heterogeneidade pode ser salutar e
enriquecedora para aperfeiçoar a aprendizagem com bases nas principais teorias
de como crianças e jovens se relacionam, apropriam e constroem seus
conhecimentos. O agrupamento contribui de forma significativa para construir
relações pessoais e interpessoais na medida em que cada aluno contribui com o grupo
sob a supervisão e intervenção do professor.
No entanto, um dos grandes
desafios enfrentado por muitos professores consiste em descobrir como um
agrupar alunos de forma que o trabalho coletivo resulte em aprendizagem eficaz
para todos os integrantes. Alguns professores evitam os agrupamentos por não acreditar
em resultados positivos por conta da grande dispersão da atenção e perda de
foco.
Isso possibilita alguns
questionamentos interessantes.
Todo agrupamento de alunos é
necessariamente produtivo? Que fatores devem ser levados em conta para que o
agrupamento resulte em sucesso? Em que momentos o agrupamento é recurso
didático eficaz?
É preciso repensar e entender as relações pedagógicas
e interpessoais que possam ocorrer dentro do grupo, para que o professor possa
aproveitar eficazmente dos agrupamentos.
Para tanto, convém considerar algumas
indagações sobre o assunto que possam contribuir nas reflexões:
1- Para agrupamentos externos é
considerado a distância e o acesso a materiais didáticos e ferramentas virtuais
aos integrantes?
2- Os alunos têm como se
encontrar fora do horário das aulas, na escola ou fora da escola para a
realização das atividades propostas?
3- Os alunos estão agrupados de
forma homogênea ou heterogênea de acordo com suas capacidades? Têm condições de superar as diferenças? Os
mais fracos terão condições de acompanhar os trabalhos com os mais fortes?
4- Os agrupamentos são os mesmos
entre as diferentes disciplinas ou professores?
Um aluno pode estar em agrupamentos diferentes, simultaneamente? Os
agrupamentos são os mesmos para o ano todo ou variam ao longo do ano?
5- Os agrupamentos atendem a
interesses comuns dos alunos? Atendem aos objetivos gerais ou específicos do
conteúdo conceitual ou procedimental?
6- Os alunos estão agrupados com
objetivos de desenvolver uma ou mais habilidades específicas?
7- Os grupos são criados
aleatoriamente? São escolhidos e organizados pelo professor? Qual a quantidade
de integrantes? Usa o mesmo critério de agrupamento?
8-Utiliza o trabalho em grupo por
puro “modismo”? Por força dos superiores? Para resolver conflitos de
relacionamento entre alunos?
9- O trabalho em grupos é
acompanhado sistematicamente? Existe um plano ou planilha ou cronograma para as
etapas de entrega?
É preciso estar alerta e aberto
para organizar e modificar os grupos de acordo com o plano das aulas, sem
perder em vista a importância do trabalho individual. Leituras, pesquisas e
discussões a respeito do assunto, irão fortalecer a concepção para a
organização de agrupamentos realmente produtivos e eficazes de aprendizagem.
Tem mais alguma sugestão ou contribuição
sobre o assunto? Encaminhe!
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Postado por Michel Assali
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