EDUCADORES

21 dezembro, 2018


Que o Natal lhe traga a reflexão necessária para acreditar na esperança de uma vida repleta de alegrias, muita saúde e prosperidade. Acredite!

                      Feliz Natal!

22 outubro, 2018

Situações em que as provas podem sabotar o trabalho do professor



Olá, gente...


Pedagogicamente, o objetivo da avaliação é fornecer um conjunto de dados que contribuam para a contínua revisão do planejamento educacional. Ou seja, verificar se o planejamento estabelecido está atingindo os objetivos propostos, e ou, a necessidade de corrigir e ajustar aspectos do mesmo.

Considerando que a prova seja uma coleta e a análise de dados sejam situações passíveis de imperfeições, os cuidados com o processo devem ser redobrados para que o professor possa agir coerentemente com o sua proposta de ensino.
Sabemos que essa tarefa não é tão fácil assim.

Há que se considerar uma série de variáveis como, a rotina do trabalho, a carga horária diária, os compromissos familiares e sociais, etc., que podem esgotar física e mentalmente o professor e sabotar seu trabalho.

Portanto, os cuidados com a coleta, análise e interpretação dos dados para a avaliação, prescindem de um bom plano, atenção e trabalho docente colaborativo, para a uma proposição de intervenções adequadas e eficazes.

Foram selecionados abaixo, alguns aspectos da prática avaliativa que podem sabotar o processo educativo.

Vejamos:

1-    Instrumentos de coleta de dados ruins
Provas escritas, objetivas ou dissertativas, projetos, etc., com baixa capacidade em revelar o que o aluno entende sobre o conteúdo ou que habilidades relevantes foram desenvolvidas. Se um percentual considerável não sai bem num determinada prova, cabe uma revisão do instrumento aplicado ou do trabalho docente realizado.

2-    As análises e inferências baseadas nos dados são errôneas ou “pobres”.
Mesmo com um instrumento bem elaborado, se a análise e interpretação dos resultados obtidos não sejam baseadas por teorias pedagógicas de aprendizagem e o próprio planejamento, os dados terão pouca ou nenhuma utilidade para a avaliação. O resultado será sempre desastroso, camuflando muitas vezes as reais necessidades e prejudicando as intervenções adequadas.

3-    Tempo demais entre uma coleta (prova) e outra.
Acompanhar a aprendizagem exige o uso de instrumentos de coleta que possam ser aplicados num menor espaço de tempo. Esperar um bimestre ou um trimestre para emitir um parecer sobre o desempenho do aluno pode prejudicar o acompanhamento do processo e prejudicar as intervenções para corrigir dificuldades.  Em um clima de avaliação contínua, cada prova um (teste,  mapa conceitual, desenho, conversa, observação, etc) oferece uma “foto instantânea” do que o aluno parece ou está entendendo.  Mas se essas avaliações são pouco frequentes, as oportunidades para demonstrar o progresso e domínio são limitadas. Quanto mais frequente a avaliação, maior a possibilidade superação de dificuldades,  melhor qualidade de ensino. 

4-    Instrumentos (provas) fora de época.
Uma prova correta no momento errado é avaliação errada. Em um ambiente ideal, a prova deverá atender ao conteúdo certo no momento certo,
Este é um desafio em um ambiente de escola pública onde os professores atuam com uma carga horária esmagadora, inviabilizando uma frequência de elaboração de instrumentos, considerando que a preparação de qualquer prova exige tempo e dedicação fora do expediente escolar.

5-    Pouca exigência de profundidade do conhecimento.
Cuidar para que o instrumento aplicado não seja superficial demais, mas exigir também do aluno, níveis elevados de conhecimentos, respeitando, logicamente, suas individualidades.

6-    Critérios e dados exclusivos do professor.
É de fundamental importância compartilhar e discutir os critérios de avaliação, as formas de coleta dos dados e análise dos mesmos, com os colegas de trabalho e superiores. Esses aspectos favorecem a crítica, a responsabilidade e a segurança do processo de avaliação do professor e da instituição escolar. Difícil?

7-    Currículo inflexível que resiste à "absorção" de dados
Se o currículo é rigoroso e obedece à uma estrutura inflexível onde o registro da nota da prova é preponderante ao processo, maiores as dificuldades para a absorção e utilização dos instrumentos de coleta de dados para uma avaliação coerente. Convém rever tais conceitos da instituição. 

8-    Excesso de dados. 
Os extremos serão sempre inadequados. O excesso de dados pode levar ao “afogamento” do trabalho docente. Provas “quilométricas”, com enunciados que pedem as mesmas habilidades e competências, com certeza, trarão mais confusão às analise dos mesmos. Imagine uma prova com 10 itens de adição para uma criança do 3º Ano. O aluno acerta cinco e erra cinco itens. Pergunta-se: O aluno sabe ou não sabe adição?
Excesso de dados é pior do que nenhum dado.

Você tem mais algum aspecto a contribuir?

Encaminhe seus comentários!


Postado por Michel Assali

21 junho, 2018

Inverno 2018


INVERNO,

Tempo da Terra,

Tempo de:
- humanos e de humanizar,
- guardar para semear,
- recarregar para carregar,
- repensar para pensar,
- silenciar para expor,
- meditar para escolher,
- se fechar para desabrochar,
- reconsiderar para conciliar,
- se recolher para escolher, acolher,
- se aquecer para amar.
Tempo humilde e maravilhoso, o inverno.
Salve o tempo da terra.    (Michel Assali)

09 maio, 2018

Formação da competência docente



Olá, gente...


Recentemente, recebi a contribuição de um artigo escrito por Ilona Becskeházy no site www.gestaoeducacional.com.br, que faço questão de compartilhar com vocês.

Por se tratar de um texto que abrange questões relacionadas com a competência docente, penso que sua leitura será provocadora para reflexões interessantes a respeito do tema.

Diz então, Ilona:

Para discutir a formação de docentes, é necessário combinar de antemão uma definição do que seja uma sala de aula competente.

No imaginário brasileiro, a sala de aula competente é um lugar onde os alunos se reúnem regularmente para, sob a coordenação de professores, engajarem-se em atividades como copiar do quadro, ouvir passivamente uma preleção e treinar algoritmos para resolver problemas.

Geralmente, os objetivos pedagógicos não são claramente compreendidos pelos alunos (às vezes nem pelos professores), o tempo é apenas parte do cenário (e não um componente do planejamento) e as atividades são propostas mesmo que não estejam diretamente relacionadas aos objetivos pedagógicos que deveriam estar conquistando. Até porque não existe um currículo detalhado e obrigatório a ser perseguido.

Por causa dessa percepção, é mais frequente que a sala de aula se pareça com uma missa, um comício, uma balada, uma sala de espera (ou de tortura), ou seja, lá o lugar onde costumamos estar apenas de corpo presente do que com um local de trabalho mental conjunto e supervisionado, onde os alunos recebem desafios pedagógicos relacionados a objetivos muito claros, que os fazem usar a cabeça na maior parte do tempo e cujo processo de aquisição das habilidades e dos conteúdos é permanentemente monitorado. Chamemos esse tipo de sala de aula de “sala de trabalho”.

Uma vez claro que o papel dos professores é fazer com que os alunos exercitem seus cérebros para aprender, seguindo uma progressão de complexidade, como a proposta pela Taxonomia de Bloom, um segundo grupo de padrões comportamentais deve ser claramente compreendido por quem sonha em ser professor e, obviamente, por quem será responsável pela formação profissional deles. Assiduidade, pontualidade, cordialidade e apresentação pessoal são corriqueiramente negligenciados e ridicularizados por quem se pretende moderno. 

Mas, sem que todos os membros de uma comunidade escolar se sujeitem a eles, não é possível institucionalizar a educação, uma escolha histórica das sociedades da era moderna.

Assiduidade é mais do que aparecer na escola todos os dias, é um compromisso moral com seus objetivos, seus pares e sua clientela.

Pontualidade não é estar na porta da sala esbaforido em cima da hora, mas começar uma aula planejada no momento combinado e terminar idem.

Cordialidade é tratar todos com a mesma atenção e com demonstrações explícitas de respeito, como olhar nos olhos, manter o tom de voz e o vocabulário afáveis, não se deixar levar por provocações dos alunos, não tomar como pessoal o que é um embate de gerações ou de grupos sociais diferentes, monitorar as dificuldades dos alunos e tratá-las de forma eficaz e acolhedora, mesmo que eles sejam “difíceis” ou “diferentes”.

E apresentação pessoal não é apenas higiene, mas um conjunto de aparências e atitudes que transmite a mensagem de respeito próprio e à nobre tarefa de educar, com a neutralidade de um profissional que está na escola para servir a todos indiscriminadamente e que, portanto, não deve tornar óbvias questões de foro íntimo, como as esportivas, religiosas ou sexuais.

Ainda sem sair do básico negligenciado, lembro que o domínio da norma culta da língua portuguesa, no escrever e no falar, é característica inerente e essencial de docentes, que devem dar o exemplo e cobrar o mesmo de seus alunos. A conjugação errada do presente do subjuntivo, a flexão errada do verbo para o pronome em segunda pessoa e “comer” os “ss” no fim dos plurais não são regionalismos, mas sim erros de português e devem ser banidos do ambiente escolar. Isso não é “violência simbólica”, é um processo educativo responsável e equitativo.

Ilona ressalta a contribuição de Schulman (Lee S. Shulman, Foundations of a New Reform Harvard Educational Review, nº 57, vol.1, February, 1987),  para listar o conjunto dos conhecimentos que os professores devem dominar para ter sucesso em seu ofício e sua missão:
- conhecimento do conteúdo e dos fundamentos teóricos de sua área (filosofia, sociologia, psicologia).
- dos objetivos pedagógicos e das atividades e estratégias para alcançá-los;
- conhecimento pedagógico de como se aprende/ensina; do perfil de cada aluno; do contexto institucional (mantenedores, comunidade etc.)

A ordem dos fatores importa e possivelmente a questão está, em parte, em termos invertido a importância de fundamentos teóricos em relação ao conhecimento do conteúdo, das formas de ensinar e do manejo de sala. Além de termos relaxado em relação às questões óbvias que valem para todos os profissionais que atuam em ambiente institucional.

O que Shulman propõe leva uma vida para se alcançar, mas pode ser usado como base para uma nova estrutura de formação docente inicial e continuada, bem como para a avaliação e a progressão funcional deles.
Talvez seja essa a singela revolução educacional que buscamos, segundo Ilona Becskeházy.

O que você achou do artigo?
Tem algum comentário? Encaminhe!


Postado por Michel Assali


12 abril, 2018

Blended Learning - Ensino Híbrido



 Olá, gente...


Atendendo aos pedidos de diversos alunos a respeito da aprendizagem  com a utilização das TICs, publico novamente o texto sobre Ensino Híbrido (Blended Learning)  que vem sendo empregado em muitas escolas americanas.

Como já havia feito essa publicação a respeito do assunto há algum tempo, decidi atualizar a postagem e compartilhar, com a finalidade de inspirar pesquisas e reflexões a respeito do tema.

Dentre as tendências para o ensino no séc. 21 com o uso das tecnologias, chama a atenção o modelo denominado Blended Learning, denominado no Brasil como Ensino Híbrido, o qual pode ser utilizado a partir dos anos finais do Ensino Fundamental e, principalmente, no Ensino Médio e no Curso Superior.

Acredito, porém que atualmente é no Curso Superior que o Ensino Híbrido teria melhor condições de se desenvolver, considerando as características e necessidades que  que esse nível de ensino possibilita, tais como maturidade dos alunos, acesso às tecnologias, etc.

Ensino híbrido (ou aprendizagem híbrida) é um modelo que combina experiências de aprendizagem digitais e presencial. O Instituto Christensen para Disruptive Innovation define o Ensino híbrido como um programa de educação formal em que um estudante aprende:

1) pelo menos em parte, através da aprendizagem on-line, com algum elemento de controle ao aluno ao longo do tempo adequando local, percurso e ritmo;
2) pelo menos em parte, em um ambiente supervisionado (longe de casa).
3) e as modalidades ao longo caminho de aprendizagem de cada aluno dentro de uma disciplina ou assunto, são conectados para fornecer uma experiência integrada de aprendizagem .

Os programas de ensino híbrido se organizam em quatro modelos básicos:
- Rotação
- Flex
- À la Carte  
- Virtual Enriquecido.

 - Modelo em Rotação - um curso ou assunto em que permite aos alunos se movimentarem em uma programação fixa ou a critério do professor entre as modalidades de aprendizagem, pelo menos, uma das quais é a aprendizagem online. Outras modalidades podem incluir atividades como pequenos grupos ou instruções em classe, projetos em grupo, aulas individuais, etc. Os alunos aprendem principalmente na escola, com exceção de todas as tarefas de casa.

O modelo de Rotação inclui quatro submodelos: Rotação em Estações, Laboratório de Rotação, Sala de Aula Invertida e Rotação Individual.

 - Rotação em Estações - um curso ou assunto em que os alunos experimentam o modelo de rotação dentro de uma sala de aula ou grupo de salas de aula. Esse modelo difere do modelo individual de rotação, porque os alunos se movimentam através de todas as estações, e não apenas naquelas com programações personalizadas.

- Laboratório de Rotação - um curso ou assunto em que os alunos se movimentam para um laboratório de informática para a estação conectadas online.

- Sala de Aula Invertida  - um curso ou conteúdo em que os alunos participam de aprendizagem on-line no lugar do tradicional trabalho de casa. Vão para a escola onde presencialmente, realizam a prática ou execução de projetos orientados pelo professor. Em resumo: a parte teórica é estudada em casa e on-line. A parte prática é realizada na escola sob a supervisão e orientação do professor.

- Rotação individual - um curso ou assunto em que cada aluno tem uma  lista individualizada e não necessariamente vá passar em todas as estações, mas naquelas em que apresentar necessidades conforme prescrição do professor. Um algoritmo ou professor (s) define horários individuais do estudante.

- Modelo Flex
O modelo Flex permite que os estudantes se movam em horários fluidos entre as atividades de aprendizagem de acordo com suas necessidades. A aprendizagem on-line é a espinha dorsal da aprendizagem do estudante em um modelo Flex. Os professores fornecem apoio e instrução numa base flexível, conforme a necessidade enquanto os estudantes trabalham através do currículo e do conteúdo do curso. Este modelo pode dar aos estudantes um alto grau de controle sobre sua aprendizagem.

- Modelo A La Carte
O modelo A La Carte permite que os estudantes façam um curso on-line com um professor online além de outros cursos presenciais, que muitas vezes proporcionam aos estudantes mais flexibilidade sobre seus horários. Os cursos La Carte podem ser uma ótima opção quando as escolas não podem oferecer oportunidades de aprendizagem específicas, como uma conteúdo avançado ou específico, tornando este um dos modelos mais populares em escolas secundárias híbridas.

- Modelo Virtual Enriquecido
O modelo Virtual Enriquecido é uma alternativa às escolas em tempo integral que permite aos estudantes que concluam a maioria dos cursos on-line em casa ou fora da escola, mas frequentando a escola para sessões obrigatórias de aprendizagem presenciais com um professor. Ao contrário da Sala de Aula Invertida, os programas em Virtual Enriquecido geralmente não exigem presença diária na escola; alguns programas podem apenas exigir a presença duas vezes por semana, por exemplo.

Fonte:  Christensen Institute (https://www.christenseninstitute.org)

Tem mais a contribuir? Encaminhe seus comentários.

Postado por Michel Assali


28 março, 2018

Curso: Aprendendo a aprender



Olá, gente...


O curso “Learning How to Learn”  (aprender a aprender) criado pela Dra. Barbara Oakley, professora de engenharia da Universidade de Oakland, em parceria com Dr. Terrence Sejnowski, neurocientista do Salk Institute, não é o único a utilizar as novas ferramentas da neurociência para melhorar a aprendizagem.

Porém, a popularidade desse curso é reflexo de da habilidade em apresentar o "conteúdo com uma mensagem de esperança". 

Muitos de seus alunos têm entre 25 a 44 anos e estão enfrentando mudanças em suas carreiras, procurando novas formas de aprender para conseguir melhores posições.

No curso, a dupla enfatiza quatro técnicas que ajudam a aprender qualquer coisa.

Focado/difuso
O cérebro tem dois modos de pensar, que a Dra. Oakley define como “focado”, no qual os estudantes conseguem se concentrar na aula, e “difuso”, um estado de descanso mental em que a consolidação do conhecimento ocorre, ou seja, quando as novas informações se acomodam no cérebro. No modo difuso, as conexões entre informações diferentes e insights inesperados podem acontecer. Por isso, é útil fazer pequenas pausas após um período de foco.

Descanse
Para conseguir esses períodos de mente focada e difusa, Barbara recomenda a chamada técnica "Pomodoro", desenvolvida por Francesco Cirillo. Aplicar a estratégia é fácil. 

Coloque um cronômetro de 25 minutos e durante esse tempo foque no trabalho que você precisa realizar. Passado esse tempo, faça uma pausa para a reflexão difusa e se dê algo de presente. A recompensa pode ser ouvir uma música, fazer uma caminhada rápida ou qualquer coisa que te faça pensar em algo que não a tarefa que você precisa completar. Exatamente porque você não está fazendo absolutamente nada relacionado àquele trabalho, o cérebro consegue consolidar o novo conhecimento.

Além disso, o ritual de programar o cronômetro também pode te ajudar a lidar com a procrastinação. Barbara diz que mesmo pensar em fazer algo que não gostamos ativa os centros de dor no cérebro. A técnica Pomodoro, diz ela, “ajuda a mente a focar e começar a trabalhar sem pensar no trabalho em si”. “Qualquer um consegue manter o foco por 25 minutos, e quanto mais você treinar, mais fácil isso fica”.

Pratique
O cérebro tem um processo de criar padrões neurais que podem ser reativados quando necessário. Pode ser uma equação, uma frase em francês ou um acorde no violão. As pesquisas mostram que ter uma “biblioteca” de padrões neurais bem praticados é necessário para se tornar especialista em algo.

A prática traz a fluência, diz Barbara, que compara o processo ao de estacionar um carro. “Na primeira vez em que você aprende a estacionar um carro, sua memória está cheia de novas informações”. Depois de um tempo “você nem precisa pensar mais do que simplesmente ‘vou estacionar o carro’ ”, e sua mente fica livre para pensar em outras coisas.

Além disso, os padrões neurais são construídos em cima de outros, então essa rede vai aumentando junto com seu conhecimento. “Com o tempo, você vai conseguir se lembrar de partes maiores de uma música, ou de frases mais complexas em francês”. Dominar conceitos básicos de matemática pode te ajudar a fazer cálculos mais complexos. “Você consegue facilmente se lembrar do básico mesmo quando sua mente está ativamente focada tentando entender informações novas e mais difíceis”.

Conheça você mesmo

Barbara sempre pede que seus alunos entendam que as pessoas aprendem de formas diferentes. Há quem consiga aprender novas informações rapidamente, enquanto outros precisam de mais tempo para assimilar um conhecimento novo – mas que vão conseguir perceber mais detalhes durante o processo. Reconhecer as vantagens e desvantagens do seu processo de aprendizado, diz ela, é o primeiro passo para aprender a se aprofundar em temas desconhecidos.

O curso tem duração de 30h, é oferecido em  português no ambiente do site Coursera, totalmente gratuito, em parceria com a Universidade de San Diego, Califórnia. Você também pode requerer um certificado do curso.

Visite o site Coursera  (https://pt.coursera.org/ ) , acesse o curso “Aprendendo a aprender” ou “Learning how to learn” e conheça a proposta.

Eu fiz o curso, gostei muito e recomendo. Valeram demais as técnicas aplicadas, o formato agradável e o enriquecimento da docência e da prática pedagógica.

Compartilhe e encaminhe seus comentários.

Postado por Michel Assali

20 março, 2018

Outono 2018: seja bem vindo!




Olá, pessoal...



Chega o outono!

As águas de março vão fechando o verão e sinalizam a mudança de estação. O planeta Terra se move.
Tem início o movimento do cair suave das folhas. Movimento belo e natural em que as plantas nos ensinam uma lição de vida e sabedoria.

Momento de esvaziar, desapegar, adquirir leveza por um período para concentrar-se naquilo que é realmente vital.  E em seguida num movimento mágico, brotar e florescer para o novo.
Um Novo forte e seguro para suportar ventos, chuvas e outras intempéries.

O outono chega para reduzir nosso movimento e refletir sobre a vida e o futuro.
Uma mudança externa e interna, que nos une e nos integra à natureza, demonstrando-se assim sermos todos filhos de Deus.

O outono chega!

Seja bem vindo!

Postado por Michel Assali


15 março, 2018

Worldschooling: o que é isso?



 Olá, gente...


A evolução das relações sociais e a disseminação do trabalho remoto, mais famílias se adaptam a vida nômade, realizando longas viagens pelo mundo e levando seus filhos junto.

Geralmente suas viagens são financiadas por empresas on-line ou carreiras freelance, e optam por educar seus filhos enquanto rodam o mundo organizando currículos e programas de estudo com a utilização da internet e materiais físicos, como livros e cadernos.

Algumas famílias que viajam escolhem ficar em cada destino por um período mais longo e enviar seus filhos para escolas locais e regulares. Outros preferem organizar os estudos seus filhos, aderindo a um currículo mais ou menos formal, muitas vezes fornecido pelo país de origem da família.

Mais recentemente, no entanto, um número crescente de pais nômades está escolhendo currículos e programas mundiais para seus filhos.

Vamos explorar o que é exatamente o ensino fundamental, como funciona e o que podemos aprender com isso.

Para entender o conceito de escolaridade mundial, devemos primeiro entender que está intimamente relacionado com a não escolaridade.

Unschooling (sem escola) é um tipo de homeschooling (escola em casa) que permite que a criança tome o controle de sua própria educação, permitindo-lhes perseguir suas paixões e interesses na forma de projetos ou viagens de campo em vez de seguir um currículo tradicional.

A ideia por trás dessa forma aparentemente extrema de educação é que as crianças têm um desejo inato de entender o mundo à sua volta. Ao permitir-lhes a liberdade de seguir seus próprios interesses e se envolver com temas interessantes, fora de uma sala confinada, eles desenvolverão naturalmente habilidades cognitivas e emocionais.

 O Worldschooling (mundo escola) simplesmente leva esse conceito para um próximo nível, adicionando viagens na mistura e deixando que destinos e experiências orientem o aprendizado da criança, transformando o mundo inteiro em uma sala de aula.

Mas, como não há uma definição oficial de ensino, cada família tende a definir o que os termos significam para eles.

O que a maioria das famílias adeptas ao worldschooling tem em comum?

- acreditam em uma abordagem holística do aprendizado que incorpora diferentes aspectos da vida, natureza, cultura, história e ciência, em vez de separar a educação em diferentes assuntos.
- acreditam que os resultados, os graus e as notas dos testes padronizados não são um bom indicador para o sucesso futuro.
- reconhecem que "aprender" e "educação" não são os mesmos e que as crianças aprendem melhor quando estão ativamente envolvidas em um tópico e não são obrigadas a seguir um formato definido.
- concordam que cada criança é diferente com diferentes talentos e que os currículos escolares tradicionais não têm a flexibilidade de levar isso em consideração.
- acreditam que as crianças aprendem melhor quando o processo está conectado a um resultado tangível, como um projeto, arte, experiência ou criação da vida real.
- usam aprendizado experiencial prático, como viagens de campo, experiências e viagens imersivas, para solidificar o conhecimento.

Na realidade, isso significa que a educação integral parece diferente para cada família. Alguns até combinam com aulas mais tradicionais, ensinadas pelos próprios pais ou através de programas de educação on-line.

A aprendizagem geralmente é completamente auto-dirigida pela criança, mas os pais apoiam e orientam seus filhos a cada passo do caminho. Eles também podem assumir um papel mais ativo mediando o interesse de seus filhos, unindo o mundo ao útil e agradável.

As ferramentas e plataformas de aprendizagem on-line são usadas por muitos estudantes do mundo, permitindo que eles combinem seus materiais de aprendizagem e personalizem seus currículos. Se as crianças precisam de mais suporte do que as ferramentas e o que seus pais podem oferecer, aulas on-line estão disponíveis em quase todos os assuntos.

As formas alternativas de educação e o worldschooling vêm ganhando cada vez mais adeptos pelo mundo, espalhando-se para além das restrições estreitas dos sistemas educativos tradicionais. Como tal, a educação integral é uma progressão natural do estilo de vida independente da localização.

Embora um estilo de vida nômade possa soar como sonho para a maioria das pessoas, não é viável ou mesmo desejável para todas as famílias. No entanto, ainda existem conceitos que podemos aprender da educação integral que podem ser aplicados em sistemas educacionais tradicionais ou na escolaridade escolar regular.

O ensino fundamental ainda está em sua infância, mas com a melhoria da tecnologia da educação e o aumento do trabalho remoto, é provável que seja um movimento crescente no futuro próximo.

E você? Tem alguma opinião sobre isso?
Encaminhe seus comentários!

Postado por Michel Assali

08 março, 2018

Dia Internacional da Mulher

Olá, meninas de todas as idades...


São vocês mulheres que representam o ser mais evoluído do planeta;
São vocês que dão o equilíbrio necessário ao desenvolvimento complicado dessa nossa sociedade transmitindo emoção, sensibilidade, ternura e amor, para tornar o ser humano cada vez mais humano.

Parabéns e obrigado pela sua existência e pelo Dia Internacional da Mulher.

Postado por Michel Assali

05 março, 2018

Nem todo trabalho em grupo é trabalho em equipe!




Olá, gente...


O trabalho coletivo vem ganhando adesões contundentes como modelo adequado para as tendências sociais neste início de século, caracterizando-se pelo formato ideal para atender as demandas das sociedades modernas em diversos setores e instituições.

Por sua vez, a instituição escolar se organiza de forma a acreditar que a formação de grupos de trabalho pode ser uma maneira eficaz de incentivar trabalho em equipe favorecendo o contato, as trocas e o desenvolvimento de objetivos sócio emocionais visando a preparação para a fase adulta.

Aqui convém ressaltar que grupo e equipe têm conotações diferentes. Enquanto o primeiro se refere a um agrupamento que pode ocorrer por circunstâncias diferentes e temporais, sem produzir vínculos, o segundo, ou seja,  a equipe, tem a concepção de um trabalho não somente coletivo, mas principalmente, colaborativo. Melhor ainda, a equipe constrói uma união, um trabalho conjunto e significativo para todos seus integrantes, envolvendo a todos com os objetivos e resultados do seu trabalho.

No trabalho em equipe, todos se comprometem com o sucesso de todos, sem que ninguém fique para trás, independentemente das diferenças individuais de seus integrantes.

A formação de equipe é mais significativa e intencional do que a de um grupo e, portanto, oferece uma profundidade de experiência e educação diferenciadas.

Acolhimento, perseverança, compreensão, organização, divisão do trabalho e responsabilidades entre outros, são atributos a serem desenvolvidos para a formação de uma boa equipe, superando assim o simples e pontual trabalho em grupo.

Por essas e outras razões é possível perguntar se realmente o trabalho organizado nas nossas escolas é um trabalho em grupo ou um trabalho de equipe, pois como se afirma no título, nem todo trabalho em grupo é um trabalho de equipe.

Nesse sentido, o trabalho docente é fundamental na orientação da formação de grupos que possam evoluir para uma equipe de trabalho desejável. E isso exige a mediação dos professores, considerando-se tratar de um processo de aprendizagem cognitiva e emocional.

Para contribuir com o trabalho docente, seguem abaixo algumas sugestões para considerar ao construir com os alunos equipes para o desenvolvimento de projetos de aprendizagem ao longo do ano letivo.

- Reconheça a necessidade de formar equipes de trabalho
Pergunte-se: O projeto ou atividade se presta bem ao trabalho colaborativo e à divisão de tarefas? Existem componentes suficientes para o projeto que exigem o trabalho coletivo?

- Demonstrar a necessidade de formar uma equipe
Depois de reconhecer a necessidade de uma equipe, demonstre essa necessidade para a classe. Apresente situações problema do mundo real cuja solução se faz necessário o trabalho em conjunto.

- Mostre os resultados
 Encontre uma maneira de demonstrar a diferença entre o resultado final de um problema resolvido com o trabalho em equipe e individual. Os resultados do produto acabado foram diferentes? Foi uma maneira mais efetiva?

- Esclareça sobre os benefícios do projeto ao se trabalhar em equipe
Explique como o projeto em questão se beneficiará de trabalhar em conjunto e a importância de reconhecê-lo como uma experiência multifacetada com diferentes papéis a preencher.

- Avalie habilidades e conhecimento promovidos pela participação de todos
Determine os pontos fortes e as habilidades potenciais  que cada integrante desenvolverá no trabalho em equipe.

- Criar equipes diversas
Decida como formar cada equipe, considerando cuidadosamente os pontos fortes e fracos de cada membro e como eles podem se beneficiar da dinâmica do grupo.

- Facilite a discussão
Ajude a manter a conversa dentro dos grupos dinamizando a sala de aula e facilitando a discussão. Faça perguntas sobre seu processo de discussão dos temas propostos, dos recursos que estarão usando ou resultados possíveis resultados.

- Materiais de apoio pedagógico
Certifique-se de que cada equipe tenha acesso aos materiais de apoio e conteúdo que lhes permitam realizar a tarefa com criatividade e recursos.

- Cuidado com os alunos sem voz
À medida que você está facilitando a discussão, fique atento aos alunos que não se sentem ouvidos ou hesitam em participar. Faça com que sejam ouvidos e tenha participação na equipe.

...Continua em nova postagem...

Tem mais a contribuir?
Encaminhe!

Postado por Michel Assali


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