EDUCADORES

30 agosto, 2012

Gestão da sala de aula


Olá, gente...

Diversas pesquisas têm apontado que, a incidência dos problemas disciplinares na sala de aula, impactam sensivelmente na qualidade da aula, colocando em risco a eficácia da mesma com prejuízo ao ensino e aprendizagem. Algumas pesquisas indicaram que, muitas vezes o tempos gasto pelo professor para a disciplina da sala é maior que o destinado à instrução e ensino, prejudicando todo o planejamento elaborado para dar conta do programa curricular.

O enfrentamento desses problemas tende a reduzir a preocupação com o plano de aula, prejudicando a metodologia e as técnicas de ensino, tornando a aula cansativa e enfadonha tanto para o aluno quanto para o professor.
Assim, os alunos são raramente incitados a discutir ou avaliar os conteúdos e materiais que eles estão aprendendo, dificultando também ao professor, o acompanhamento da aprendizagem individual e coletiva. Porém, nem tudo está perdido. Há luz no fim deste túnel.
Um programa de desenvolvimento de habilidades em gestão pode se tornar um forte aliado ao trabalho em sala de aula na medida em que, sendo bem planejado pela equipe docente podem reduzir sensivelmente os problemas disciplinares e aumentar a produtividade do professor: a gestão da sala de aula.
De acordo com os especialistas na área de educação, a gestão de escolas e a gestão da sala de aula têm como objetivo encorajar e estabelecer o autocontrole do estudante através de um processo de promoção das realizações e comportamento positivos do aluno. Desta forma, realizações acadêmicas, eficácia docente e comportamento docente e discente são diretamente ligados ao conceito de gestão da sala de aula e de escolas.

A gestão da sala de aula deve levar em conta três aspectos fundamentais:

- Gestão do conteúdo
- Gestão dos comportamentos
- Gestão do consenso

Gestão do conteúdo:

O tema aqui, não se refere apenas ao conteúdo disciplinar e específico de uma determinada disciplina ou componente curricular, mas a todas as habilidades e competências necessárias para o domínio daqueles conteúdos.
Como por exemplo, a manutenção da motivação e realização das atividades necessárias para gerar conhecimento e aprendizagem, envolvendo aspectos como compromissos, responsabilidades, envolvendo os alunos de maneira individual e coletiva, com respeito à diversidade intelectual.
As atividades precisam ser constantemente integradas, significativas e consistentes, envolvendo afinidades entre docentes, envolvendo atividades educacionais adicionais e problemas disciplinares relacionados à aprendizagem.
Neste sentido, o conteúdo refere-se à organização de um trabalho pedagógico voltado para produzir resultados no desenvolvimento de indivíduos respeitando sua diversidade.
Essa integração disciplinar levando em conta a diversidade humana tende a favorecer a elaboração de planejamentos eficazes, possibilitando aos professores conduzir suas salas de aula de uma forma melhor, mais efetiva e menos cansativa.

Gestão do comportamento:

Pesquisadores têm mostrado a importância de ajudar os alunos no que diz respeito a um comportamento positivo. Durante o planejamento da gestão da sala de aula, os professores devem considerar o uso de um estilo assertivo de comunicação e de comportamento. Além disso, eles devem sempre saber o que eles querem que seus alunos sejam capazes de fazer e envolvê-los nas respectivas atividades educacionais, sob as condições gerais de regras clara e explicitamente determinadas no âmbito da escola e da sala de aula.

Esse procedimentos explicitam aos alunos o papel do professor para sua formação, evidenciando a organização da aula focada no ensino do conteúdo, favorecendo desenvolver independência, autonomia e responsabilidades.

Um bom plano de comportamentos envolve também a controle do professor para gerenciar os conflitos, de forma a produzir fluxogramas para a solução dos mesmos, considerando todos os aspectos legais do Regimento Escolar. Tais como: reconhecendo comportamento responsável, corrigindo comportamento impróprio e irresponsável, admoestação verbal gentil, distribuição preferencial de lugares nas sala, tempo devido, tempo fora da sala de aula, notificação dos pais ou responsáveis, registros de comportamento, impondo limites, notificações aos superiores, etc.

Todos esses componentes são apresentados para que eles possam ser identificados nos exemplos das melhores práticas de ensino.

Gestão do consenso:

A concepção da sala de aula necessita de re-significação. Embora tenham ocorrido avanços significativos na concepção da aprendizagem, a visão da sala de aula permanece vinculada concepções obsoletas.

Envolvendo indivíduos que atuam constantemente em grupos, a sala de aula precisa ser compreendida como um pequeno sistema social onde, o papel do professor e dos alunos precisa deixar de ser caracterizado como antagônico e ser compreendido como um ambiente de aprendizagem para todos. A condução do trabalho na sala de aula deve ser visto pelos alunos e professores como um trabalho de todos e para todos os seus integrantes, buscando os mesmos objetivos, ou seja, o sucesso, onde a co-participação é fundamental.
A cultura da sala de aula necessita de concepções inovadoras.
Todavia, ela é diretamente influenciada pela cultura da comunidade social do entorno, que pressiona pela consecução dos objetivos educacionais.
A forte conexão entre a escola e a comunidade deve ser constantemente revisada e modificada de acordo com as exigências do dinamismo da sociedade. Enquanto as escolas se diversificam, professores e alunos devem aprender a abordar e integrar diversidade em um grupo social escolar ou de sala de aula que seja eficaz.
Algumas pesquisas têm concluído que as escolas de qualidade são definidas pela eficácia dos professores e realização dos alunos com o auxílio do desenvolvimento de fortes habilidades em relacionamento interpessoal. Isso mesmo! Enfatizam que o relacionamento entre professor e aluno é essencial para garantir um ambiente positivo na escola e na sala de aula, minimizando os problemas disciplinares e aumentando a eficácia do ensino.
Portanto, problemas disciplinares relacionados à gestão da sala de aula podem ser resolvidos individualmente (entre o professor e o aluno) ou através da solução de problemas em grupo (reuniões em sala de aula).
À medida que a confiança entre professor e aluno aumenta, os problemas com disciplina diminuem e a aprendizagem torna-se eficaz com a garantia de um trabalho pedagógico de sucesso.

Pense sobre isso e deixe seus comentários! (clicando em comentários ou no quadro verde ao lado direito)

Postado por Michel Assali.

16 agosto, 2012

O professor como organizador da aprendizagem


Olá, gente...

Podemos dizer que o papel do professor como transmissor de informação e do conhecimento já passou, ou está com os dias contados. Temos ainda muita resistência, muita dificuldade e muita insegurança para superar essa concepção de docência.

Cada vez mais o professor vem assumindo um novo papel que inclui a mediação, caracterizada pelo estabelecimento de conexões entre informações, conteúdos e conceitos e pela organização da aprendizagem.
Isso mesmo!
O professor precisa ser o conector e o organizador desse processo.
Isso porque a realidade é impregnada de informações potencializadas pelas mídias e novas tecnologias. Porém, a quantidade de informações não garante qualidade da apropriação de conhecimentos à criança e ao jovem.
Nessa atmosfera caótica carregada de informações desconexas de sentido, o papel do professor, se faz necessário como profissional que se dedique em conectar e organizar práticas pedagógicas visando assegurar a construção de conhecimentos e o sucesso da aprendizagem.
Tarefa nova, difícil, porém não impossível. Requer estudos, pesquisas, práticas e coragem para superar as resistências nas mudanças das situações e ambientes de aprendizagem.

Um professor enquanto organizador da aprendizagem, precisa desenvolver algumas habilidades profissionais como:

a) Não deve ser autoritário. Porém, deve ser firme e coerente. Não tomar todas as decisões. Promover a participação do aluno em situações de o quê, como e quando fazer, visando desenvolver a autonomia consciente.

b) Deve ser sempre o líder do grupo de aprendizagem. É preciso conhecer bem o grupo, seus integrantes, estabelecer objetivos, distribuir tarefas, desafios, metas, parâmetros, critérios e procedimentos de ação.

c) Precisa compreender as diferenças individuais no grupo de trabalho e proporcionar situações para que todos se envolvam no processo, apoiando, incentivando, motivando os integrante do grupo, coletiva e individualmente.

d) Precisa atribuir responsabilidades de forma equilibrada sem sobrecarregar os integrantes do grupo e valorizar a liderança compartilhada na medida do possível.

e) Avanços, progressos, iniciativas, criatividade, precisam ser constantemente valorizadas e elogiadas. Também encorajar nos momentos de dificuldades e intervir pedagogicamente nas situações necessárias.

f) Deve promover a auto crítica e a auto avaliação, a liderança e o reconhecimento e superação dos fracassos. Demonstra que as situações de fracasso geram oportunidades de sucesso, baseadas em dedicação e estudos.

g) Precisa sempre manter controle, acompanhamento, avaliação de todos os momentos do processo visando o aperfeiçoamento, a eficácia e a organização do trabalho pedagógico.

Pense sobre isso e deixe seus comentários!
Encaminhe sugestões pelo quadro verde ao lado direito.

Postado por Michel Assali


06 agosto, 2012

Pedagogia diferenciada


Olá, gente...

Embora muitos educadores acolham e digam teoricamente que a formação da sala de aula moderna deva seguir os princípios da heterogeneidade, considerando as diferentes características individuais, na prática a maioria dos sistemas escolares ainda adota tratamentos metodológicos e práticas de ensino para classes homogêneas. Ou seja, um único conteúdo para, um único programa, uma mesma metodologia, um mesmo calendário um instrumento de avaliação e provas para todos, etc.


O pesquisador Philippe Perrenoud, nos aponta que, toda situação didática proposta ou imposta de modo uniformemente a um gru¬po de alunos, será sempre inadequada para uma boa parcela deles. Alguns, a dominarão tão facilmente que em pouco tempo deixará de ser desafiadora, ocasionando dispersão e perda de interesse pela aprendizagem. Outros, por não conseguirem entender, jamais se envolverão com a atividade esperando as “explicações” do professor ou de algum adulto.

Mesmo quando um conteúdo é compatível com o nível de desenvolvimento e as capacidades cognitivas dos alunos, poderá parecer desprovida de sentido, de interesse. E pode ainda, não gerar nenhuma atividade notável em nível intelectual e, por conseguinte, nenhuma construção de novos conhecimentos nem um reforço do aprendizado adquirido.

O desafio do professor está em pesquisar e produzir metodologias e técnicas que ensino que favoreçam atender essa diferenças individuais, “pois, diferenciar é organizar as interações e as atividades, de modo que cada aluno seja confrontado constantemente, ou ao menos com bastante freqüência, com as situações didáticas mais fecundas para ele”. (Perrenoud)

Tarefa difícil para o trabalho individual, porém perfeitamente possível se tratada e discutida coletivamente.

Pense sobre o assunto e deixe seus comentários!

Postada por Michel Assali

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