EDUCADORES

31 agosto, 2015

Situações em que as provas podem sabotar o trabalho do professor



Olá, gente...

Pedagogicamente, o objetivo da avaliação é fornecer um conjunto de dados que contribuam para a contínua revisão do planejamento educacional. Ou seja, verificar se o planejado está atingindo os objetivos propostos, e ou, a necessidade de intervir corrigindo e ajustando o plano.

Considerando que uma prova nada mais é que uma coleta e a análise de dados, que por sua vez, são instrumentos passíveis de imperfeições, os cuidados com o processo devem ser redobrados para que o professor possa agir coerentemente com o sua proposta de ensino.
Sabemos que essa tarefa não é tão fácil assim.

Há que se considerar uma série de variáveis como, a rotina do trabalho, a carga horária diária, os compromissos familiares e sociais, etc, que podem esgotar física e mentalmente o professor e sabotar seu trabalho.

Portanto, os cuidados com a coleta, análise e interpretação dos dados para a avaliação, prescindem de um bom plano, atenção e trabalho docente individual e colaborativo  para a uma proposição de intervenções adequadas e eficazes.

Foram selecionados abaixo, alguns aspectos da prática avaliativa que podem sabotar o processo educativo e fazer sentir que o trabalho docente não foi eficaz.

Vejamos:

1-    Instrumentos de coleta de dados ruins
Provas escritas, objetivas ou dissertativas, projetos, etc, com baixa capacidade em revelar o que o aluno entende sobre o conteúdo ou que habilidades relevantes foram desenvolvidas. Se um percentual considerável não sai bem num determinada prova, cabe uma revisão do instrumento aplicado ou do trabalho docente realizado.

2-    As análises e inferências baseadas nos dados são errôneas ou “pobres”.
Mesmo com um instrumento bem elaborado, se a análise e interpretação dos resultados obtidos não sejam baseadas por teorias pedagógicas de aprendizagem e o próprio planejamento, os dados terão pouca ou nenhuma utilidade para a avaliação. O resultado será sempre desastroso, camuflando muitas vezes as reais necessidades e prejudicando as intervenções adequadas.

3-    Tempo demais entre uma coleta (prova) e outra.
Acompanhar a aprendizagem exige o uso de instrumentos de coleta que possam ser aplicados num menor espaço de tempo. Esperar um bimestre ou um trimestre para emitir um parecer sobre o desempenho do aluno pode prejudicar o acompanhamento do processo e prejudicar as intervenções para corrigir dificuldades.  Em um clima de avaliação contínua, cada prova um (teste, mapa conceitual, desenho, conversa, observação, etc) oferece uma “foto instantânea” do que o aluno parece ou está entendendo.  Mas se essas avaliações são pouco frequentes, as oportunidades para demonstrar o progresso e domínio são limitadas. Quanto mais frequente a avaliação, maior a possibilidade superação de dificuldades,  melhor qualidade de ensino. 

4-    Instrumentos (provas) fora de época.
Uma prova correta no momento errado é avaliação errada. Em um ambiente ideal, a prova deverá atender ao conteúdo certo no momento certo,
     Este é um desafio em um ambiente de escola pública onde os professores atuam   com uma carga horária      esmagadora, inviabilizando uma frequência de elaboração de instrumentos, considerando que a          preparação de qualquer prova exige tempo e dedicação fora do expediente escolar.

5-    Pouca exigência de profundidade do conhecimento.
Cuidar para que o instrumento aplicado não seja superficial demais, mas exigir também do aluno, níveis elevados de conhecimentos, respeitando, logicamente, suas individualidades.

6-    Critérios e dados exclusivos do professor.
É de fundamental importância compartilhar e discutir os critérios de avaliação, as formas de coleta dos dados e análise dos mesmos, com os colegas de trabalho e superiores. Esses aspectos favorecem a crítica, a responsabilidade e a segurança do processo de avaliação do professor e da instituição escolar. Difícil?

7-    Currículo inflexível que resiste à "absorção" de dados
Se o currículo é rigoroso e obedece à uma estrutura inflexível onde o registro da nota da prova é preponderante ao processo, maiores as dificuldades para a absorção e utilização dos instrumentos de coleta de dados para uma avaliação coerente. Convém rever tais conceitos da instituição. 

8-    Excesso de dados. 
Os extremos serão sempre inadequados. O excesso de dados pode levar ao “afogamento” do trabalho docente. Provas “quilométricas”, com enunciados que pedem as mesmas habilidades e competências, com certeza, trarão mais confusão às analise dos mesmos. Imagine uma prova com 10 itens de adição para uma criança do 3º Ano. O aluno acerta cinco e erra cinco itens e tem nota 5,0. Pergunta-se: O aluno sabe ou não sabe adição?
Excesso de dados é tão pior quanto nenhum dado.

Você tem mais sugestões a contribuir?

Encaminhe seus comentários!

Postado por Michel Assali


24 agosto, 2015

Agrupamentos de alunos para estudos


Olá, gente...

Considerando a heterogeneidade da composição dos alunos de uma sala de aula na contemporaneidade onde a prevalências da inclusão e do trabalho coletivo pressupõe mudanças paradigmáticas educacionais, a análise do recurso de agrupamentos, merece atenção por parte dos educadores.

Os professores já identificam os benefícios do uso de projetos de aprendizagem colaborativos  e reconhecem a importância do desenvolvimento e construção das habilidades de convivência e cooperação. Os argumentos para o trabalho em grupo são consistentes e indicados pelos diversas concepções e filosofias educacionais. As possibilidades de trocas, confrontos, desafios, etc., mobilizam habilidades em direção ao convívio, desenvolvendo autoestima e construção de atitudes de altruísmo. 

 A heterogeneidade pode ser salutar e enriquecedora para aperfeiçoar a aprendizagem com bases nas principais teorias de como crianças e jovens se relacionam, apropriam e constroem seus conhecimentos. O agrupamento contribui de forma significativa para construir relações pessoais e interpessoais na medida em que cada aluno contribui com o grupo sob a supervisão e intervenção do professor.

No entanto, um dos grandes desafios enfrentado por muitos professores consiste em descobrir como um agrupar alunos de forma que o trabalho coletivo resulte em aprendizagem eficaz para todos os integrantes. Alguns professores evitam os agrupamentos por não acreditar em resultados positivos por conta da grande dispersão da atenção e perda de foco.
Isso possibilita alguns questionamentos interessantes.

Todo agrupamento de alunos é necessariamente produtivo? Que fatores devem ser levados em conta para que o agrupamento resulte em sucesso? Em que momentos o agrupamento é recurso didático eficaz?

 É preciso repensar e entender as relações pedagógicas e interpessoais que possam ocorrer dentro do grupo, para que o professor possa aproveitar eficazmente dos agrupamentos.

Para tanto, convém considerar algumas indagações sobre o assunto que possam contribuir nas reflexões:

1- Para agrupamentos externos é considerado a distância e o acesso a materiais didáticos e ferramentas virtuais aos integrantes?
2- Os alunos têm como se encontrar fora do horário das aulas, na escola ou fora da escola para a realização das atividades propostas?
3- Os alunos estão agrupados de forma homogênea ou heterogênea de acordo com suas capacidades?  Têm condições de superar as diferenças? Os mais fracos terão condições de acompanhar os trabalhos com os mais fortes?
4- Os agrupamentos são os mesmos entre as diferentes disciplinas ou professores?  Um aluno pode estar em agrupamentos diferentes, simultaneamente? Os agrupamentos são os mesmos para o ano todo ou variam ao longo do ano?
5- Os agrupamentos atendem a interesses comuns dos alunos? Atendem aos objetivos gerais ou específicos do conteúdo conceitual ou procedimental?
6- Os alunos estão agrupados com objetivos de desenvolver uma ou mais habilidades específicas?
7- Os grupos são criados aleatoriamente? São escolhidos e organizados pelo professor? Qual a quantidade de integrantes? Usa o mesmo critério de agrupamento?
8-Utiliza o trabalho em grupo por puro “modismo”? Por força dos superiores? Para resolver conflitos de relacionamento entre alunos?
9- O trabalho em grupos é acompanhado sistematicamente? Existe um plano ou planilha ou cronograma para as etapas de entrega?          
  
É preciso estar alerta e aberto para organizar e modificar os grupos de acordo com o plano das aulas, sem perder em vista a importância do trabalho individual. Leituras, pesquisas e discussões a respeito do assunto, irão fortalecer a concepção para a organização de agrupamentos realmente produtivos e eficazes de aprendizagem.

Tem mais alguma sugestão ou contribuição sobre o assunto? Encaminhe!

Pense sobre isso! Deixe seus comentários.

Postado por Michel Assali

18 agosto, 2015

Sugestões a fazer com alunos que não prestam atenção à aula


Olá, gente ...

A distração em sala de aula é sem dúvida um dos grandes desafios da docência, motivada por diversos fatores. Desenvolvimento físico e psicossocial, alta produção hormonal, exposição excessiva às mídias e redes sociais, etc., afetam sensivelmente a formação de bons hábitos de estudos e concentração, colocando em risco o processo da aprendizagem.

Lidar com essa situação sem muito preparo tende a conduzir o professor a um desgaste físico e emocional, provocando um estresse precoce da docência com prejuízos à produtividade educacional.
Com o intuito de contribuir para a melhoria do trabalho docente, segue abaixo uma coletânea de atitudes que podem ser realizadas pelo professor visando minimizar esse problema e melhorar o trabalho docente.

O emprego de cada atitude sugerida depende do momento e da carga emocional do professor, levando-se em conta o caráter profissional e os objetivos do trabalho docente.

Vejamos:

1- Acompanhar: Pedir ao aluno repetir apenas o que foi ou acabou de ser dito.

2- Aproximar: Aproxime-se e fique ao lado dele e dirija uma pergunta a outro aluno mais afastado.

3- Expor: Prenda sua atenção, mostrando uma imagem, som, vídeo ou filme.

4- Pensar: Faça uma pausa e pergunte ao aluno se há uma situação problema para resolver dentro daquele conteúdo.

5- Perguntar: Faça uma pergunta desafiadora que leve vários passos para resolver.

6- Agir: Sugira a fazer algo relacionado com o tema.

7- Exemplificar: Estimule a exemplificar algo relacionado ou análogo ao tema tratado.

8- Remover: Tratar e remover a distração. Centralize ou mude o foco.

9- Agrupar: Coloque estudante em grupos para uma atividade.

10- Normatizar: Faça o grupo estabelecer regras ou normas para tempo, convivência e estudos.

11- Controlar: Coloque-o no controle visando fazer cumprir as regras.

12- Deslocar: Atribua funções aos alunos que se deslocam demais.

13- Jogar: Jogue um jogo envolvendo o aluno.

14- Criar: Crie um incentivo para chamar a atenção.

15- Pesquisar: Encaminhe uma pesquisa visando recolher informações.

16- Ensinar: Peça ao aluno ensinar a lição a outro com maior dificuldade.

17- Auxiliar: Peça ao aluno para ajudá-lo em alguma atividade para classe.

18- Ouvir: Instigue o aluno a encontrar uma música relevante e adequada ao tema.

19- Mudar: Mude o aluno de lugar.

20- Reconhecer (sem recompensar): Reconheça e valorize os que prestam atenção.

21- Perguntar: Pergunte por que o aluno não está prestando atenção.

Gostaríamos de aumentar a lista. Se tiver contribuições, encaminhe para compartilhar.

Lembrete:
Alunos envolvidos prestam mais atenção.
Submeta sempre sua aula a uma auto avaliação.
Muitas vezes são os alunos que estão entediados ou a atividade não é lá muito agradável. Reveja o planejamento se for necessário. 

Tem outras sugestões?
Encaminhe para compartilhar e deixe seus comentários.



Postado por Michel Assali

08 agosto, 2015

Tendências da Gestão Escolar


Olá, gente...

O Século 21 vem impor paradigmas nos desafiar e para apurar nosso olhar para as novas concepções de sociedade, relações sociais, tecnologias e políticas públicas capazes de contemplar tais demandas.
As políticas educacionais se reorganizam no sentido de aperfeiçoar e acomodar as novas tendências, integrando teorias e práticas, bem como os necessários investimentos para garantir acesso, permanência e qualidade do ensino.

Nesse sentido, faz-se urgente que os gestores educacionais  mobilizem espaços e tempos para discutir e redefinir concepções sobre a organização da escola e de seu papel social na formação de um novo cidadão.

Segue abaixo um quadro sobre alguns aspectos a considerar com o objetivo de contribuir  com  as reflexões sobre concepções da gestão escolar e seus desdobramentos até a sala de aula.

Como geralmente é!
O precisamos fazer!
Pensamento contido!
Permitir aos professores e alunos a fazer perguntas: como podemos mudar a nossa maneira de pensar sobre a escola para melhorar a aprendizagem?
Nós sempre fizemos isso! Aqui, sempre fizemos dessa forma!
Permitir aos professores e alunos condições para criar novas rotinas, novas tradições, e construir novas abordagens para a aprendizagem.
Entramos no jogo somente para ganhar!
Permitir aos professores e alunos oportunidades de estarem na vanguarda daquilo que é vibrante e emocionante em nossa sociedade.
Visão do próprio umbigo!
Permitir a escola para buscar feedback regular dos alunos, pais e outros interessados ​​sobre o papel da escola e sua relação no atendimento às necessidades de seus  alunos.
A abordagem do navegador solitário!
Incentivar professores e alunos a criação de comunidades colaborativas rede dentro e fora da escola. Promover equipes, dando a todos os alunos tempos e momentos para refletir sobre o que eles estão aprendendo.
O fracasso não faz parte de nosso vocabulário!
Promover uma cultura escolar que compreenda o fracasso como aspecto inerente e motivador para a inovação. Permitir aos professores e estudantes a falhar, enquanto eles estão dispostos a aprender com seus erros e crescer.
Siga somente a mentalidade do líder!
Incentivar professores e alunos a olhar para além do dia de hoje. Onde é que nós queremos ser 5 ou 10 anos a partir de agora? Promover uma cultura que suporta pensadores independentes que apreciam o valor da educação.
Contratações e admissões fracas!
Traga as pessoas para a comunidade escolar que pensam de forma diferente e interessante. Não contratar professores ou admitir de acordo com um protótipo. Contrate para singularidade e potencial.
A falta de inovação!
Não tenha medo de redefinir as expectativas de professores e alunos para abraçar as habilidades do Séc. 21 que precisam ser conectados  em uma sociedade global.
Expectativas irrealistas!
Não coloque todos os seus ovos numa única cesta. Promova uma grande ideia, tente "inovação soft" de modo a incentivar professores e alunos para a inovação ou criatividade. Promova altas expectativas.














Tem alguma sugestão?
Encaminhe suas contribuições e comentários!

Postado por Michel Assali


03 agosto, 2015

Agrupamentos de alunos? Atenção!

Olá, gente...

Considerando a heterogeneidade da composição dos alunos de uma sala de aula na contemporaneidade onde a prevalências da inclusão e do trabalho coletivo pressupõe mudanças paradigmáticas educacionais, a análise do recurso de agrupamentos, merece atenção por parte dos educadores.




Os professores já identificam os benefícios do uso de projetos de aprendizagem colaborativos  e reconhecem a importância do desenvolvimento e construção das habilidades de convivência e cooperação. Os argumentos para o trabalho em grupo são consistentes e indicados pelos diversas concepções e filosofias educacionais. As possibilidades de trocas, confrontos, desafios, etc., mobilizam habilidades em direção ao convívio, desenvolvendo autoestima e construção de atitudes de altruísmo. 

 A heterogeneidade pode ser salutar e enriquecedora para aperfeiçoar a aprendizagem com bases nas principais teorias de como crianças e jovens se relacionam, apropriam e constroem seus conhecimentos. O agrupamento contribui de forma significativa para construir relações pessoais e interpessoais na medida em que cada aluno contribui com o grupo sob a supervisão e intervenção do professor.

No entanto, um dos grandes desafios enfrentado por muitos professores consiste em descobrir como um agrupar alunos de forma que o trabalho coletivo resulte em aprendizagem eficaz para todos os integrantes. Alguns professores evitam os agrupamentos por não acreditar em resultados positivos por conta da grande dispersão da atenção e perda de foco.

Isso possibilita alguns questionamentos interessantes.

Todo agrupamento de alunos é necessariamente produtivo? Que fatores devem ser levados em conta para que o agrupamento resulte em sucesso? Em que momentos o agrupamento é recurso didático eficaz?
 É preciso repensar e entender as relações pedagógicas e interpessoais que possam ocorrer dentro do grupo, para que o professor possa aproveitar eficazmente dos agrupamentos.

Para tanto, convém considerar algumas indagações sobre o assunto que possam contribuir nas reflexões:

1- Para agrupamentos externos é considerado a distância e o acesso a materiais didáticos e ferramentas virtuais aos integrantes?

2- Os alunos têm como se encontrar fora do horário das aulas, na escola ou fora da escola para a realização das atividades propostas?

3- Os alunos estão agrupados de forma homogênea ou heterogênea de acordo com suas capacidades?  Têm condições de superar as diferenças? Os mais fracos terão condições de acompanhar os trabalhos com os mais fortes?

4- Os agrupamentos são os mesmos entre as diferentes disciplinas ou professores?  Um aluno pode estar em agrupamentos diferentes, simultaneamente? Os agrupamentos são os mesmos para o ano todo ou variam ao longo do ano?

5- Os agrupamentos atendem a interesses comuns dos alunos? Atendem aos objetivos gerais ou específicos do conteúdo conceitual ou procedimental?

6- Os alunos estão agrupados com objetivos de desenvolver uma ou mais habilidades específicas?

7- Os grupos são criados aleatoriamente? São escolhidos e organizados pelo professor? Qual a quantidade de integrantes? Usa o mesmo critério de agrupamento?

8-Utiliza o trabalho em grupo por puro “modismo”? Por força dos superiores? Para resolver conflitos de relacionamento entre alunos?

9- O trabalho em grupos é acompanhado sistematicamente? Existe um plano ou planilha ou cronograma para as etapas de entrega?            

É preciso estar alerta e aberto para organizar e modificar os grupos de acordo com o plano das aulas, sem perder em vista a importância do trabalho individual. Leituras, pesquisas e discussões a respeito do assunto, irão fortalecer a concepção para a organização de agrupamentos realmente produtivos e eficazes de aprendizagem.

Tem mais alguma sugestão ou contribuição sobre o assunto? Encaminhe!

Pense sobre isso! Deixe seus comentários.

Postado por Michel Assali


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